Doce Destino - CONCLUÍDO

Capítulo 30

Brooke Miller

Durante o caminho Archie me olhava algumas vezes, eu fingia não ver mas foi impossível quando ele apoiou a mão na minha coxa como se quisesse me ter por perto.

- Você podia ser o namolado da minha mãe tio Archie.  - Emy solta isso e imediatamente eu tiro sua mão da minha perna.

- Podia não é mesmo? Você ia gostar de me ter como namorado da sua mãe, Emy? - ele entra no jogo e eu só quero esmagar seu pescoço.

- Sim, eu ia amar. - ela disse eufórica.

- E.. você não ia ficar com ciúmes da sua mãe? - ele me encara com um sorriso sacana no rosto.

- Não, minha mãe gosta de você também mas as vezes ela é um pouco chata. - ela diz e eu só consigo rir.

- Emilly Miller! - a repreendo mesmo rindo da sua honestidade.

- Então, você acha que sua mãe ia querer namorar comigo? - ele estende ainda mais a sua provocação.

- Eu acho que sim, aí eu podia chamar você de papai Archie né, por que eu não tenho um ainda.

Quando Emy termina de falar um silêncio se estende no carro e eu não sei o que dizer, logo Archie me encara e se recompõe.

- Você gostaria de me ter como seu papai, Emy? - sua voz é quase falha.

- Sim, eu vou amar aí você vai molar com a gente né.

- Acho que vocês estão estendendo demais essa conversa, estamos chegando? - eu digo desconsertada.

Não demora muito para que eles troquem de assunto mas ainda me sinto mal pela conversa anterior, uma pequena angústia me toma conta. 

- A partir daqui, quero que vocês duas fechem os olhos e apenas confiem em mim, ok? - Archie estaciona o carro no inicio da rua da confeitaria e então eu franzo o cenho estranhando tal atitude. 

- Tudo bem, consegue fazer isso Emy? - pergunto me virando para encarar seu rosto sorridente. 

- Sim, mamãe! 

Fechamos os olhos e então Archie dirige por poucos segundos até parar o carro de vez. 

Ouço o som dele saindo pela porta do motorista e abrindo a minha, quando sinto o vento gelado, meus pelos dos braço se arrepiam. 

Meu coração esta apenas acelerando cada vez mais quando ele segura minhas mãos e eu saio do carro confiando piamente nele. 

Logo em seguida ouço ele falar com Emy e ela sair do carro dando a mão para mim. 

- Ok, só mais um segundo. - ele diz e então minha ansiedade cresce ao ouvir as seguintes palavras. - Podem abrir os olhos. 

PUTA QUE PARIU!

Sinto que estou olhando para todo o projeto que tenho na minha cabeça, é como se ele tornasse realidade assim que eu abri os olhos. 

Caminho até a fachada rosa sem nome, detalhes minuciosos foram pintados nas paredes, as luzes rosas deixam o local aconchegante e porra...

Entro pela porta de vidro me dando conta de que ele mesmo havia preparado uma festa de aniversário para Emy, duas pizzas estão postas na mesa central, refrigerante e uma velinha de 5 anos esta bem no meio da pizza de chocolate. 

- Archie... - me viro encontrando seus olhos focados totalmente em mim enquanto Emy corre pelo local explorando cada pedaço. 

A única coisa que consigo fazer é correr ao seu encontro e abraçar seu corpo que estava a espera daquilo. 

Seus braços me envolvem com certo calor e intimidade, tudo parece se silenciar, apenas eu e ele aqui. 

- Fez tudo isso por mim? - sussurro encarando seus olhos lindos. 

- Faria tudo de novo, por vocês. - ele me encara e coloca uma mecha de cabelo atras da minha orelha.

- Obrigada. - minha voz sai novamente em um sussurro e então me dou conta de que não estamos sozinhos quando a voz infantil surge por tras de nós. 

Seus lábios tocam minha testa em um sinal de carinho e meu coração acelera ao sentir seu cheiro, querendo ficar somente ali pelo resto da vida. 

- Vem, mamãe. - Emy grita e então me viro caminhando até eles ainda observando cada detalhe da minha confeitaria.

- Vamos cantar parabéns? - Archie diz colocando um chapéu de aniversário rosa na cabeça de Emy e começando a cantar, me junto a eles sorrindo observando eles tão felizes.

Tudo aquilo começa a se tornar real na minha mente e então meus olhos marejam ao observar a cena que jamais pensei que veria: minha filha comemorando o aniversário com o seu pai. 

Engulo a vontade de chorar, dessa vez de felicidade.