🔸️CAPÍTULO 44🔸️

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🔸️Louis

Eu havia chegado tarde na faculdade hoje, se aquele professor esquisito não tivesse pegado tanto no meu pé eu não teria precisado ficar mais de 4 horas na biblioteca a mais do que eu precisava, pelo menos eu descobri formas de salvar uma pessoa de um ataque cardíaco. Confesso que meu dia foi bem corrido, alguns alfas me olhavam com desejo e eu nem dava trela.

Apesar disso, na biblioteca doi uma experiência extraordinária, eu amo lugares calmos, silenciosos, para mim é um dia perfeito em que a gente acorda de manhã toma um belo café, revida todos os conteúdos da semana passada e se joga nas plataformas de vídeo gamer, comendo guloseimas de preferência doces.

Depois de longas horas estudando passei em algumas livrarias e sebos para comprar alguns livros, resultado? Comprei mais sete livros, tinha de romance, drama, terror, ficção científica e adolescente... tudo que eu mais gostava.

Depois disso eu almocei em um restaurante simples no centro da cidade e fui para a grande biblioteca municipal, eu não queria ficar um dia inteiro sozinho dentro de casa, logo comprei esses livros para lê-los todos lá e assim meu plano funcionou se passou até as 18 horas e eu infelizmente peguei no sono somente acordando as 22:39 com uma velha rabujenta gritando meu nome dizendo que já haviam fechado o estabelecimento.

Eu saio de lá quase correndo de medo daquela velha asquerosa, que mulher mais mal educada. Com o susto acabo esquecendo minha carteira no braço do sofá onde estava dormindo. Ao constatar isso eu entreo em pânico, olho e vejo que pelo menos o meu celular estava comigo, mas não tinha dinheiro algum para pagar um taxi.

O detalhe é que em hipótese alguma ligaria para algum dos meninos para vir me ajuda, isso não, isso nunca! Eles deixaram claro que não querem ser atrapalhados no trabalho. O Cris já havia me deixado claro isso e o Max nem me deu o mínimo de atenção hoje de manhã, eu fiz um lindo café da manhã e os dois nem para repara nisso, só conseguem olhar para um celular e resolver coisas de trabalho, poxa... eu queria atenção. Em meio ao trânsito de Londres eu ando pensando na situação.

São só... sei lá... 6 quilômetros daqui para lá? A meu Deus eu vou chegar lá por volta das 00:00 como que eu vou chegar a essa horas em casa. Penso em meus dilemas e me ponho a andar apressadamente, ainda bem que tem pessoas andando de um lado para outro na rua, assim não me sinto tão evidente e desprotegido. Me ponho a apressar o passo, olho no relógio e já são 23:03 da noite e isso me assusta.

1 horas depois...

Estava quase chegando em casa, mas era aqui em que a pior parte começava, a casa dos meninos não era propriamente na zona urbana, tinha que andar em uma estrada asfaltada por dentro de um pedaço da floresta para poder chegar finalmente na linda casa de puro luxo. E assim fiz minha penitência, comecei a andar mais rápido dentro daquela floresta escura orando para que Deus me protegesse de qualquer alma penada ou de um psicopata. Só sinto um vento muito e frio e uma forte chuva se iniciar, só poderia ser obra do diabo mesmo.

Do nada viro para trás e vejo há alguns cinquenta metros uma figura alta e escura de vestes pretas e rasgadas vindo em minha direção.Começo a correr desesperado para chegar logo em casa, eu corro, corro tanto que sinto meus pulmões pegando fogo, eu não olho para trás pois sei que a criatura está a quase vinte metros de mim.

Começo a orar para que todo mal seja afastado de mim e que tome seu caminho para a morte, eu rezo com tanta fé que isso parece renovar as minhas forças e me sinto mais confiante. Nesse final já vejo o grande portão cinza perto de mim, aperto o botão do controle e a porta de acesso abre, não antes de notar uma sombra escura me encarando de umas árvores mais ao longe, fecho a porta com tanto medo que a mesma faz um barulho estrondoso.

Eu estava em total pânico, bagunça e desespero, a chuva começou a engrossar mais e mais, os trovões e relâmpagos clareada os céus a todo vapor. Vejo a porta de madeira a minha frente e coloco a senha para entrar. Ao virar para trás somente para ter certeza que aquela figura do diabo não havia entrado, não vejo nada. Abro a porta e me deparo com uma casa totalmente escura e em silêncio, meu Deus só pode ser brincadeira isso. Dou passos lentos e leves para não acordar ninguém, coloco os meus sapatos no local para não sujar o piso impecavelmente limpo. Retiro minhas roupas por completo, apenas ficando de cuecas e me enrolo em um sobretudo que julgo ser do Max, pois estava com seu forte cheiro de maresia.

Feito isso saio para a cozinha para beber um copo de água e noto que não havia jantar, nem louças sujas. Penso que talvez os meninos estejam fazendo hora extra no trabalho ou algo do tipo. Com isso em mente subo as escadas em silêncio sigo o corredor até chegar ao final onde sei ser o quarto do Christopher.

Bato na porta umas quatro vezes e nada de responder, tento abrir a porta e noto que a mesma está devidamente trancada. Então vou a porta a frente, no quarto de Max, e faço o mesmo, entro, está tudo perfeitamente organizado e cheiroso, um cheiro de madeira com toques de baunilha. Analiso todo o quarto antes de sair e ter a certeza de que eles não estão aqui em casa.

A chuva está fazendo estragos lá fora, com certeza, pois escuto os assobios dos ventos, vasos se quebrando e começo a ficar morto de medo pensando em aquela coisa conseguir entra aqui dentro. Com esse pensamento eu saio do quarto e vou até o início da escada, e de lá vejo pelas janelas de vidro que de fato haviam estragos por todos os cantos do quintal, o jardim estava todo coberto por folhas, a piscina estava preta de terra e também a área de lazer estava coberta de lama. A chuva estava castigando as janelas de vidros da casa e sinto muito medo de ficar aqui sozinho.

É nesse momento que escuto um estrondo imenso vindo dos fundos do terreno, este que dava para as florestas. Subo para o terceiro andar para ver melhor e chegando lá eu vejo que as portas estavam abertas e as janelas quebradas. No desespero tento fechar usando todas as forças que me restam, a água havia ensopado todo o andar e estava descendo pelos degraus.

Foi nesse momento que olho para os fundos do terreno e noto que uma pequena parte do muro havia caído por causa de uma árvore. Eu já não aguentava mais tremer de medo.

E se aquele monstro tivesse entrado? Eu vou ligar para o Cris. Falei e assim eu ligo mas está tudo sem sinal! Depois de alguns minutos tentandk eu escuto a porta da frente ser forçada e me inclino no guarda corpo da escada para ver melhor, e meu coração para quando vejo a maçaneta se mecher e uma sombra se colocar nas frestas da porta!

Eu comecei a chorar de desespero, era aquele humanoide, tenho certeza! Em um ímpeto eu desço as escada e sigo o corredor e entro no quarto do Max. Rento fechar a porta mas ela não tem chaves, eu vou ao banheiro e me tranco lá, fico sentado no chão frio e com os braços segurando os joelhos em completo pavor. Desligo as luzes e começo a escutar passadas pesadas no piso de madeira.

Estão passando pela porta, agora pela sala, estão subindo as escadas, agora estão indo ao terceiro andar! Espera, não, estão vindo para os quartos. Falei baixo e começo a soluçar de pavor e cubro minha cabeça com as mãos. Escuto alguém chamar, parece ser familiar, talvez...

Meu tio... disse baixo e meu coração parou por três segundos, depois disso eu simplesmente desmaio.

15 minutos depois...

Ele está aqui! Sinto seu cheiro de medo. Escuto uma voz grave e autoritária dizendo, era forte e bruta que nem uma besta selvagem. Me levanto e olho por entre a fechadura da porta, e velho um homem de abdômen definido se aproximando, espera, eu já vi aquela marquinha abaixo do peitoral direito, era o Max.

Abro a porta rápido e vejo o mesmo com os olhos arregalados e todo encharcado da chuva, eu nem ligo somente agarro a barriga do mesmo e começo a dizer que temos de sair daqui o mais rápido possível.

Por favor não deixa ele me pegar! Eu disse chorando até cair.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora