11. A equipe sofre uma perda

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Irene foi até Jackson que era quem liderava os ataques. Ele tinha seu corpo coberto de fuligem, quase não era possível ver a cor real das suas roupas. Quando o encarou, Irene viu em seus olhos um brilho muito forte e distinto.

Aquele deveria ser um dos melhores momentos da vida dele, pois ele finalmente estava liberado para usar todo o seu poder de fogo.

- Jackson, como estamos?

Ele estava recarregando uma de suas armas enormes.

- Podemos aguentar por mais uns cinco minutos para ser sincero. - Ele respondeu enquanto limpava o suor da testa. - Alguma notícia da diretora?

- Ainda não. - Irene respirou fundo.- Por favor, aguente o máximo que der.

Um grito ecoou um pouco ao longe. Procurou de onde vinha e quando finalmente achou, desejou não ter visto.

Um dos gigantes estava com Wendy nas mãos, a carregava por uma perna. Irene começou a correr até ela. Viu o gigante do outro lado da cratera. A filha de Ares começou a descer a cratera devagar, era muito funda e não poderia arriscar cair dali, usava suas duas adagas para descer melhor. Felizmente escalada era uma de suas especialidades. Chegou perto o suficiente para ouvir o gigante e não ser vista por ele.

- É você quem queremos? - Ele olhava para Wendy. - Eu não sei...

- Sou eu, me leve logo. - Wendy falava ofegante.

O gigante parecia ser um dos menores ali, logo atrás dele vinha um dois metros maior que ele.

- Ô Diggle, é essa a garota que temos que levar? - Ele levantou mais Wendy e a balançou para o gigante Diggle ver.

- Não seu obtuso, ela é menor e seu cabelo é preto. - Diggle respondeu impaciente.

- Para mim todos são pequenos do mesmo tamanho. - O gigante que carregava Wendy respondeu, coçando a cabeça com a outra mão. - O que faço com essa?

- Se livre dela, e venha até mim depois, precisamos passar por esse buraco que eles fizeram. - Diggle respondeu andando devagar, seu tamanho fazia com que ele fosse muito lento.

A cratera que haviam criado era muito funda e seria impossível para eles subirem rapidamente.

- Sou eu! Eu sou Yeri! - Wendy repetia sem parar. - Me leve.

- Mentirosa! - O gigante vociferou. - Me fez passar vergonha na frente dele.

O gigante sem pensar muito jogou Wendy para longe como se fosse uma boneca.

Irene levou as mãos à boca. A garota foi arremessada uns 10 metros dali. "Por favor, não esteja morta. Por favor, não esteja morta." Irene pedia enquanto recomeçava a escalar o outro lado da cratera, assim que conseguiu subir, correu atrás de Wendy.

"Por favor, não esteja morta. Será minha culpa se estiver." Ela pensava a cada segundo que passava. Correu como nunca na vida, não via nada ao seu redor, tudo estava como um blur, só queria chegar o mais rápido possível até Wendy,

Encontrou Wendy caída, havia bastante sangue perto de sua cabeça. Irene abaixou-se para verificar se ela estava respirando. Graças aos deuses, estava. Não quis mexer nela porque poderia ser pior. Chamou pelo seu nome, numa tentativa de acordá-la. Precisava de ajuda, não teria como levá-la dali naquele estado para a enfermaria do acampamento. Respirou fundo. Não poderia deixar o desespero tomar conta.

- Você vai ficar bem, Wendy. - Falava mais pra si do que para ela.

Antes que o desespero tomasse conta de Irene. Ela avistou um grupo do outro lado da cratera. Eles rapidamente criaram uma ponte que interligava as duas pontas da cratera. Irene os chamou balançando os braços e pulando, não queria gritar ou fazer muito barulho para não chamar muita atenção se os gigantes tivessem por ali ainda.

O grupo correu até ela. Seulgi, Joy, Mark e Jackson estavam lá, junto com mais filhos de Apolo que carregavam equipamentos médicos.

- Ainda bem que vocês vieram... a Wendy... - Irene apontou para a garota mais à frente.

Seulgi foi a primeira a chegar até ela.

- O que aconteceu? - Ela perguntou.

- Meu Deus. - Joy ficou de joelhos ao lado dela com as mãos cobrindo a boca.

- O gigante a arremessou. Eu não a toquei, fiquei com medo de piorar a situação.

- Você fez bem. Tom, Alex venham aqui. Pessoal, por favor, mantenham certa distância. - Seulgi falou enquanto começava a examinar Wendy.

Joy, Irene, Jackson e Mark se afastaram para deixar eles trabalharem.

- Nós vamos vigiar o perímetro. - Irene falou tentando controlar a voz, sentia todo seu corpo tremer. - Essa ponte... você quem fez Jackson?

- Sim, é apenas um protótipo, mas serviu... Eu espero que ela aguente para nós voltarmos. - Ele falou.

- Ainda bem que vocês vieram... Eu não sabia o que fazer. - Irene falou segurando as mãos numa tentativa de fazê-las pararem de tremer.

- Assim que vimos você correr para cá, chamei Jackson para ajudar e Seulgi chamou os irmãos caso vocês se ferissem. - Joy respondeu, suas mãos também tremiam.

- Muito obrigada. A todos vocês. - Irene falou.

- Você foi muito rápida escalando isso. - Falou Mark impressionado.

- Acho que não fui rápida o bastante, deveria ter atacado o gigante antes que ele fizesse isso com Wendy.

- Você fez o que podia, agora poderia ser vocês duas nessa situação. - Joy falou. - E nós precisamos de nossa capitã.

Irene assentiu.

- E Yeri? - Perguntou Joy preocupada.

- Pelo visto não estão com ela. Wendy estava fingindo ser Yeri para que ela fosse levada no lugar dela. - Irene respondeu. - Creio que ela está escondida, isso me deixa um pouco mais tranquila.

- Ela é esperta, tenho certeza que está bem. - Joy disse numa tentativa tranquiliza-la.

- Jackson, eles tão pensando em algum plano para escalar a cratera. - Irene os informou.

- Entendo... Deixei meus irmãos cuidado das explosões quando vim pra cá, à esse momento já devem estar sem munição. Provavelmente agora os gigantes irão atacar abertamente.

- Precisamos muito da diretora e uma ajuda de um deus, pelo menos um...- Mark começou.

- Irene. - Chamou Seulgi.

Irene foi até ela. Wendy já estava preparada para ser levada dali. Com todos os equipamentos e na maca.

- Está limpo para levarmos ela daqui? - Perguntou Seulgi.

- Sim, vamos. - Irene falou.

Tom e Alex carregavam Wendy na maca, enquanto o resto do grupo os escoltava.

Jackson e Mark foram os primeiros a pisar na ponte de ferro chegaram até o meio dela e sinalizaram que estava tudo bem e que podiam prosseguir.

Caminharam cuidadosamente até o fim da ponte. Quando a última pessoa passou por ela, Jackson clicou no botão e a ponte se transformou em um relógio de pulso, que ele o colocou em seu bolso.

- Irene... - A voz de Wendy a chamou bem fraca.

Ela correu até a maca.

- Wendy, por favor, não se esforce. - Irene respondeu.

- Yeri... Está - Sua voz falhou. - Com cupido.

E então ficou inconsciente mais uma vez.

Between GodsOnde histórias criam vida. Descubra agora