🔸️CAPÍTULO 28🔸️

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🔸️Louis

Acordo para meu último dia nesta casa onde eu fui tão feliz em toda a minha vida, Raela me acolheu e me deu uma família morosa sem nada em troca, apenas me amou e isso salvou a minha vida. Me levanto, está um dia chuvoso, o sol não quer aparecer e tudo está tão frio que preciso me agasalhar para ir ao banheiro. Depois de fazer minhas higiene matinal sento em minha escrivaninha e encaro todas as malas prontas...

Fico um momento me perguntando como seria ao lado dos dois homens por todo o resto da vida, penso se um dia teríamos filhotes, se iríamos nos dar bem, se eles fossem pessoas diferentes do que eu vejo serem no cotidiano, eu sinto uma enorme insegurança, mas eu preciso ter fé e decisão, fé para acreditar que tudo que vinher será para me aperfeiçoar e decisão para encarar isso em pé e sempre em constante amor e perseverança.

Tendo esse pensamento em mente pego um papel em caneta e começo a escrever uma carta para quem eu não poderia apagar da minha vida, escrevo com lágrimas nos olhos e com o coração cheio de dor, mas com a decisão de fazer o certo pelo amor e proferir o perdão a quem eu preciso. Todas as memórias de abuso vem na minha mente como uma enchurrada de traumas que eu comando no meu ser não interferirem na minha decisão de perdoar, alguns minutos se passam e finalmente vejo a carta pronta em minhas mãos.

Eu não sei como tem sido os últimos tempos para você, para mim tem sido um novo recomeço depois de tanta dor e amargura que sofri em suas mãos.

Suas mãos, olhos, palavras e gestos deveriam ter me marcado com amor e esperança, mas a escolha que fizestes foi a do ódio e do engano.

Mas nada está acabado, pois a luz eu vi, encontrei o caminho, entendi a verdade e finalmente tive vida, em Jesus, o Cristo.

Por isso, pelo amor e decisão em fé, aquele que é o caminho, a verdade e a vida me faz vir até você para dizer que os teus pecados contra mim estão perdoados em Cristo Jesus. Que minha atitude mostre quem eu me tornei e que ela seja apenas um recomeço para a sua jornada.

Louis Neeven Ukerman

Termino a carta e a coloco em um envelope vermelho e o selo com o emblema de um Dragão, o símbolo da minha família. Desço as escadas com ela em mãos e de pronto vejo as meninas me aguardando para o café, eu visto apenas uma roupa que me proteja do vento frio e das garoas que vem e vão sem parar.

Depois de muito conversar sobre a vida e como ficariam as coisas sem eu nesta casa eu me ponho de pé, abraço Raela e não é possível as lágrimas de amor não caírem, pois o meu ser estava quebrantado de todo o coração por tudo que ela fez por mim. Meu abraço depois foi a Sany que me desejou toda sorte de bondades. Olho para cada uma delas e digo que em breve eu irei vir novamente para que elas me vejam, que elas não só podem, mas devem ir até meu novo lar e que seriam bem vindas.

Depois de um tempo eu carrego minhas malas para a sala com ajuda de Sany e sem muita delongas a campainha toca indicando que é chegada a hora em que eu não estarei mais sozinho neste mundo, os dois eu vejo entrando pela porta e cumprimentam Raela com gentileza.

Vamos tomar café! Raela falou com entusiasmo e gentileza.

Obrigado Dona Raela, mas acabamos de comer em uma padaria no caminho, mas em breve retornaremos para aproveitar seus temperos, não duvide! Falou Max com seu sorriso de arrancar corações.

Que isso menino Max, eu nem sou tudo isso. Ela falou toda envergonhada, ela era uma fofa.

Eu nunca me esquecerei da sua comida, é encantadora que nem a Sr. Dessa vez foi a vez do dourado falar e deixar minha amiga com mais alegria. Depois deles conversarem por mais alguns minutos eu me despeço das meninas e entro no carro enquanto os algas terminam de colocar as malas no porta malas. Pouco tempo depois os dois entram no carro e começamos a viajar por Londres.

Está calado, Louis. Não precisa ficar apreensivo. Falou Cris com sua voz quase inaudível. Max me encarava pelo retrovisor.

Não, estou bem. Poderíamos passar em uma agência dos correios antes de passarmos no cartório? Preciso mandar uma carta. Disse indo até Cris e o dizendo.

Ok. Foi tudo que falou.

Escreveu para quem? Max me perguntou com os olhos cheios de possessão.

Para um antigo amigo de onde eu vim, ele deve estar completando aniversário amanhã. Eu disse não o encarando, pois ele saberia da mentira. Definitivamente ele não me deixaria mandar uma carta para o meu tio.

Sei. Ele disse e não falamos mais nada, passamos na agência dos correios e depois no cartório onde assinei alguns papéis e um juiz perguntou se eu era de acordo com o casamento e todas as burocracias inertes ao ato, eu concordo com tudo e os meninos também.

Quando saímos do local eu estava definitivamente casado com os dois, juntos e amarrados para sempre segundo as leis britânicas dos alfas originais. Max não para de me encara pelo retrovisor e eu até me sinto envergonhado pelo ato dele, pois não sabia o que ele queria. Cris por sua vez apenas focava na direção do carro e de ver em quando olhava de relance para mim.

Quando chegamos na casa não foi possível não abrir a boca pelo explendor que era aquele lugar. A floresta parecia rodear a mansão como se ela fosse uma joia perdida no seu imteiro, era uma casa de dois andares, enorme e contraída com madeira, concreto, aço e vidro, uma mistura de rústico com o que há de mais moderno.

Gostou? Cris pergunta passando as mãos na minha barriga e se encaixando por trás de mim, o que me fez dar um pulinho de susto, seu encaixe nos une perfeitamente, sinto sua boca encostar no meu ouvido e me beijar bem devagar. Max fecha a cara e pega as cinco malas e sai para dentro da casa, não sei por que está atitude.

Sim, ela é linda e moderna, podemos entrar, estou com frio. Eu disse fazendo uma careta e logo ele dá um comando de voz e o carro segue sozinho para dentro da garagem e o alfa dourado me orienta para dentro da casa que era mais parecida com uma floresta negra por dentro, tudo em tons de escuro com dourado e luzes brancas.

Dou uma voltinha encarando o ambiente a minha volta e dou um sorriso grande, por que essa casa era na verdade um sonho de qualquer pessoa. Encaro o dourado que me mostra a casa mais ou menos me orientando a como comandar a casa pela inteligência artificial que comando tudo por aqui, eu fico embasbacado com tudo. Enquanto Cris atende um telefone de trabalho eu volto a sala e vejo um rapazinho chamado Max olhando para o nada, pensativo. Me sento ao seu lado e vejo que ele sente raiva como sentimento.

Quer conversar, estou aqui... eu disse passando as mãos na coxa dele e pegando seu rosto o fazendo encarar meus olhos.

Talvez depois... ele diz frio.

Ok. Eu disse dando um beijinho no canto de sua boca e me deitando no sofá e pousando minha cabeça em seu colo, olho para as orbes azuis que me encaram e logo logo ele se deita junto e me junta completamente a ele, foi ali que tivemos pela primeira vez uma conexão de almas.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora