Capítulo 13 - Reflexos de um coração juvenil

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(05:55) Você: Bom dia! Pronto para voltar ao colégio?

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(05:55) Você: Bom dia! Pronto para voltar ao colégio?

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(06:03) Você: Agora você também faz parte do grupo de "mensagens de bom dia motivacionais com fotos de cangurus". A líder é a Keiko.

(06:20) Você: Eu sei que você tá recebendo as mensagens!! Se eu acordei atoa, vou descobrir o seu endereço e te assombrar.

(06:23) Você: É sério.

Bufando, joguei o celular em cima da cama, me recusando a acreditar que havia programado o despertador e começado a me arrumar tão cedo para ser feita de idiota. Prendendo o cabelo em um rabo de cavalo no topo da cabeça, passei a fita vermelha pela amarração e finalizei ajeitando a minha franja. Enquanto eu retirava o excesso de gloss dos meus lábios, Yuina se aproximava, conquistando espaço na penteadeira ao me empurrar para o lado.

- Você não tá suspensa?

- Uhum. - Disputando o espaço, nossos corpos se colidiram a cada vez que usávamos o espelho. - E eu estava aqui primeiro, mocinha.

- Mas eu sou a mais nova.. - Jogando baixo, minha irmã ficava idêntica à um gatinho pidão, intensificando os olhos marejados. Quem tinha ensinado isso para ela? - Então, pra onde você vai assim tão cedo? A Perez-san te chamou de novo?

Balancei a cabeça em negação, cedendo o lugar para ela após terminar de usar o delineador. Para minha felicidade, eu estava melhorando no estilo gatinho.

- Combinei de encontrar uma pessoa. - Sorri, dando a volta no quarto para pegar a minha bolsa. Em seguida, arqueei as sobrancelhas ao notar que Yuina estava usando o meu blush. - Quando você começou a usar maquiagem? Quem é você e o que fez com o meu bebê?

- Sô, para!! - Fugindo das minhas tentativas de fazer cócegas, Yuina parecia totalmente diferente daquela garotinha que me visitava no hospital. Tudo bem que não haviam passado tantos meses, mas acho que era essa a sensação de acompanhar de perto o crescimento de alguém querido. - Eu não sou um bebê. Vou fazer 11, esqueceu?

- Uh, desculpa aí, senhora adulta. - Murmurando um "", abracei a almofada que Yuina havia jogado em mim antes de a jogar de volta. Eu não poderia colocar em palavras o quanto aqueles dias na companhia de uma família que me acolhia em todos os sentidos da palavra estava me fazendo bem. No Castelo, o sonho de ter relações como aquela era abafado por uma melancólica conformação de que as coisas eram do jeito que deveriam ser.

No caminho para o colégio, continuei insistindo nas mensagens e ligações para Aono, todas sem resposta. Esfregando uma perna na outra, tique típico do meu nervosismo, comecei a pensar na possibilidade dele abandonar o colégio. Como eu teria notícias, tão distante? Como poderia ficar tranquila, ao lembrar daquele estranho sonho que me assombrava?

Minha Nova Vida Sendo a EstrangeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora