🔸️CAPÍTULO 07🔸️

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🔸️Louis

Acordo com alguém batendo no meu ombro, é um moço me dizendo que já chegamos na cidade de Portland. Eu me levando e saio do ônibus, pelo que vejo estou em uma rodoviária, tem muita gente neste lugar e tudo está muito confuso na minha mente. Para refrescar a cabeça eu vou até um banheiro.

Entro dentro de uma cabine e penso no quão ruim está minha situação, sem família, sem amigos, sem ninguém, só eu e Deus.

Meu Deus me ajuda, o que eu vou fazer? Penso comigo mesmo dentro do banheiro, eu me dou o direito de chorar se tão confuso que estou. Mas um ímpeto de coragem e determinação ne vem a mente.

Minha vida é minha e ninguém a tira de mim, eu descido viver e dar a volta por cima, Deus meu me dá coragem por que vontade eu já tenho. Digo a mim mesmo e então minha mente se clareia em força e determinação. Eu saio do banheiro e vou até a bilheteria.

Quando custa uma passagem pra Londres? Digo a uma moça da bilheteria, ela me diz que custa mais de 69 libras, eu a pago e ela me dá a passagem, olho um última vez para o lugar e sinto na minha mente uma sensação de alegria por tomar rumo a minha vida, mas aos mesmo tempo tenho tristeza por deixar quem eu amo para trás.

Entro no trem e me sento próximo a uma senhora mais idosa, ela parece chorar e me sinto o seu pesar. Em respeito ao seu momento eu permanecia calado a viagem toda, ela chorava olhando para uma foto antiga, parecia seu filho. As horas se passam e a noite chega, alguns minutos depois passa uma mulher oferendo janta para quem quiser, mas eu tenho que poupar dinheiro e não como.

A senhora ao meu lado compra dois sanduíches e um fica guardado. Ela olha para mim e estende a mão me dando um, eu vejo bondade em sua visão e pego a comida sem demora.

Obrigado, não sabe o quão boa está sendo. Eu falei.

Por nada jovem menino, onde estão seus pais? Ela disse. Eu me permiti chorar copiosamente.

Entendo. Foi apenas o que disse e deitou minha cabeça em seu colo. As horas se passaram e eu a contei tudo, geralmente é mais fácil contar tudo a um estranho.

Mas e agora jovem? Tem família em Londres? Creio que sim, não? Ela perguntou apavorada. Eu ri.

Pior que não. Eu disse triste.

Então como vai fazer? Ela disse sendo bem prática.

Eu não sei, Deus vai providenciar tudo, ele disse que o justo não só do pão vive, mas de cada palavra que sai da boca de Deus. Eu disse com convicção, senti que o que disse tocou o coração daquela mulher, pois seus olhos brilhavam de amor.

Há mais de 6 meses meu filho lutou contra um câncer, partiu mês passado, por isso estou indo para minha casa em Londres... quero recomeçar. Ela disse meio tristonha. Eu ne compareci da sua situação e a dei um abraço dizendo que tudo dará absolutamente certo.

Louis... quero vir comigo? Eu te ajudarei no que puder, não tenho ninguém... Disse ela com seus olhos cheios de lágrimas. Permaneço parado sem saber o que fazer, confiar em uma estranha que mal conheço a menos de um dia. Mas então eu me lembro do que pedi a Deus e aceito o seu pedido.

Eu irei, eu não sei como Deus uniu nossos caminhos, mas eu estou certo que tudo foi obra dele... eu irei com você. Eu disse e ela se alegrou.

Está tudo certo então, quando chegarmos em Londres irá para minha casa, ela tem muitos quartos e pode se acomodar, meu filho partiu, mas o destino me deu um amigo jovem para que em minha velhice eu possa contar... será bem vindo em minha casa jovem ômega. Ela afirmou com certeza.

[8 horas depois]...

Chegamos, bem vindo a minha casa, teremos que fazer algumas reformas, mas nada que uma bom trabalho não resolva. Disse a mulher me mostrando a casa. Era na verdade um palacete praticamente, uma casa grande e bem espaçosa, com três andares em um bairro antigo e nobre de Londres, na zona oeste.

Olhei para a casa e havia muita poeira, estava bem suja e com teias de aranha, olhei para a Senhora e ela riu, acho que tínhamos uma mentalidade igual, pois realmente daria muito trabalho. A noite passou-se praticamente eu trabalhando com a Senhora Raela, esse era seu nome.

Tiramos toda poeira, limpamos os móveis e por fim passamos um leve pano úmido no chão, quando terminamos tudo podemos descansar um pouco. A casa tinha ao todo sete quartos, vários banheiros. Três andares, era uma casa antiga, então tudo era de madeira estilo vitoriano, as escadas eram longas e chiques. A sala principal era linda com elementos medievais, um sonho de filme.

Eu limpei tudo enquanto a Senhora Raela fazia uma pequena janta para nós dois, ela me chamou para jantar e podemos conversar e nos conhecer melhor. Ela foi super gentil e atenciosa, fomos nossos próprios confidentes a noite toda. Ela me contou que seu marido havia morrido fazia décadas, mas que deixou uma bom patrimônio para ela e o filho, fruto de muito trabalho. Ela me disse que o resto de sua vida seria dedicado a ajudar quem precisasse e isso incluía fazer obras sociais.

Comemos espaguete e aquela noite foi uma das mais felizes da minha vida, horas valeram mais apena que anos de choro e violência. Estava com quem derrepente me amou e isso era extraordinário. Ela me acompanhou até o meu quarto em que vou ficar temporariamente, olhei o local com alegria, havia uma cama de solteiro, guarda roupas, uma mine biblioteca, escrivaninha, o quarto era lindo, decorado na cor azul escuro com piso de madeira como toda a casa.

Tomei um belo banho e depois pude limpar as minhas feridas, me deitei de costas para cima, para que minha dor não fosse grande, depois de tudo eu pude pensar em mais nada, simplesmente apaguei.

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora