Capítulo 3

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Carol se aproximou temerosa, porém valente o suficiente para ter sua arma apontada para a garota. Conforme chegava mais perto, via que ela vestia roupas femininas, porém bem largas nas peças de baixo. Carol não entendeu, no entanto, não achava que tinha algo a ver com isso.

— Por que está roubando nossa comida? — Carol questionou firmemente, sentindo a brisa fria da noite acariciar seu rosto e o vento fazer seus cabelos esvoaçarem.

— Eu sentia fome, perdão. — A garota proferiu. — Antes de vocês chegarem eu tinha que andar vários e vários quilômetros por dia para achar comida. — Confessou, encarando Carol. Estava escuro, todavia, Carol era capaz de enxergar as orbes verdes lhe encararem.

— Por que não pediu ajuda?

— Eu... não podia. — A mulher voltou a repetir, fazendo Carol assentir, embora não houvesse entendido a razão.

— Está sozinha? -- Indagou mais uma vez.

— Sim. Há muitos anos. — Ela disse, fazendo Carol morder o lábio inferior.

— Se eu abaixar esta arma, promete não fazer nada estúpido? Estou em um grupo de mulheres armadas, qualquer estupidez e não hesitarão em atirar em você.

— Eu não quero machucar ninguém, senhorita. Perdoe-me se assim fiz parecer. — A garota alegou, passando segurança para Carol através de seu tom de voz.

— Tem onde dormir? — Carol questionou, vendo a garota negar.

— Durmo em árvores por aí.

— Me acompanhe, você dormirá em uma cama macia hoje. — Carol pediu, vendo o medo transparecer nos olhos verdes.

—Não quero que ninguém saiba da minha existência. -- Carol franziu o cenho.

— E por quê? — Perguntou curiosamente.

— Só... não quero.

— Não vamos te machucar, prometo. — Carol disse, vendo a morena franzir a boca em uma visível dúvida. —Você precisa comer algo concreto, há quanto tempo não come algo direito?

— Não sei. -- A garota respondeu seriamente e Carol deu um passo lento a frente.

— Como se chama?

— Você primeiro. -- A garota disse na defensiva e Carol riu.

— Certo. Me chamo Carol. — Se apresentou. — E você?

— S/n. —A garota finalmente disse seu nome.

— Então Lauren, vem comigo? Você estará segura conosco. — A garota nada respondeu e Carol deu mais um passo a frente. — Do que tem medo?

— Tem... — Ela começou hesitante. —Muitas de vocês aí? — Perguntou e Carol pensou um pouco.

— Somos cinco, contando comigo. & Replicou. -- Você poderá tomar um banho, comer e dormir em uma cama esta noite, não há razão para temer.

— Certo. —Ela respondeu assustada e Carol abriu um sorriso, acenando com a cabeça para a moça segui-la.

Convidar uma estranha para dentro de seu trailer seria estúpido? Não quando ela não apresenta perigo algum, mas mesmo assim Carol se perguntava o que havia dado nela para realizar tal convite.

O último pênis do mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora