🔸️CAPÍTULO 13🔸️

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🔸️Louis

2 dias depois...

Estava em meu quarto pensando em que ocorreu nestes últimos dias... olhava para a janela onde se via a neve caindo lá fora, uma tristeza e angústia tomava meu coração, uma saudade de tudo. Soube da verdade sobre minha família, meu papai e mamãe morreram em um acidente na Rússia e meu avô me rejeitou a ponto de me dar a um orfanato onde eu fui dado a uma família que me maltratou de todas as formas possíveis. Eu fui enganado a minha vida toda...

Sinto uma revolta imensa em meu peito e pego uma almofada e jogo na parede, chorei as noites anteriores pelo sentimento de vazio dentro de mim, eu não tinha mais ninguém no mundo. Minha família tinha acabado, os Ukerman e os Bragança estão agora apenas em mim, todo o maldito dinheiro causou tudo isso. Puxei as pernas para o meu peito para abafar a crise de choro que eu estava tendo.

Ontem a tarde eu fui realizar todos os procedimentos burocráticos e pelo menos 40% e tudo já estava em meu nome, na próxima semana eu iria até a Suíça resgatar as informações das contas bancárias... era tudo tão novo para mim, há alguns dias atrás eu trabalhava em uma Starbucks e agora eu sou umas das pessoas mais ricas do planeta terra. Só de pensar que um dia minha família foi responsável pela escravidão de tantas pessoas me dava enjoos.

Olhei para o relógio de cabeceira e vejo que está próxima as 02:00 da manhã. Eu estava sozinho em casa, Raela e Susanne tiveram que ir visitar uma parente que infelizmente morreu, eu resolvi ficar em casa por que eu não estava bem de nenhuma forma. As meninas insistiram que eu chamasse alguma colega de classe para dormir comigo, mas eu me neguei, não tinha nenhuma amizade na escola e eu queria ter um tempo sozinho. Olho para a carta que meu avô me deixou e não tenho coragem de abrir, tenho medo do que vou enfrentar.

Senti uma quintura no meu peito e então guardei a carta e o pingente que a mim foram deixados. Me levanto e coloco minhas pantufas de ursinho puf e desço as escadas em busca da cozinha, vou para a geladeira e de lá retiro um belo bolo floresta Negra trufado e como aos bocados, queria saciar minha vontade de comer coisa doce. Fique ali comendo e chorando até que a eu vejo que algo está diferente.

Vejo que a porta da cozinha está destrancada, mas eu tenho certeza que tranquei antes de ir me deitar. Vou até lá e a fecho com cuidado, diante do que tem acontecido eu nem me lembro direito se fechei o não na verdade. Eu apenas me sento de novo e quase caio ao olhar para o corredor e ver uma sombra passando... ela segue até a sala.

Me levanto e a sigo, ela continua e escuto um som de abrir de porta que logo é fechada. Meu coração acelera aos montes como uma bomba, paraliso no meu lugar, mas então a curiosidade me toma por inteiro e então eu espiõ pela brecha da passagem e vejo que na sala nada há de anormal. A porta da frente está destrancada, tem gente aqui dentro e meu coração quase pula pela boca quando escuto pisadas na área de cima.

Olho para a escada e começo a subir, seja quem for eu preciso saber quem é, por que está aqui, ou pode ser apenas as meninas, ninguém mais tem as chaves. Passo a subir as escadas e alguns sons de ranger de madeira fazem revelar que estou subindo. Chego ao segundo andar e sigo pelo corredor esquerdo que está absolutamente escuro, a não ser pela fresta de um dos quartos...

O escritório de Raela... eu falei baixinho. Passo a andar vagarosamente até lá. Quando chego eu me dou por o que eu estou fazendo, eu deveria ter saído dessa casa e chamado a polícia, mas o meu corpo parecia enfeitiçado por vir até aqui. Olho para a porta e o escuro se faz presente. É então que eu adentro ao local, tudo escuro e silencioso, dava apenas para escutar o som da neve caindo na janela de vidro. Dois pares de olhos vermelhos me encaram no lado oposto da sala e apesar do susto eu não os temo, pois no fundo sei quem são e o que eles querem...

O que fazem aqui? Esse lugar é propriedade privada, não tem direito de estar aqui, saiam agora ou eu irei chamar a polícia. Eu disse tentando ser intimidador. Mas os dois permanecem calados, até que um deles vem até mim, eu não vejo nada pela escuridão apenas seus olhos em brasas.

Lhe procuramos por meses e nos quer mandar embora assim, não, não mesmo... A voz dele é bruta e insensível, uma masculinidade pura que me faz ter medo sem ter feito nada.

O que querem comigo? Eu disse querendo descobrir essa obsessão.

Não é o que queremos com você, nós queremos você. A voz mais calma falou e ela me dava calafrios.

Por que? Eu perguntei.

Nunca me esqueci do seu rosto depois daquela noite. O homem arrogante falou dessa vez e eu me tremi de medo, eles queriam me fazer mal. Ele passou sua mão em meu rosto acariciando com carinho.

Eu não vou repetir... é bom que saiam. Eu falei sendo sincero.

Louis, Louis, Louis... sua vida está selada ômega, de agora em diante, para todo o sempre irá obedecer a nós, por que é isso que os ômegas fazem. Afirmou o homem de trás vindo em minha direção.

Eu sou livre... Eu disse quase chorando. Ele solta uma risada enorme e sombria.

Ah, meu ômega rebelde. Veremos quanto tempo você resistirá assim. Não importa onde você vá, eu sempre encontrarei você. E quando isso acontecer, você não terá escolha além de se se subjugar e se ajoelhar a nós... você é nosso e nada nem ninguém pode mudar isso... Ele disse e pegou meu cabelo, ele sente o aroma suave que sai do meu pescoço, logo seus olhos de vermelho passam a dourados e azuis.

Por favor, eu imploro, me dê um tempo... eu digo segurando o seu braço. Vejo em seu olhar de predador.

O tempo que você recebe ou não recebe depende apenas da minha vontade. E no momento, minha vontade é me tê-lo logo, mas eu te darei o tempo que pede, até o ano que vem querido ômega... depois disso aceite sua posição e venha para o lugar que sempre será seu, ao nosso lado em submissão, é nosso destinado e aceite esse fardo. Ele fala e eu choro com a situação.

E se eu me negar? Afirmei.

Terá de viver com a loucura ao ficar longe de seus alfas... quer isso para a vida inteira? Nem nós queremos, seja racional Louis, estamos atados para sempre, nossas vidas são apenas uma e devemos aceitar esse fato. Ele diz e me solta.

Pense bem Louis... até o ano que vem, estamos de olho em você, onde está, o que faz, que hora faz e com quem, temos olhos e ouvidos em todos os lugares, seja obediente aos seus alfas, só queremos o seu bem estar. Disse por último me dando um beijo no pescoço e saíram.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora