🔸️CAPÍTULO 11🔸️

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🔸️Louis

Acordei com o relógio de cabeceira despertando em um som alto e estridente, como não tinha celular eu tinha de usar aquela bugiganga antiga para acordar cedinho. Abro os olhos e vejo que o dia está bem ensolarado, meu primeiro ato é pegar minha bíblia e leio alguns versículos do livro de João que falavam sobre o amor e perdão, depois de refletir eu guardo tudo e vou até o meu banheiro.

Tomo um banho frio enquanto penso no quão mal fez o meu tio a mim, o quão ruim eles foram... o quão cruel aquele diabo humano me fez, mas eu descido o perdoar por tudo que ele fez. Perdoar segundo Jesus, o Cristo, é uma decisão. Não um sentimento ou emoção enternunrada de um amor apaixonado, é uma decisão de si mesmo de entender que o mal a mim feito deve ser dado a justiça por Deus ao meu tio. Eu não o queria por perto, não o queria ver, não o queria escutar nem mesmo ter seus olhos sobre mim outra vez. Mas eu quero que o meu perdão em Cristo seja levado até ele e que a dívida dele comigo esteja perdoada, por que aquele que me amou primeiro já me perdoa.

Pensando nesta decisão eu saio do meu banho e encaro o espelho, vejo meu corpo branco que nem leite, meus cabelos negros saindo a tintura e revelando sua verdadeira cor. Vejo que meus olhos estão mais vivos e felizes, como lâmpadas de fogo que guaiam meus caminhos. Me viro e vejo os vergões nas minhas costas, sicatrizes que nunca mais saíram sem ser por cirurgia... mas isso se resolve fisicamente, o ruim mesmo é lidar com as consequências psicológicas de tudo, mas eu estou me resolvendo. Em Deus eu tudo posso.

Visto meu uniforme escolar e pego minha mochila, desço as escadas e sinto o cheiro de ovos fritos, chá e pães e bolos caseiros. Entro na cozinha e vejo as duas conversando animadamente. Elas estão sovando mais pão e é lindo ver as duas sendo um família unida e sem medo de expressar sua personalidade.

Bom dia, minhas princesas, que cheiro gostoso. Eu entro dando um beijo em cada uma.

Bom dia príncipe Louis! Dormiu bem? Perguntou Susanne sendo gentil e alegre.

Dormi que nem um bebê!

Meu doce de leite! Que bom que acordou. Eu tenho uma surpresa para você, nós fizemos um belo bolo de cenoura com chocolate, seu preferido. Afirmou Raela chegando com um belo bolo com cobertura de chocolate.

Que demais! Você me pegaram pelo coração e pela barriga não foi. Eu adorei, obrigado, vocês são muito especiais para mim.

Olha que fofo ele fica tão vermelhinho! Olha vó. Disse Susanne e eu fiquei mais com vergonha ainda.

Para Susanna, ele é tímido... Minha amiga diz e eu acento sem graça.

Senta meu anjo, dá tempo antes de ir para a escola de comer conosco. Falou minha amiga e nos sentamos para comer, rimos muito e conversa vai e conversa vem nos perdemos na hora e eu tive que sair quase correndo para a escola. Entrei no ônibus bem rápido e me sentei perto da entrada. O dia vai ser bem cheio hoje, da escola eu passo para o trabalho, que hoje em específico eu fico até tarde da noite, final de semana é sempre assim.

[6 horas depois]...

Estava almoçando para ir ao meu emprego, eu almoçava de graça por causa na escola onde eu estudava, principalmente pelas condições financeiras. A comida era ótima e eu era grato por tudo, olho a hora e vejo que está no momento adequado de sair. Le levanto e passo a ir a Starbucks que fica a poucos quilômetros de onde estudo. No emprego eu fico servindo as mesas a maior parte do tempo.

As horas se passam rápido e logo está perto de terminar meu expediente, era um sábado bem corrido. Quando penso em tirar meu uniforme para ir embora meu chefe me diz que uma outra funcionária adoeceu por causa de uma infecção alimentícia e eu teria de limpar o salão inteiro e fechar o salão. Eu tentei até negar, mas como era caso de saúde eu fiquei com um peso na consciência.

Passei a limpar o lugar e estava morto de cansado, olho a hora e já se passam das uma da manhã. Depois de certo tempo eu me sento e vejo que terminei tudo, fecho as persianas das vitrines e apago as luzes do local para ir embora. Aos poucos escuto algumas pisadas que vem do fundo do local, deve ser algum rato...

Olho para a porta da cozinha e vejo que está tudo bem, nada de anormal. Sinto uma queimação no meu corpo e um pequeno incômodo na minha barriga. Retiro minha camisa, por que sinto uma coisa formigar no meu peito, vejo que está uma mancha no meu peitoral esquerdo. Depois passo a uma queimação no meu bum bum.

Meu deus que diabos é isso. Eu falei achando aquilo completamente estranho. Mas não dei bola nenhuma, cuidei em sair daquele lugar logo. Eu não contava que ficaria até tarde trabalhando e nem trouxe dinheiro para pagar algum taxi, por isso eu vou até a estação de metro em busca de transporte. Chegando lá eu vejo que tudo está bem escuro, era uma via pouco movimentada.

Olhei para os lados e não havia ninguém na estação, olhei em volta atento a tudo e com frio por que deixei meu casaco no meu armário da empresa. Sinto os formigamentos aumentarem a ponto de incomodar mesmo, ainda bem que o metrô logo chega e eu entro no vagão e espero sentado. Olho para o lado e ao longe vejo que tem um homem sentado, ele veste um sobretudo preto e sei rosto eu não posso ver pela escuridão onde está, ele tem algumas tatuagens no braço e está fumando um cigarro.

Olhei mais a fundo e vejo que um par de olhos bem dourados me encaram na escuridão, eles parecem curiosos e um tanto familiares. Vejo que a estação chega e logo eu saio, deixando o estranho para trás, foi pelo menos o que eu imaginei. Sai da estação de trem e vou para as ruas desertas de Londres, minha casa fica a mais ou menos dez minutos a pé.

Começo a andar a paços rápidos, até que eu olho de relance para uma placa de uma loja e vejo pelo reflexo que um carro escuro e bem luxuoso vem bem devagar atrás de mim, ao longe. Apreço o passo e sinto que o carro está mais rápido, meu coração acelera mais e mais. Ao olhar para trás novamente eu não vejo mais nada e digo um leve ufa por que pensei que seria sequestrado neste exato momento.

Chego ao portão de casa e abro com a chave que está dentro do meu bolso. Enquanto abro vejo do outro lado da rua, parado embaixo de uma árvore frutuosa o carro preto. Meu coração falha uma batida por isso, fico encarando por um momento... até que vejo dois pares de olhos por dentro do carro, ambos vermelhos e pareciam violentos e brutais... seguro minha moxila com força e entro no portão de casa, ao fechar eu fingi que entre em casa.

Na verdade eu dei meia volta na casa e me escondo por entre as árvores do jardim e observo o carro mesmo de frente, passaram-se mais de uma hora e então eu vejo o carro ligar e ir mara uma parte mais escura da rua. De lá as portas abrem e saem dois homens grandes e fortes, ambos de sobretudo... quase perdi o fôlego ao ver de quem se tratava. Eles olharam pelo portão e cheiravam o ar como se buscassem alguém... foi então que ambos olharam diretamente para onde eu estava.

Minha alma saiu do corpo, eu então andei por entre as árvores e sai até chegar aos fundos e de lá entre em casa, ao olhar pela janela do meu quarto eu vejo que não há mais nada lá fora... tomo um banho quente para relaxar ao sair vejo que a janela está aberta e em cima da cama está uma caixinha de veludo, abro e dentro está um anel dourado... olho assustado por tudo, mas quando coloco o anel uma mensagem gravada no anel fazem reluzir o nome.

🔸️Louis Neeven Lamark de Andreozzi🔸️


Olá pessoal! Bom domingo a todos, espero que gostem do capítulo. Hoje ainda sai maus um. ❤️

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora