Capitulo 26

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Archie Corbyn

Na noite passada fiquei admirando a mulher de cabelos dourados dormindo em meu colo.

Não precisou de muito para que ela adormecesse, afinal ela estava numa rotina corrida e cansativa.

Após a nossa conversa fiquei pensando como tudo mudaria se eu voltasse para procurá-la, se eu voltasse para entender o por que da sua distância.

Imaginar uma Brooke grávida, sozinha e lutando pela sua sobrevivência para que eu pudesse seguir meu sonho me destruiu completamente.

No lugar dela, será que eu faria o mesmo? Será que eu esconderia algo importante para deixá-la ser feliz realizando seu sonho?

Eu tenho uma filha.

Porra, uma filha.

- Bom dia, bailarina. Você tá sentindo alguma dor? - pergunto observando a garotinha deitada na cama da mãe.

- Tio Archie, eu to bem. Já posso até fazer ballet né? - ela da um sorrisinho.

Tio Archie...

Emy merece saber que eu não sou seu tio.

Eu quero assumir a paternidade dessa criança tão linda e porra... tem meus pais e meu irmão.

Eles vão surtar com essa ideia.

Por enquanto, estou digerindo a situação.

- Bom, eu acho que por enquanto não. Vamos tomar um cafezão bem reforçado? - digo pegando ela com cuidado no colo.

Seus olhos verdes fazem muito mais sentido agora, são herdados de mim.

Ela é a coisa mais linda desse mundo, um pedaço meu e da Brooke.

(...)

No dia seguinte recebi a ligação da companhia das câmeras de segurança, as gravações foram enviadas por email e quando analisei o carro e o condutor queria sair de casa para matar uma pessoa.

Roger Sinclair.

Foi ele quem atropelou, e digo mais, de propósito a minha filha.

- PORRA! - esbravejo jogando o copo de vidro longe atingindo a parede do quarto.

Faço minhas ligações com a seguinte ordem: Ache-o mesmo que seja no inferno.

Apesar de que eu mesmo levarei ele até o inferno.

(...)

- Onde está o filho da puta? - pergunto adentrando no galpão com os homens que contratei.

- Está lá no fundo, senhor. - um deles diz.

Caminho até o final e o vejo sentado na cadeira, com as mãos e pés amarrados.

- Olha o que temos aqui, um covarde que gosta de bater em mulher e atropelar crianças. - digo dando um sorriso sarcástico.

- Seu desgraçado. - ele urra para mim.

- Soltem ele. - digo e os homens fazem o que eu peço.

Agora com as mãos e pés livres ele me encara com talvez um pouco de temor pela sua vida.

- Vamos lá, me bate.

- Me deixe ir embora, não tenho tempo pra essa brincadeira. - ele diz com tom fraquejando.

- Me bate porra! Você não é homem suficiente pra bater na mulher que eu amo? Então me bate seu filho de uma puta!

Nesse momento ele corre até mim e quando vai me acertar eu desvio e ele cai de cara no chão.

- Vamos, você é um belo homem que gosta de mexer com pessoas indefesas. Por que não briga com alguém do seu tamanho?

Dou a volta em seu corpo enquanto ele se levanta e tenta me acertar um soco e novamente eu desvio.

- Seu metido a besta, quando eu sair daqui...

Um soco no meio do seu rosto é a forma que eu o atinjo.

- Se eu quisesse, você nem sairia daqui vivo mas eu acho que a morte é pouco pra você. - digo sarcástico - Você sabe o que eles fazem na prisão com quem mexe com criança?

Ele me encara passando a mão na boca ensanguentada.

- A polícia já deve estar a caminho, isso foi pela mulher que eu amo e pela minha filha, por você ter atropelado ela.

- Sua... - ele me encara como se não acreditasse nas minhas palavras.

- Sim, minha filha. - dou um sorriso vitorioso - Espero que você tenha uma vida divertida atrás das grades, seu pedaço de lixo!

Saio pisando fundo o deixando ali, sei que eu deveria ter batido mais nele, mas eu só pensava nas minhas meninas. Em como eu queria voltar pra elas.

Por que eu simplesmente as amava, algo que eu nunca senti antes. Algo que era para eu ter sentido antes.

Doce Destino  - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora