Capítulo 11

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S/n  estava sentada em uma das cadeiras do balcão enquanto comia seu cereal. Seus olhos se ergueram ao ouvir a voz de Carol e, de repente, a porta foi aberta.

Os olhos castanhos de sua amiga piscaram em confusão e então Carol a empurrou para dentro, fechando a porta logo em seguida.

—  Essa é S/n, a garota que te falei. — Carol disse, vendo Malu sorrir logo em seguida.

— Hey, girl. — Ela cumprimentou. — Desculpe se estou parecendo o projeto de um fantasma mortificado. É que pensei que Carol estivesse delirando. — Disse. —  Me chamo Maria Luiza , ou Malu.— Estendeu a mão, sentindo o aperto suave de S/n

— S/n. — Disse, mesmo sabendo que a outra já sabia seu nome.

— Caramba, Carolzinha, quando você disse que ela era gata eu realmente achei que você havia fumado barro, mas ela superou as expectativas. — Os olhos verdes foram para Carol, enxergando a garota enrubescer ao ter sido descoberta.

-— Ela disse que sou gata? — S/n perguntou sorrindo.

— Menina, esse foi só um dos elogios. — Malu disse rindo, fazendo Carol corar ainda mais. Carol pigarreou e se aproximou do balcão, colocando cereal em um prato para ela também.

— Eu iria fazer ovos mexidos, mas vejo que se adiantou. —  Carol disse e S/n assentiu.

— Desculpe invadir sua despensa. Meu estômago estava me matando mesmo. — S/n disse e Carol negou com a cabeça.

— Não tem problema algum. — Carol disse, vendo os olhos verdes lhe fitarem e um sorriso nascer em seus lábios.

— Cereal, Malu? — Carol ofereceu, desviando seu olhar de S/n.

— Nunca recusarei comida na vida. Sinto ser pecado. — Malu disse e S/n  riu ato, fazendo Carol sorrir involuntariamente ao ouvir aquele som.

— Gostei de você. — S/n comentou.

— Todo mundo gosta, mas sinto muito, sou muito bem comida por minha namorada. — S/n  corou instantaneamente.

— Eu não quis dizer nesse sentido. — Ela disse baixo e Carol riu baixinho.

— Por que se sou linda? — Malu  perguntou boquiaberta, como se tivesse se sentido ofendida, deixando S/n ainda mais constrangida.

— Ela só está brincando, S/n. -- Carol disse, tocando sutilmente em seu antebraço no intuito de tirá-la de seus pensamentos.

—Oh. — S/n  disse e Malu sorriu.

— Então, você terminou mesmo com a Priscila? -- Malu indagou e Carol assentiu.

— Sim.

—  E como ela reagiu?

— Ficou um pouco chateada, mas entendeu bem. Ela não me amava também, era carnal, tenho certeza. — Carol disse e Malu assentiu.

— Terminou em hora boa. — Malu disse, sorrindo sugestivamente para S/n

— Não seja inconveniente, Malu, por favor. — Carol exigiu e Malu assentiu. — Faremos nossas pesquisas hoje? — Carol perguntou, indo até os fundos do trailer e voltando com um notebook nas mãos. S/n acompanhou cada movimento seu quase sem piscar, não deixando o fato ser despercebido por Malu.

— Com certeza. — Malu  disse.

— Hora de trabalhar.— Carol disse sorrindo, ligando o notebook concentrada, sem perceber o par de órbitas verdes analisaram minuciosamente cada detalhe seu.

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