Capítulo 31

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-- Vamos até a cidade semana que vem? -- Carol perguntou, se sentando ao lado de S/n, que estava deitada sobre sua cama.

-- Para quê? -- S/n indagou.

-- Precisamos te comprar algumas roupas. Sou menor do que você e tudo te aperta. Sem contar que você precisa experimentar calças e bermudas .

-- Não tenho dinheiro. -- S/n disse enquanto acariciava a própria barriga. Havia terminado de comer e estava mais do que satisfeita.

-- Não perguntei isso. -- Carol disse e S/n negou.

-- Não quero abusar. Já estou ficando aqui de favor.

-- Não é de favor, você me ajuda nos afazeres daqui, cozinha para mim sempre e ainda doa sangue e espermatozóide. -- Carol disse e S/n a olhou com dúvida. -- Por favor...

-- Só porque é impossível dizer não para você com essa carinha. -- S/n disse e Carol sorriu.

-- Você está tão linda hoje. -- Carol disse suspirando. -- Digo, agora está corada. Não está tão pálida quanto uns dias atrás.

-- Você não tem mais tirado meu sangue por esses dias. -- S/n disse e Carol desceu seus olhos para a mão da outra, que brincava com o cós da cueca.

-- Os shorts que servem em você logo secarão e não vai mais precisar ficar só de cueca. -- Carol alertou.

-- Não ligo de ficar só de cueca. Está muito calor.

-- Mas eu ligo. -- Carol disse e ia se levantar, porém a mão de S/n segurou seu braço.

-- Por quê? -- S/n perguntou e Carol prendeu a respiração.

-- Porque fico sem graça. -- Carol confessou. -- É inevitável olhar. Não estou acostumada com pênis no mundo. -- Carol disse e S/n assentiu.

-- Certo. -- S/n disse se sentando e segurando a mão de Carol antes de depositar um beijo sobre o dorso da mesma. -- Vou ficar aqui embaixo do lençol para você não ficar envergonhada, tudo bem? -- Carol a fitou e assentiu erguendo a vista para olhá-la.

-- Você ainda pretende ficar virgem para sempre? -- Carol não resistiu em perguntar. Essa pergunta habitava sua mente havia dias. -- Tipo, não se envolver com ninguém...

-- Eu me envolveria com você. -- S/n foi sincera, vendo Carol a olhar surpresa. -- Mas aparentemente você não me quer mais, então...

-- Por que acha isso? -- Carol perguntou.

-- Eu tenho um pênis. -- S/n disse como se fosse mais do que suficiente aquele argumento.

-- E eu uma vagina. Preciso de um argumento válido. -- Carol disse. -- Você quem fugiu de mim e não o contrário.

-- Fugi porque não podia deixar você saber que eu tinha um pênis. Me beijando do jeito que você beijou seria fácil acordá-lo, mesmo se ele estivesse em coma. -- Carol riu, porém a batida na porta a fez se afastar.

-- Conversamos depois?

-- Não pretendo ir à lugar nenhum. -- S/n disse apontando para as roupas que vestia e Carol assentiu, indo até a porta.

O último pênis do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora