🔸️CAPÍTULO 20🔸️

2.9K 345 28
                                    

🔸️Louis Neeven

Louis está tudo pronto, vamos entrar em cinco minutos, o bispo está terminando de anunciar a entrada dos meninos. Disse a freira a mim, estávamos do outro lado da cortina que em breve seria aberta e iria revelar todos os 500 meninos cantando mais de 5 músicas de Natal.

Ok, iremos dar o nosso melhor! Obrigado irmã! Eu disse e ela me desejou boa sorte. Então em alguns instantes as cortinas se abriram e estávamos diante de mais de 5.000 mil pessoas, era muita gente a nossa espera, os instrumentos tocaram e os microfones fizeram o seu trabalho, começou o maestro a nos guiar e o lindo coro estava triunfando na igreja mais antiga da Grãn Bretanha. Foram momentos de muita alegria e graça para mim, eu amava o que fazia.

Depois de algum tempo eu consegui identificar Raela e Susanne na plateia, elas sorriam e cantavam junto ao público, ao lado da minha amiga estava Andros... que estranho, será que eles dois estão juntos? Pensei comigo mesmo, aos poucos vou sentindo o cheiro de maresia e madeira tomando conta do ambiente enorme, ao olhar para um ponto específico eu quase caio quando identifico quem está aqui... eles dois...

Christopher Andreozzi e Max Lamark, os dois Alfas olhavam diretamente para mim com rostos amenos, olhei para eles e eles me encaram de longe, senti uma pontada de satisfação e surpresa, de volta eu recebi sentimentos de desejo e muita vontade. Continuei a cantar o quão bom eu ensaiei e logo o espetáculo terminou e depois de me trocar eu vou até o meu acento.

Viu os dois, eles vinheram te ver Louis... que fofo, recebi um telefone do Senhor Andreozzi nos convidando para o Natal em sua casa, eu não tive como negar. Disse Raela e eu fiquei surpreso, as coisas estavam saindo bem rápido.

Eu os vi, eles estão bem lindos com aquelas roupas e parecem mais calmos, mas será que é uma boa ideia eu ir ao Natal deles? Eu não seu se me sinto a vontade... Eu disse fazendo uma careta pela minha insegurança.

Amore, temos que ir, seria uma falta de educação e respeito pela família deles, os Lamark estarão lá também... Ela falou bem baixinho.

Tudo bem, mas não vá conversar com o pessoal e me deixar a mercê deles dois ouviu? Eu disse a ela e ela riu, na verdade eu estava perdidamente com medo do que eles me diriam depois das verdades que eu disse a ambos. A missa se passou rapidinho e logo estávamos cumprimentando os demais.

Amiga, eu viu ao banheiro, estou bem apertado. Eu disse a Sany e ela fez que sim, e eu assim fui me espremendo até os banheiros do local. Chegando lá eu faço xixi e quando saio vejo que o ambiente está vazio, enquanto enxugo as mãos eu escuto aquele assobio e o enrolar de sinto dentro de uma das cabines... uma crise de pânico me toma e eu vou me afastando da porta até encostar na parede.

A porta da cabine é aberta e nada sai de lá, eu aproveito para abrir a porta geral dos banheiros e vou andando para trás e olhando para a porta para ter certeza que nada nem ninguém vai me pegar de surpresa. Até que eu trombo com uma muralha de músculos e acabo tendo medo e virando para ver quem era, mas no processo eu caio.

Louis! Está bem? Era o Andreozzi me erguendo com seus braços, seu semblante era de ataque.

Alguém lhe assustou? Max disse indo de encontro ao banheiro.

Não tem ninguém aqui, Louis? Max disse retornando do banheiro e levando as mãos até meu rosto e erguendo com cuidado.

Nada... eu só pensei estar preso lá só isso, por isso tive pânico, foi só isso. Eu disse respirando mais fundo para controlar minha crise.

Vamos sair daqui! Max disse e passamos a fazer o que ele disse, o Andreozzi agarrou a minha mão e Max ia atrás de mim, o dourado estava quase correndo e ia esbarrando em quem quer que fosse, abrindo caminho na multidão. Finalmente chegamos ao estacionamento onde um BMW preta estava estacionada.

Quer uma água? Max disse assim que entramos no carro, eu estava na parte de trás do carro e os dois na frente, os dois não paravam de olhar para mim pelo retrovisor.

Quero sim... por favor. Eu disse meio ofegante. Estava contornando a crise ainda e estava ofegante. Max me deu a água e saiu pela cidade, o percurso teve fim depois de 18 minutos até que chegamos a um propriedade imensa em meio a uma floresta. Era a famosa mansão dos Lobos dourados dos Andreozzi em Londres. Era imenso. Porém não entrarmos necessariamente nela e sim em uma parte reservada, um jardim onde havia escadas que davam até um local afastado da casa. Me sentei na cadeira de madeira e respirei o ar puro.

O que foi Louis? Quem lhe assustou tanto? Me diga, por favor. Cris disse se sentando perto de mim e me abraçou com força me envolvendo em seus hormônios de alfa protetivo. Max não gostou nada disso e sentou-se próximo a mim dando uma fungando no ar e fazendo cara de ciúmes, eu peguei sua mão e ele me olhou com alegria.

Eu tive medo, achei que fosse aquele demônio! Eu disse fechando a cara.

Não há a mínima possibilidade! Max disse autoritário.

Como? Eu senti... eu posso estar ficando louco ou algo do tipo! Eu disse tratando não chorar.

Para! Nada disso! Ele está bem distante Louis, para de se preocupar. Max disse com raiva e ao mesmo tempo com carinho.

Ok, eu só estava nervoso... vamos deixar isso pra lá, estou morrendo de fome! Eu falei me levantando já recuperado do mine infarto que tive. Max riu e então formos para a Casa Andreozzi onde muitas surpresas nos esperavam. Depois de andar por alguns instantes finalmente chegamos a área de lazer onde muitas pessoas estavam, na verdade somente a família. Estava conversando com a Sra. Molle enquanto Max e Cris estavam resolvendo sei lá o que. Quando ouço aquela voz melodiosa.

Mãe, que acha da gente fazer um bolo floresta Negra trufado com cerejas para depois do jantar! Acho que poderia ser bom com um cafezinho ao invés de... ah, deve ser o noivo do Cris! Prazer! Escutei a menina simpática falando comigo enquanto eu ainda estava de costas a ela, meu coração havia parado de bater... não estava acreditando.

Louis? Sra. Molle falou me vendo divagar nas memórias. Então eu me virei aos poucos e pude encarar a loira de olhos verdes e sorriso simpático... quando me viu ela soltou a travessa de vidro das mãos e pelo susto.

Louis? Ela disse atônita. Escutei a fala de Cris ao longe perguntando o que havia acontecido.

Kauana... eu disse processando a informação.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora