🔸️CAPÍTULO 39🔸️

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🔸️Louis

Acordei com Max se virando para o outro lado da cama, dizer que dormi bem a última noite era uma mentira deslavada, fiquei acordando por todos os momentos, tiv sonhos terríveis com meu antigo tio... olhei no relógio que marcavam perto das sete horas da manhã de um domingo.

Me levanto da cama e saio do quarto, mas antes dou um beijo na testa do alfa de olhos azuis e depois eu saio indo para o meu próprio quarto. Assim que chego no mesmo vejo que o grande homem loiro ainda está esparramado na minha cama, nem olho direito para ele, apenas vou para o banheiro e tomo um banho bem gostoso.

Ao sair vejo que o alfa está sentado na cama limpando os olhos com as planas das mãos, ele olha para mim e eu apenas dou atenção a vestir uma roupa para o meu dia a dia, o silêncio se instala de imediato e me seguro para não iniciar a conversa tão esperada.

Podemos conversar? Ele perguntou com a voz rouca, seus olhos estavam dourados revelando que a sua consciência estava no domínio do seu corpo.

Sim... falei me sentando na cama e evitando olhar para ele, apenas olhava para a floresta verdejante e o sol nascendo com força sobre o mundo.

Eu quero te pedir perdão pelo que fiz, eu não poderia ter perdido o controle do lobo, lhe machuquei... por favor me perdoa. Ele disse com uma cara de choro imensa.

Max me contou... eu te perdoo sim, não me deve nada. Afirmei sem olhar em seus olhos, permaneci frio e modesto, eu o amava tanto, mas a sua atitude havia tirado minha alegria de ter com ele.

Então por favor olhe para mim, meu ômega, eu não posso viver sem você! Sua indiferença me mata. Ele falou se ajoelhando e pegando nas minhas mãos, tentei me levantar, mais ele me impediu.

Pare com isso, se levante! Eu lhe disse com raiva.

Não! Não! Eu assumo quem sou, que eu preciso de você... no início eu pensei que seria o contrário, mas agora eu sinto, eu não posso viver sem você. Ele disse com seus olhos mais dourados e depositando sua cabeça sobre meu colo.

Christopher! Pare já com essas reflexões melancólicas! Falei com autoridade.

Não é isso, qual o problema de dizer que o ômega quem manda na relação? É um pecado ou um crime, que se foda a sociedade! Ele disse bravo.

Eu não quero mandar em nada! Eu só quero que pare com essa insegurança, eu te amo e jamais lhe trairia... não entende? Eu já sofri muito na vida, eu quero descansar Cris, eu quero ter paz, por favor, agora somos uma família e precisamos ter calma com as coisas, confiar um no outro, ser amigo um do outro, nos apoiar, sermos os pontos de apoio um do outro. Falei enquanto ele me olhava com admiração, mas eu sabia que ele queria vomitar alguma coisa.

Eu sei amor, eu sei... Falou ele chorando que nem uma criança. Me assustei pela sua reação inesperada, me levantei e fechei a porta do quarto ficando só nós dois dentro, voltei e me sentei junto a ele no chão, o alfa grande e temido da casa dos Andreozzi estava chorando com o rosto vermelho de amargura, peguei suas mãos e as tirei do rosto olhando para ele com ternura.

Cris! Me diz, o que tem escondido neste coração meu amor, faz tempo que algo me diz que quer contar uma coisa a mim. Disse calmo e tentando o consolar, parecia mais uma crise de pânico.

Lou... eu tenho vergonha. Ele falou me abraçando e escondendo seu rosto em meu pescoço.

Somos uma só alma, não irei lhe julgar amor, confia em mim. Falei chorando junto com ele, por que na ligação de almas a dor de um é a dor do outro.

Promete? Me perguntou aflito.

Sim, sempre! Falei o encarando, ele baixou a cabeça e encarou o chão segurando minhas mãos.

Eu sou alguém mau Louis, eu sou um alfa podre e sem jeito... desde os meus 17 anos eu sou viciado em drogas e bebida, desde os meus 17 anos. Falou e eu vi suas lágrimas caírem no chão e meu coração se partiu com tal revelação.

Oh meu amor, eu sinto muito. Falei o abraçando e sem nada mais animador vindo na minha cabeça.

Ontem eu cai... eu estava drogado quando lhe bati, Louis... eu lhe bati. Ele me encarou e vi a dor em seus olhos, perplexo pela notícia. Alguns minutos se passaram de muito silêncio, um olhando para o outro sem saberemos o que dizer um ao outro.

Eu te entendo se quiser me deixar... eu posso alugar uma apartamento na cidade e pode viver apartado de mim, não quero que me veja assim. Não lhe faltará nada. Ele disse divagando na sua mente. Sua proposta era um soco em mim, viver longe dele era como morrer para mim, por que no fundo eu sabia que dependia dele para viver.

Não, nunca! Jamais lhe abandonarei, iremos vencer isso juntos! Eu disse apertando sua mão e encarando ele com o rosto duro.

Eu tentei por anos e não consigo... Ele falou dando um murro no chão.

Nada é como da primeira vez, estou aqui para lhe ajudar, mas por favor, se me ama mesmo me deixa te ajudar meu amor! Falei implorando.

Eu sou ruim de mais para piorar você, meu doce Louis. Falou beijando meu pescoço.

Estamos juntos nisso, vamos vencer! Agora me diga, Cris. Eu falei lhe encarando.

O que? Me perguntou.

Você quer mesmo largar essa vida? Falei olhando nos seus olhos, jamais poderia mentir para mim.

É o que eu mais quero, mas como? Ele disse cabisbaixo.

Então a partir de amanhã as coisas devem mudar na sua vida, drasticamente. Mas não desista meu amor, vamos vencer isso, eu lhe ajudarei! Disse colocando as mãos no sei rosto e me levantando no chão.

Sim, por nós... por que por mim eu não sei mais. Cris falou se levantando que nem um morto vivo, deveria ser efeitos das substâncias em seu organismo.

Louis? Está ai? Escutei Max falando batendo na porta, olhei para o dourado, seria um recomeço difícil.

Continua. . .

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora