🔸️CAPÍTULO 21🔸️

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🔸️ Louis

Vocês se conhecem? Molee perguntou, mas eu apenas fui até a minha amiga e a abracei com força, eu sentia suas lágrimas pingando na minha blusa e eu também fiz o mesmo por que era muita minha emoção.

Eu te procurei por todos os cantos daquela cidade... Ela disse chorando.

Desculpe... eu não tive como avisar, por favor me perdoe. Eu disse olhando nos olhos dela e eles estavam abarrotados de tantas lágrimas, eu pude ser a alegria daquela que me proporcionou dias lindos em meio a tanta dor daqueles dias, dias cinzas.

Por onde andou? O que aconteceu? Ela me perguntou saindo dos cacos de vidro e sentamos em umas cadeiras na área de lazer, tudo mais afastado do pessoal. Depois da cena a Sra. Molee dispersou todos e disse alguma coisa para ninguém nos amolar, porém eu estava sendo vigiado em tudo pelos dois que mantinham os olhos em mim.

Me diga tudo Louis. Kauana me fala mais calma e então eu digo tudo a ela, de como eu vivia, de como eu sai da casa do meu tio, de quando eu vim morar com a Sra. Raela e da ligações com os meninos e ela escutou tudo atentamente.

Que bom tê-lo de novo meu amigo! Eu tive tanto medo de tê-lo perdido para sempre, eu fui a sua casa e estive com sua tia, ela me disse que você havia ido embora então eu procurei e procurei, mas não achei... eu me sinto tão bem com você aqui, por favor não suma mais assim! Ela disse me abraçando com amor, eu a dei um forte aperto e chorei por que eu sentia saudades da sua amizade, pois sabia que com ela poderia contar para tudo.

Lou, me diz, agora vocês estão na nossa família! Que legal, como se sente? Ela me perguntou.

Ah, eu me sinto bem, eu já gosto muito de todos vocês, apesar do curto período de tempo. Eu amei seus pais, ao contrário do convencional eles parecem me querer como um filho. Eu disse a ela e a mesma sorri.

Sim, eles me disseram o quão lindo e gentil você é, no fundo eles tem esperança que possa resgatar o meu irmão... Ela disse meio tristonha, quando eu iria perguntar o por que disso uma voz grave surge acima de mim.

Louis! Preciso de você para pegar umas coisas... Falou Cris e eu fui junto a ele, na verdade era um tanto distante. Enquanto andávamos nos corredores da mansão eu sentia que ele estava bem tenso e com uma mistura de raiva e medo. Então entramos em uma espécie de depósito para pegar alguns enfeites que a Sra. Molle havia pedido, enquanto ele pegava alguns e eu outros eu comecei a cantarolar uma música que escutei desde a infância. Notei que o grandão ficou bem mais calmo.

Cris? Eu perguntei a ele com uma voz bem mansa.

Hum? Ele apenas resmungou, como quem não queria conversa.

Quero que saiba de uma coisa e que nunca se esqueça disso. Eu falei com certeza e ele arregalou os olhos para mim, acho que o peguei de surpresa por que ele estava meio medroso pelo que eu iria falar.

O que? Ele perguntou atônito.

O passado de nós três não é da conta de ninguém, temos nossas lutas, tribulações, medos, derrotas, erros e acertos, mas ele não nos faz ser aquilo que não queremos! Entende, eu não quero começar uma coisa com vocês com medo de nada... eu só senti que deveria dizê-lo. Eu falei terminando de pegar as coisas e ele parecia surpreso com tudo.

Oh, bem, isso é bem maduro da sua parte Louis... obrigado. Ele disse menos tenso, Cris parecia esconder algumas coisas bem sérias, mas eu deveria pavimentar confiança para que ele me dissesse no tempo correto. Com isso saímos do local e voltamos para o contato de todos, havia uma correria só para cozinhar todas as comidas e os alfas ficaram responsáveis pelo churrasco e as bebidas.

De longe eu dava uma olhada e via os dois alfas que há alguns dias pareciam egocêntricos se dando bem, Cris estava no comando das carnes e o Max parecia se concentrar em preparar as bebidas. Eu por sua vez estava fazendo uma bela torta de chocolate com a Kauana, mas na verdade eu não conseguia parar de sentir a queimação dos olhos dos dois em mim. De vez em quando eu olhava e pegava no flagra os seus olhos dourados e negros, o que eles nem ligavam para nada, pareciam querer marcar território.

Com um tempo eu tive que ir ao banheiro pois estava com uma dor na barriga. Subi a escada que deu no segundo andar e fui ao banheiro mais reservado, lá molhei uma toalha quente e fazia uma massagem na barriga para a cólica passar, mas ela parecia querer ficar em definitivo, logo peguei um remédio que tinha na minha bolsa e tomei, porém eu fiquei ali até que ela passasse. Porém eu escuto pisadas no corredor e logo elas param na porta.

Louis... está tudo bem? Escuto Max falando baixo. Eu quase caio, por que aquele boy mimado parecia estar se preocupando de verdade comigo?

Oi... estou sim! Eu disse meio inseguro e envergonhado.

Abre a porta. Ele disse não querendo ser autoritário. Então eu abri a porta de imediato e encontrei dois olhos azuis me encarando de perto. Ele logo pegou um dos meus braços e me levou até um dos quartos e lá eu me sentei em uma das camas de casal.

Está forte? Ele perguntou meio preocupado.

Não muito, na verdade sim. Eu disse me encolhendo de dor, estava muito forte. Ele olhou para mim e logo veio para perto se sentando ao meu lado. Ele parecia não querer desmontrar se importar de verdade, porém minha mente mudou de percepção quando seus braços passam pela minha barriga e seu nariz pousa na minha cabeça. Ao poucos ele vai fazendo uma massagem boa e a dor passa instantaneamente.

Max... Eu disse depois de um tempo.

Oi... Ele responde meio lento, parecia adormecer.

Acho que estão procurando pela gente, vamos voltar... eu disse tentando sair, mas ele me puxa de novo para si, eu me sinto um bonequinho de pano perto da fortaleza implacável que é seu corpo.

Deixem procurar! Eu quero ficar aqui agora, eu sabia que isso era bom agora jamais pensei o tanto, é uma sensação inexplicável de prazer e paz, vamos ficar aqui! Ele diz e eu sinto sua possessão sobre mim, então eu pego uma de suas mãos e seguro acariciando seu braço o que o faz quase entrar em sono profundo.

Como soube? Eu perguntei depois de um tempo.

Senti... ele falou, ainda estava com os olhos fechados e com seus nariz no meu pescoço.

Uau... eu jamais pensei que um dia algo do tipo fosse acontecer. Eu falei sentindo o cheiro de possessão dele que esmagava o ambiente.

Eu também não... nunca namorou? Ele me perguntou levantando o rosto e me olhou com dúvidas.

Não... eu nunca gostei de ninguém a ponto disso, nem podia na verdade... Eu disse batendo os dedos um no outro como se fosse a coisa mais interessante a fazer.

Sei... mas agora isso está acabado, agora você tem donos e isso muda drasticamente. Ele afirmou autoritário e sua dominância me fazia sentir sua força sobre mim.

Eu sei... Foi apenas o que disse, sentia a sua presença me tomar com seus feromonios. Ele era assustador quando soltava seu lobo e isso nem era uma transformação de verdade.

Olhe para mim, ômega! Ele disse com força e eu olhei imediatamente para o homem de cabelos negros e olhos azuis.

O que foi? Por que está agindo assim? Eu disse e ele sorriu com desdém e me segurou com força e muito sadismo.

Por que eu estou obcecado por você! Eu só penso em você, tudo que faço é com você no meio desde que eu lhe vi servindo de garçom naquele restaurante... eu estou doente por você e eu juro que se um dia eu vê-lo com outros eu posso cometer uma loucura... eu estou apaixonado por você... Ele disse e a cada palavra ele chegava mais perto de mim e beijava a curva dos meus lábios, o lobo da orelha, ele parecia se conter e eu fiquei embasbacado com tudo.

Max... isso é só a ligação. Eu disse tentando o tirar de tempo.

NÃO! EU ESTOU FARTO DE ESCONDER O QUE EU QUERO! Eu quero ficar com você para sempre, eu largo tudo por você, me diga o que você quer que eu lhe darei em troca de... Ele não terminou pois um homem grande chamado Cris invadiu o quarto.

O que é isso? Sai de perto dele Max! O macho alfa falou em raiva.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora