PAIXÃO POSSESSIVA I [CONCLUÍDO]

🔸️CAPÍTULO 05🔸️

🔸️Louis

Estava deitado na minha cama pensando nos último acontecimentos, já faziam alguns dias que meus novos amigos estavam me chamando para sair, comer algo, ir a uma festa, dormir na casa de algum deles, essas coisas. Isso me fez esquivar de todas as formas possíveis, pois era difícil meu tio permitir que eu chegasse em casa mais tarde que não fosse por motivos de trabalho, até por que se fosse para dar dinheiro a ele tudo estava certo, mas algo para o meu bem jamais poderia ser tolerado.

Estava nesse momento deitado na minha cama após uma manhã cheia de provas, uma tarde cheia de pratos para lavar e uma noite permeada de abusos de clientes, um velho me chamou de lesado por ter trago copos de whisky e não taças de vinho, a minha vontade de responder coisas mal criadas, mas eu precisava daquele emprego. Realmente precisava.

Navego nos meus pensamentos para agradecer a deus o quão belos os meus dias estavam sendo, apesar de tudo. De uma hora para a outra eu reencontrei uma grande amiga de infância e junto dela três outros grandes amigos que não ligavam para riquezas apesar de serem abastados, eram pessoas de valores, pessoas humildes de atitudes e de um belo coração. Por isso eu olho para as estrelas e agradeço a deus e aos meus pais, que são meus anjos da guarda, por me darem tamanho presente. Mal sabiam meus amigos que nas últimas semanas eles me tornaram mais alegres do que fui em anos.

Continuo olhando para as estrelas dos céus, eu estava naquela fase entre dormir e acordar aproveitando o tempo que me resta para dormir. Dirrepente sinto chegam as minhas narinas o tão gostoso cheiro de maresia e o cheirinho amadeirado. Aquele cheiro fez o meu corpo relaxar completamente na cama a ponto de me sentir fundir a mesma, buscando encontrar de onde vinha esse cheiro eu me levanto vagarosamente. Vou a passos de tartaruga até as cortinas da janela do soton onde nas últimas semanas eu tomei como quarto.

Ao chegar na janela eu olho para o terreno lá fora, estava escuro e o que iluminava a frente da casa era apenas um poste velho, meu tio preguiçoso nunca se cuidou em colocar uma luz forte ou mais pontos de luzes para iluminar melhor o espaço. Por isso olho para fora e nada vejo além da luz que acendia e apagava, deveria estar com defeito. Quando estava prestes a retornar para minha cama eu avisto algo se movendo na floresta, era algo grande e forte, talvez um urso ou um alce, eu paraliso naquele momento, ali na frente da janela.

Aquilo poderia também ser um homem mal, era perigoso, pois nem meu primo nem meu tio estavam em casa, somente estava eu, minha tia e meus primos mais novos. Continuo ali paralisado vendo a sombra daquele monstro chegando mais perto e mais perto da minha casa.

Minha primeira atitude foi colocar vagarosamente as minhas mãos na janela e a fechar lentamente para que eles não subissem pela janela, meu coração estava saindo pela boca e tinha certeza que se fossem monstros eles estavam a escutar os meus batimentos acelerados.

Quando a janele estava na metade para ser finalmente fechada eu vejo dois pares de tochas vivas olhando para mim, eram eles, os monstros que me seguiram na floresta na semana retrasada. Ambos os olhos estavam vermelhos sangue e me ficaram como animais selvagens.

Socor. Não terminei de gritar pois algo tomou conta do meu corpo, era uma espécie de possessão, eu não controlava o meu próprio corpo, tento fechar a janela mas era como se meus músculos pesasse uma tonelada, eu gritei por dentro milhares de vezes, mas aí eu fui ficando sonolento e mais sonolento, até que quase perco a consciência de tudo.

Mesmo quase apagado eu luto para que eu esteja em consciência, nem que seja por tempo limitado. Sinto os dois pares de olhos se afastarem para dentro da floresta e me chamarem em uma comunicação telepática, e eu assim fui como se fosse a sua propriedade, ou o ser servo, submisso, sem controle de mim mesmo.