30. A arena

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No caminho para o Monte de Desmond, Irene se viu cercada por uma paisagem sombria. A floresta estava densa e silenciosa, como se estivesse contendo segredos antigos. O ar estava impregnado de uma sensação de magia, aumentando a tensão que já se acumulava dentro dela.

Cupido, que até então tinha permanecido em silêncio, finalmente se manifestou.

- Estamos indo na direção certa, Irene. Logo chegaremos ao Monte de Desmond. Lá, você encontrará Yeri. Mas lembre-se, você precisa encontrar onde estou e me libertar de lá.

Irene assentiu, absorvendo as palavras de Cupido. Ela estava preparada para o desconhecido, para enfrentar desafios que poderiam testar sua coragem e determinação.

A subida íngreme do Monte de Desmond provou ser mais desafiadora do que Irene antecipara. O terreno irregular e as raízes retorcidas das árvores faziam com que cada passo fosse uma batalha contra a natureza hostil. A escuridão densa e a atmosfera mágica do local tornavam ainda mais difícil encontrar o caminho certo.

Cupido continuava guiando Irene, mas a intensidade da jornada começou a pesar sobre ela. A respiração de Irene estava pesada, e suas pernas queimavam de exaustão. A trilha sinuosa os levou através de passagens estreitas e cavernas ocultas, testando a resistência física e mental da jovem.

Finalmente, após uma ascensão íngreme, eles chegaram a uma clareira no topo do Monte de Desmond. O cenário era de guerra realmente. Gigantes caídos estavam espalhados pelo chão, testemunhas silenciosas de uma batalha épica que havia acontecido ali. A destruição era evidente, mas muitos gigantes permaneciam de pé, suas formas imponentes contra o horizonte noturno.

O que teria causado tudo aquilo?

No centro da clareira, Joy estava ajoelhada no chão, seus olhos mostrando a dor e o desespero. Irene apressou-se em sua direção, notando que a amiga estava segurando um artefato mágico que irradiava uma luz fraca.

- Irene... - Joy murmurou, sua voz embargada pela emoção. Ela apontou na direção de uma formação rochosa à frente.

Sem dizer uma palavra, Irene seguiu o gesto de Joy e viu Yeri flutuando no ar, envolta por uma aura vermelha pulsante. O poder ao redor dela era descontrolado, manifestando-se em faíscas e rajadas de energia. A expressão de Yeri era de angústia, como se estivesse presa em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

O coração de Irene apertou ao ver a irmã naquela condição. Ela sabia que precisava agir rápido antes que o poder descontrolado de Yeri causasse mais estragos.

Joy levantou-se com determinação, segurando o artefato mágico firmemente.

- Este artefato é a chave para controlar o poder de Yeri. - Joy disse. - Recebi da minha mãe, tentei muito mas não deu certo.

Irene pegou o artefato das mãos de Joy, sentindo uma vibração mágica percorrer seu corpo.

Com passos cautelosos, ela se aproximou de Yeri, cujos olhos estavam vazios, perdidos em um mundo de dor e confusão.

Ao tocar o artefato na aura vermelha de Yeri, uma corrente de choque percorreu Irene. Ela sentiu uma presença sombria e maligna, diferente de tudo que já havia enfrentado. O artefato não estava controlando o poder de Yeri; estava revelando a verdadeira origem desse poder descontrolado.

Joy, percebendo a mudança na expressão de Irene, falou com urgência.

- Irene, isso é uma armadilha...

O cenário de destruição ao redor ganhou um novo significado. Irene estava no coração de uma armadilha cuidadosamente elaborada.

Cupido se projetou mais uma vez, agora ao lado de Irene e disse num tom soturno:

- Os gigantes não estavam atrás de Yeri; estavam atrás de você. Ela era apenas uma isca para te atrair até aqui.

Between GodsOnde histórias criam vida. Descubra agora