Doce Destino - CONCLUÍDO

Capítulo 9

🏗️ Archie Corbyn 🏗️

Quando pedi para Carlie enviar o e-mail para Brooke eu não estava confiante que ela me procuraria.

Ela precisava de um arquiteto e eu queria conversar com ela.

Não foi como eu esperei, Brooke parece estar mais fria e realmente quer manter as coisas estritamente profissionais.

Mas a questão é que por dentro eu só quero explodir, quando perguntei sobre ela ter se afastado eu notei a expressão assustada no rosto dela mas quando eu disse sobre ela ter engravidado de um desconhecido ela suavizou.

Não consegui entender, mas eu não vou desistir até que ela desfaça a casca grossa e me conte.

Recebi o email dela naquele mesmo, eu tinha o telefone que ela colocou na primeira ficha, mas eu não ligaria.

O corpo com curvas e mais robusto me chamou atenção, ela era magra antigamente mas agora seus seios e bunda estavam mais acentuados.

Observei as ideias que ela tinha me passado e dei uma risada baixa para mim mesmo.

Por um momento pensei que ela seguiria sendo enfermeira para realizar o sonho do falecido pai.

Uma parte de mim fica feliz por ela ter se encontrado, eu sempre soube que Brooke se daria bem em qualquer coisa que ela se dedicasse e a cozinha era a verdadeira paixão dela.

(...)

Dois dias depois pedi para que ela me mostrasse o local onde queria construir.

Não era muito longe da minha casa, ela disse que atrasaria alguns minutos pois seria horário do almoço dela.

Não coloquei nenhum terno desta vez, uma calça jeans e uma camisa social básica já bastavam.

Caprichei no perfume e arrumei meu cabelo.

Estacionei o carro na rua que era composta por outros estabelecimentos.

O terreno não tinha nenhuma construção, era cheio de mato e uma placa de "VENDIDO" na frente do portão grande.

Não demorou muito para que ela estacionasse o carro na frente do meu e descesse.

Os cabelos loiros estavam soltos com cachos nas pontas, ela usava uma daquelas saias lápis na cor preta e uma camisa social branca que apertava seus seios.

Brooke era linda e eu sempre fiz questão de falar isso pra ela quando éramos amigos.

– Boa tarde, Sr. Corbyn. - ela disse balançando a cabeça.

– Vai mesmo ficar me chamando assim?

Eu não gostava de como ela me chamava, parecia que éramos completos estranhos.

Talvez nós éramos mesmo.

– Assim como? Esse é o seu nome, certo?

Senti o ar de provocação e fiquei sem paciência revirando os olhos.

– Ok, vou fazer algumas fotos e podemos ir.

Bati algumas fotos e olhei o local atentamente.

Não demorou mais de quinze minutos e eu já avisei que podíamos ir embora.

Ela trancou o portão grande e se virou para mim.

– Em alguns dias te mando o projeto e aguardo a sua aprovação.

– Obrigada. - ela deu um sorriso amarelo e entrou no carro.

Ouvi meu telefone tocar e vi que era Carlie.

– Pronto.

– Sr. Corbyn, desculpe atrapalhar mas recebemos um email mais cedo sobre uma parceria que o senhor queria muito.

– De qual empresa Carlie? - perguntei curioso.

– Da Monthez Hotel.

Monthez Hotel é uma rede de hotelaria famosa em todo o país e está expandindo internacionalmente.

Minha atenção se desviou quando vi a loira tentando dar partida no carro e ele não ligava.

Foi quando ela esmurrou o volante e falou algo que eu não pude ouvir.

– Em trinta minutos estou aí, preciso desligar.

Desliguei o telefone e fui em direção ao carro prata cheio de arranhões.

Bati no vidro para que ela notasse minha presença e foi quando ela saiu do veículo.

– Quer ajuda? - ofereci.

– Não, obrigada. Eu dou um jeito.

Vi quando ela discou um número no telefone e andou em círculos parecendo impaciente.

– Dois? Não tenho como esperar dois dias, preciso voltar pro meu trabalho em 15 minutos. - ela parecia irritada quando desligou o telefone e bufou.

– Eu posso te dar uma carona, vamos.

Ela balançou a cabeça em negativa.

– Não, eu chamo um Uber.

Ela parecia relutante e então ouvi ela xingar alto.

– O que foi? - encostei no carro dela observando a mulher irritada.

– A bateria acabou.

– Eu te levo Brooke, vamos.

– Não precisa, eu não vou com você.

Céus... ela ficou irritante ao longo dos anos.

– Você precisa voltar ao trabalho e eu também, é só uma carona Brooke.

Ela olhou no relógio e bufou de novo.

– Ok, só uma carona.

O cheiro doce preencheu o carro quando ela entrou.

Tenho certeza que ficaria grudado por dias.

Ter ela só meu lado era como se fosse os dois desconhecidos, de pensar que há alguns anos estávamos nessa mesma situação: eu dando carona para ela voltar pra casa porque estava sem carro.

Era uma merda o silêncio que estava ali dentro, de canto de olho vi como ela estava encolhida no banco.

– Eu posso te dar carona até que arrume seu carro. - falei entrando na avenida principal.

– Não precisa, obrigada.

Sua voz era mais baixa do que antes.

– Trabalhamos no centro de Della Citty e moramos um do lado do outro, não vai doer eu te dar uma carona.

– Não precisa disso.

– Onde sua filha fica quando você trabalha? - questionei.

– Na escola, por que quer saber?

– É aqui perto?

Ela bufou.

– Eu não quero sua gentileza, muito obrigada.

Foi o tempo certo de eu estacionar em frente e ela sair do carro sem olhar pra mim apenas deixando um "obrigada" quase inaudível.

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