S/n mantinha os olhos no par de coxas que Carol tinha exposto sobre o sofá. Ambas conversavam naquele fim de tarde, contudo era difícil não olhar quando a garota em sua frente era extremamente simpática e gostosa.
Bem gostosa.
— Seria tão mais fácil se tivéssemos um pênis. — Carol reclamou e automaticamente S/n apertou mais a almofada contra seu colo.
— Vocês usariam como rato de laboratório a pobre pessoa. — S/n disse. —Minha mãe me dizia isso.
— Não seria bem assim. — Carol se defendeu. — Precisamos procriar. Talvez pediríamos para ele nos doar seu sêmen, para tentar recriar o cromossomo Y mudando a genética, assim não seria filho dele.
— E implantaria no útero de todas as mulheres? — Lauren indagou e Camila riu.
— Bem, as que quisessem ter filhos.
— Você quer? — S/n perguntou por impulso.
— Na verdade, sim. Só não agora. — Carol explicou.
— Mas minha mãe disse que vocês prenderiam a pessoa que tivesse pênis. — S/n arriscou continuar o assunto.
— Somente por proteção enquanto realizássemos os exames de sangue. Não seria nem três horas isso. — Carol explicou. — Sua mãe tinha um péssimo conceito de nós.
— Talvez ela tenha visto todos morrerem. — S/n disse com frieza.
— Ela não foi a única. Todas perdemos alguém. — Carol disse com veemência. S/n queria contar a Carol que talvez poderia servir de grande ajuda, porém seu medo ainda falava mais alto. Foram anos fugindo, anos ouvindo sua mãe dizer para não contar a ninguém que tinha um pênis.
Ela sequer conseguia decifrar o porquê de não ter sido atingida. Se era um vírus do ar que atingia o cromossomo Y, por que ela ainda estaria viva? Sendo que o ar ainda estava, possivelmente, contaminado.
Por ser intersexual? Impossível, afinal ela não era a única mulher intersexual do mundo.
— Você ficava com homens antes disso acontecer? — S/n perguntou e Carol negou.
— Eu era muito nova. — Carol explicou rindo. — Tive as paixonites na escola, aquelas da infância, sabe? — Disse. — mas, apesar de o brinquedinho deles ser bastante atrativo, pelo menos nos vídeos, eu nunca vi graça em homem. São... não sei explicar. Parece que não têm sabor. Totalmente sem sal ou açúcar, sabe?
— Entendo. — S/n disse, comemorando internamente a parte onde Camila disse que o brinquedinho deles era bastante atrativo.
— E você? — Carol perguntou, causando um constrangimento terrível em S/n.
— Sempre gostei só de mulheres. — Disse baixo, baseando-se no que seus olhos viam, afinal ela nunca havia se relacionado com ninguém. Quando tudo aconteceu ela tinha apenas doze anos, e agora com vinte e cinco ainda era virgem.
Já havia dado alguns beijos em algumas garotas ao longo dos anos, mas sempre fugia, afinal não poderia avançar na relação; não poderia revelar que era intersexual.
— Malu foi comprar algumas cervejas na cidade. Você bebe?
— Nunca bebi. — S/n revelou e Carol a olhou boquiaberta.
— Pois bem, hoje será sua primeira vez. — S/n sorriu, porém inevitavelmente maliciou a frase.
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O último pênis do mundo
FanficQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infectados por um vírus fatal, só se resta mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Co...