Capítulo 10

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🍰 Brooke Miller 🍰

Foi um desafio ter que aceitar a carona de Archie, eu não queria mesmo, mas eu não tinha opção.

Estava sem bateria e precisaria voltar para a empresa.

Minha cabeça estava doendo com as mensagens que tinha recebido nos últimos dias, bloqueei Roger mas ele conseguiu um outro número para me atazanar.

Eu estava me sentindo cansada disso tudo, eu já havia dado um fim mas pelo visto ele não entendeu.

Chamei o Uber pela quarta vez e foi quando aceitaram.

Faz dois dias que meu carro estava no concerto e o mecânico tinha me dado mais cinco dias no máximo para arrumar.

Eu não aguentava mais pedir Uber, além de que aqui não é uma cidade muito populosa e os Táxis e Ubers não são tão frequentes.

Já eram 18h15 quando Emy e eu chegamos em casa, eu via o olhar cansado da minha filha e sei que ela não estava aguentando também.

Tirei a mochila dela do carro e fechei a porta indo em direção a casa.

– Oi Emilly. - ouvi a voz atrás de nós.

– Oi. - a garotinha se virou e respondeu desanimada.

Que merda!

– O que houve pequena, está triste? - Archie se aproximou e abaixou na altura dela.

– A mamãe não tem mais calo pra me buscar na escola.

Às vezes Emy falava mais que a boca e era nesses momentos que eu queria que ela não falasse.

– Está sem carro ainda? - sei que a pergunta foi pra mim.

– Sim, mas isso não é da conta dele Emy. Agora vamos entrar porque a mamãe está cansada. - peguei Emy pelo braço mas ela começou a chorar.

Ah não, agora não Emy. Por favor.

Ela correu em direção ao Archie e abraçou ele.

Aquilo me deixou nervosa. Em poucos segundos ela parou de chorar e vi quando Archie me encarou com uma expressão estranha.

– Vamos fazer assim, o tio vai pegar você na escola e trazer pra casa até sua mãe arrumar o carro. O que você acha?

– Eu quelo, obligada tio. - a menina abraçou ele e voltou pra minha direção.

Abri a porta de casa para ela entrar e me virei pra ele.

– Que porra você acha que tá fazendo? - cheguei mais com ódio nos olhos.

– Eu só ofereci...

– Você não pode simplesmente prometer uma coisa pra minha filha sem falar comigo antes. Que merda... - cortei ele - Nunca mais faça isso. Está me entendendo? - ele apenas me encarou assustado pelo grito que dei e eu me virei entrando em casa.

Que merda ele achava que estava fazendo?

Ele não pode chegar e fazer isso.

(...)

Ele nos deu carona.

De manhã para irmos e de noite para voltarmos.

Quando vi que ele trocou de carro no dia seguinte a nossa conversa eu não acreditei.

O carro era maior e era bonito, tive que colocar a cadeirinha de Emy no banco de trás e eu não deixaria ela ir sozinha com ele, então tive que ir junto.

Doce Destino  - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora