Capítulo 7 - Primeira(s) Vez(es)

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- Preciso recomendar juízo, mocinha?

- Claro que não. - Rindo, balancei a cabeça em negação e me aproximei de Hanako, depositando um beijo estalado em sua bochecha. Repeti o processo com tia Miya e Yuina, que olhava de um modo curioso para as minhas sacolas. - Prometo que vou me comportar.

- Ah.. Que chato ser criança. - Bufando, minha irmã mais nova amolecia o corpo no sofá, assemelhando-se a um caracol. - Queria ir pra essa festa. Não pode ir mesmo?

Balancei a cabeça em negação, afagando os cabelos encaracolados da garota. Yuina me respondia com uma careta, afundando o rosto em seguida em uma das almofadas.

- Tenho certeza que, quando estiver na minha idade, terá saudades de ser criança. - Pisquei para ela, desviando o olhar para o celular. Ao ver que o carro de aplicativo havia chegado, acenei, saindo depois de milhares de recomendações de Hanako, inclusive sobre a volta para casa. Não, eu não havia pedido permissão para dormir na casa de Kentin e sim, eu diria para ele que ela não havia deixado. Por mais decidida que estivesse sobre o fato de agir e fingir ser Ichikawa Sophie, ainda não conseguia fazer tudo o que era costumeiro para ela.

A noite estava agradável quando o carro parou em frente a residência Kurokawa. Agradecendo, saí do veículo e andei poucos passos pelo jardim bem cuidado, parando em frente a porta. Bati duas vezes e esperei por poucos segundos até que a porta fosse aberta, exibindo uma figura de cabelos loiros que prontamente me recebeu.

- Soph, querida! - Kyouko, a mãe das gêmeas, era absurdamente linda. Não era errado dizer que a mulher parecia uma terceira irmã das meninas, de tão jovial que ela aparentava ser. Me puxando para um abraço, soltei um grunhido contido, ao sentir o aperto dos seios da mulher na intensidade do seu abraço. Eles eram duros como pedra. - Sua mãe está bem?

- Está sim. - Sorri, soltando um suspiro aliviado quando o ar voltou aos meus pulmões. Estava prestes a completar a minha frase, mas parei repentinamente ao ouvir um barulho característico de algum objeto sendo acertado contra a parede. Erguendo uma sobrancelha, levei o olhar na direção do som, vindo do segundo andar. - O que está acontecendo?

- Ah, a Kaori.. - Kyouko levava uma das mãos até a cabeça, balançando-a em negação, como se aquilo fosse recorrente. Cruzando os braços, a mulher seguia o meu olhar. - Você sabe como ela é.. um tanto expressiva.

Balancei a cabeça em afirmação, podendo confirmar no pouco tempo em que a conhecia. Em seguida, subi as escadas, seguindo para o quarto de Kaori. Bati na porta, abrindo-a com um certo receio de que algo voasse no meu rosto.

- Licença, tô entrando.. - Pus um pé para dentro, após confirmar que eu não seria alvejada pelos objetos voadores. Kaori estava sentada sobre as próprias pernas, portando um babyliss em mãos. Keiko estava ao seu lado, limpando as lágrimas que caiam como cascata pelo rosto da loira. - O que aconteceu?

Minha Nova Vida Sendo a EstrangeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora