🔸️CAPÍTULO 40🔸️

1.9K 230 33
                                    

🔸️Louis

2 semanas depois...

Meus sonhos de construir uma família com meus alfas estava sangrando neste exato momento, depois da conversa com Cris no domingo passado nós fomos, os três, para uma consulta com um bom médico que cuidava de pessoas com vícios em drogas e bebidas. Depois de feitos os exames soubemos que a saúde do Cris estava boa até, mas a sua dependência estava altíssima e precisava de intervenção medicamentosa.

Depois que ele começou com os remédios eu tive de contar aos seus pais e a conversa foi cheia de dor, o meu alfa teve o amor dos pais, mesmo que o casal tenha chorado muito pela situação do filho, mas nada vencia o amor deles pelo filho, nem todas as malícias do mundo poderiam os separar. Então inicialmente ele teve que largar com as drogas e ir aos poucos com a bebida.

Deu certo a primeira semana, mas a segunda ele teve tantas dificuldades no emprego que o fizeram se estressar muito e foi uma recaída brutal. Me lembro que fiz um jantar ótimo naquela noite, eu e Max o esperamos até tarde, ligamos várias vezes e nada, nada dele. Quando já era de madrugada acordo com um barulho de móveis sendo quebrados.

Quando chego na sala vejo os dois alfas se pegando em uma briga feroz, muitos móveis estavam quebrados de tanta brutalidade que havia nos seus golpes, clamei por socorro em mente e minha coragem foi feita em comportamento, eu tentei apartar a briga deles e acabei levando um golpe da garra de um deles que desceu do início do meu antebraço e chegava por pouco a artéria em meu pulso esquerdo.

Me lembro de tentar estancar o sangue e tentar elaborar as informações na minha mente, rapidamente liguei para os pais dos dois e eles vinheram correndo em busca daqui. Uma confusão se estabeleceu e eu tenho certeza que todas as forças de Satanás para destruir nossas vidas estavam lá naquela noite, mas o amor firme em mim foi luz que guiou a situação.

Os pais dos alfas os controlaram pela voz, a Mãe de Cris o acalmou e Max teve Andros para o dar controle. Depois que todos estavam calmos eu fui a um hospital fazer uma sutura em meu braço, tive que passar mais de oito dias com os 15 pontos que me encomendava de mais, essa seria mais uma cicatrize de uma batalha cuja guerra eu estava longe de vencer.

Neste momento eu estava saindo da casa de Raela, eu vim aqui para desabafar toda a situação com ela, eu chorei tanto, tanto, ver minha família cair de uma forma tão brutal me fazia sangrar por dentro, ela me disse para não desistir do meu casamento, para ter força e coragem. Pois os alfas tem a força do corpo, mas nós ômegas somos forjados pela vida a ponto de nos tornarmos fortes como uma muralha, eu faria dessa dor a minha luta.

Andei por Londres com aquele entalo na garganta, como se houvesse uma estaca no meu peito, um choro recolhido, uma angústia torturante. Me lembro das vezes em que eu clamava por ajuda quando meu tio me batia, eu chorei tanto que meus olhos não tinham mais lágrimas para por para fora, mas por dentro eu estava devastado, despedaçado e era assim que eu estava, com meus olhos secos e com um coração dilacerado.

Mas... aqueles que com lágrimas semeam vida colherão e já colhem a vitória em Deus, pois o amor tudo suporta e é isso que farei em toda a minha vida, amarei conforme Jesus, o Cristo. Amarei meus inimigos e orarei por aqueles que me perseguem, não com um enternuramento do sofrimento, mas como decisão de não deixar que a dor de ver os dois alfas assim me piorem e me tirem do rumo de ser um homem de amor.

Enquanto refletia me sentei no banco da praça onde há algumas semanas estive, olhei as crianças correndo com alegria e com sorrisos imensos, meu peito era confrontado na certeza de que ainda existia bondade neste mundo, percebo uma pessoa sentando ao meu lado no banco. Ao olhar para a mesma, vejo ser uma pessoa de capuz, nada digo, apenas continuo na minha reflexão interna.

Louis? Escutei aquela voz me chamar baixo, olhei para a pessoa ao meu lado e tentei ver quem era, mas nada pude constatar.

Oi, sou eu mesmo. Falei para a pessoa ao meu lado.

Sou eu Oscar, eu lhe procurei por todos os cantos... Ele disse se virando para mim, olhei em seus olhos e pude ver tamanha dor que deles saia.

O que houve com você? Está todo machucado... Falei passando as mãos em seus braços cheios de hematomas.

Por favor me ajuda, eu imploro! Ele falou com suas lágrimas descendo pelo rosto lindo.

Diga-me! Eu posso. Falei puxando o seu capuz. Revelou-se um rapaz todo marcado e com uma sutura na cabeça.

Meu Deus! Falei colocando as mãos no meu rosto.

Eu disse que iria embora, mas não era verdade, eu conheci um alfa aqui quando viajei para cá, ele é chefe de uma das ganges... eu me apaixonei por ele, quando vi já era tarde. Ele disse chorando.

Há quanto tempo? Eu tentei entender.

Fazem dois anos... o menino falou ficando mais fraco, peguei ele o amparando em meus braços.

Irei lhe ajudar! Vamos... vejamos. Espere um minuto. Eu disse pegando meu celular e discando o número de alguém que iria fazer este serviço para mim, liguei para Sany e pedi que ela vinhesse ter comigo agora mesmo.

A ajuda está a caminho meu bem, vais ficar livre desse imundo hoje mesmo! Eu falei o amparando.

Ele é perigoso Louis, ele é rico e vais matar a todos nós, eu só não quero morrer, nem levar ninguém comigo. Ele disse chorando enquanto nos levantamos.

Não temas, Oscar! Eu lhe dou essa garantia. Falei vendo um carro preto e luxuoso parar em nossa frente, a mais ou menos uns trinta metros, não era Sany. De lá saíram quatro homens armados e um deles era um alfo do porte dos meus, porém não forte. Oscar apertou meu braço e quase o senti arrancar.

Olha, olha, olha, se não é a minha putinha do interior e uma puta desconhecida, entrem os dois no carro! Falou com autoridade de um alfa fazendo Oscar temer, mas eu não. Havia alguém maior em sua frente e esse alguém era eu, não em corpo ou força, mas em poder.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora