🔸️CAPÍTULO 45🔸️

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🔸️Louis

Acordo em um quarto escuro em meio a noite sombria de uma tempestade orripilante, olho para cima e nada vejo além da escuridão total. Tento olhar para o lado vejo o balanço das árvores por entre os vidros... minha cabeça lateja de tanta dor e sinto meu corpo arder como um fogo, minha garganta rasgar e meu estômago roncar em dor. Fecho os olhos e não resisto tirar mais um cochilo e quando acordo novamente levo minha cabeça para a direita, onde vejo dois pares de olhos me encarando, ambos vermelhos que nem fogo.

Eu não me lembro de nada... falei baixo e temendo cada um deles.

Você teve um ataque de pânico, só isso. Disse um vindo até mim e se sentando ao meu lado, seu perfume revelava ser Max.

Eu fui a biblioteca e alguém me seguiu, me lembro de ser alguém alto e de capuz, ele me assustou tanto, eu queria ligar para vocês, mas eu falhei... disse fechando os olhos e repousando mais.

Não há explicações ômega! Seu lugar é em casa, deve esperar seus alfas chegarem para assim sair com eles... quanto tempo eu esperei para ter você, tantas noites a pino, tantos séculos de fogueiras e dores insuportáveis para te ter agora e simplesmente andar por ai sem segurança alguma. Falou a voz de trovão que encheu o quarto de dominância e fazia meu corpo se submeter.

Perdão... eu não queria, só fui imprudente. Disse chorando e pus meus braços na frente dos meus olhos.

Não chore pequeno, nós somos seus alfas e devemos lhe fazer feliz, lhe proteger, lhe amar e principalmente, fazer você nosso companheiro para sempre. Disse Cris vindo até mim e secando minhas lágrimas, o que me fez alegre por que eu amava ele.

Eu sei, mas vocês simplesmente não me dão atenção! Só ligam para trabalho e mais nada, eu me sinto sozinho aqui, me sinto preso e depressivo. Eu tento ser um ômega gentil e prestativo, mas eu não quero conviver assim, sem atenção. Falei chorando, do nada bateu uma sensibilidade terrível que me fez cair aos prantos dizendo coisas muito pessoais.

Tudo nossa culpa pequeno ursinho, é nosso esposo e destinado, erramos em não lhe acolher tão bem, mas nos entenda, os nossos negócios são o que nos sustenta. Falou Max com seus olhos vermelhos que nem brasa.

Sim, se é esse o problema então iremos resolvê-lo. Mas eu quero que seja mais prudente, quanto a quem lhe seguiu e assustou não precisa ter medo, apenas saiba que está seguro conosco, pequeno. Disse Cris beijando meus lábios e eu o abracei, queria ter contato com sua pele.

Está sujo meu ômega, vou te dar seu banho, vamos! Maximilion prepare uma comida saudável para ele, vou lhe dar banho. Falou Cris e rapidamente Max saiu da cama e do quarto em busca de comida para nós.

Eu sei tomar banho sozinho, Cris... Falei com vergonha enquanto ele me carregava até o banheiro do quarto que julgava ser o dele.

Calado, ômega! Eu sou o seu dono, tenho dever de lhe cuidar e proteger. Ele disse rosnando para mim, seus olhos estavam vermelhos de dominância e eu apenas me encolhi mais e aceitei a sua decisão.

Delicadamente ele me deitou na banheira e começou a encher a mesma com água morna, depois de algum tempo eu relaxei no lugar. Tudo estava escuro e eu senti quando ele retirou a minhas roupas e começou a me banhar que nem uma criança, achei fofo a atitude dele. Depois de bem cuidado eu me enxugo e me visto, sendo que ele não permite que eu use nada além de uma peça íntima.

Está tão lindo ultimamente, Louis. Seu corpo é forte, belo, robusto e verdadeiramente pronto o suficiente para carregar uma prole, meu ômega. Falou Cris me sentando na cama e subindo na mesma ficando em uma posição sentada. Eu senti minhas bochechas ruborizarem pelos elogios dele e me deitei mais na cama.

Obrigado... eu acho que são os hormônios. Só isso. Eu disse e escutei Max chegando.

Trouxe carne. Falou o de cabelos negros me colocando em seu colo e eu senti exatamente uma coisa quente e rígida me marcar na bunda.

Eu não gosto muito de carne, mas agradeço alfa. Eu disse tentando não irritar a besta em que eu estava sentado neste momento.

Tem que comer bebê, como acha que nossos filhotes vão ficar fortes quando nascerem, os originais precisam de carne para sobreviver, meu pequeno ômega. Falou Max me dando uma garfada da carne que estava um deliciosa.

Eh verdade... mas eu não estou grávido... falei baixo para não causar irritação.

Ainda meu baby ômega. Ainda, mas em breve vais carregar vários filhotes em seu ventre, inclusive já perdemos mais de 78 oportunidades de procriar desde que você mostruou pela primeira vez. Quando ele falou aquilo eu quase me engasgo com a comida, fiquei atônito.

78 oportunidades? Falei meio estarrecido de tanta surpresa.

Claro, assim que nos conhecemos lá na sua cidade natal, depois do primeiro contato você mestruou imediatamente, era o seu lobinho interior deflorando seu corpinho lindo. Falou Max beijando meu pescoço e alisando minha barriga com carinho.

Ah, mas como funciona? Perguntei a eles.

É simples, a cada mês você produz dois óvulos, cada qual para um alfa, fazendo as contas já poderiam ter sido 78 oportunidades de formar uma vidinha igual a gente, não acha isso perfeito meu doce Louis. Falou Cris me olhando com seus olhos vermelhos sangue.

Sim... eu jamais pensei em como seria... mas por que o meu Cio não veio ainda? Nem o Rut de vocês? Perguntei de uma vez e os dois se olharam.

Simples! O cio e o nosso rut só irá começar a contar os dias a partir da primeira vez de você ômega... depois disso o seu cio irá começar iniciar normalmente o ciclo. Falou Max dando mais uma garfada de carne.

Oh, entendi. Falei meio envergonhado.

Iremos viajar para um lugar bem lindo para que essa história que está na mídia seja desmentida. Não se preocupe meu pequeno, está seguro conosco. Afirmou Cris me apertando que nem um urso de pelúcia.

Onde vamos? Perguntei empolgado, finalmente eu teria a oportunidade de ter a atenção deles.

Segredo, mas aposto que vais gostar. Seremos só nós três em um lugar bem calmo e tranquilo, sem ninguém para nos perturbar, já lidamos com nossos pais e eles vão assumir as empresas enquanto tiramos essas férias. Cris deu notícia me fazendo realmente crê que eles estavam mesmo falando sério.

Mal posso esperar para me ver longe desses problemas... Falei pensando no quão mal o nosso relacionamento estava sendo nos últimos tempos, talvez esse fosse um recomeço para todos nós, era o que eu esperava.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora