Capítulo 31

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Archie Corbyn

Não consigo encara-la sem querer tomar seus lábios para mim, Brooke está no banco do carona e Emy acabou dormindo no banco de trás.

- Isso que você fez... Foi muito especial, obrigada Archie. - ela diz virando levemente a cabeça em minha direção.

- Eu faria isso mesmo se ela não fosse minha filha, Brooke. Independente de tudo o que aconteceu entre nós, eu gosto de você e ela me conquistou em tão pouco tempo que seria impossível não ama-la. - digo estacionando o carro em frente as nossas casas.

- Você contou aos seus pais? - pergunta checando se Emy está dormindo mesmo.

- Ainda não, quero que Emy saiba primeiro. Quando iremos contar? - pergunto encarando seu rosto cheio de dúvidas.

- Me dê alguns dias, vou me preparar para ter Emy me odiando pro resto da vida e aí podemos contar. - sua frase que era para ser humorada, soa como um sinal de tristeza.

- Ei. - seguro seu rosto entre as mãos a encarando. - Ela não vai te odiar Brooke, eu quero viver com ela, como pai. Eu amo aquela menininha, é algo que antes era inexplicável, mas agora...

- Me desculpa. - sua voz é carregada de ressentimento.

- Não peça desculpas Sweetheart. Você me deu o melhor presente de todos, apesar de demorar 5 anos para entregá-lo para mim. - acaricio suas bochechas e então sem pensar juntos meus lábios ao dela com um selinho simples, como se fosse algo natural e rotineiro.

(...)

Dois dias depois Brooke me procurou dizendo que era a hora, eu fiquei nervoso e ansioso como nunca.

- Temos que conversar antes, ok? - ela diz observando a garçonete servir o café.

- O casal deseja algo mais? - a voz da mulher ao nosso lado chama atenção.

- Ah, não somos um casal. - Brooke diz na mesma hora e observo o olhar da mulher bonita em mim.

A moça se retira nos deixando a sós e então observando Brooke me olhando com uma cara estranha.

- Sua cara está estranha, você tá com dor de barriga? - pergunto e então ela fica vermelha.

- Claro que não, estou normal. Enfim, - ela bebericar o café e disfarça - Emy com certeza vai achar que somos namorados e é aí que precisamos ser cuidadosos. Não somos namorados e não podemos dar falsas esperanças a ela, você... não pode me beijar na frente dela como se fossemos um casal. - ela desvia o olhar.

- Ok, não posso te beijar na frente dela mas... Posso te beijar se ninguém estiver olhando? - pergunto e percebo sua respiração acelerar.

- Foco no assunto, Archie. Vamos contar juntos, sem traumatizar minha filha.

- Nossa filha.

- Isso, nossa. - ela diz meio receosa e então continua olhando para a garçonete.

- Algum problema? - tento chamar sua atenção.

- Conhece aquela mulher? - ela questiona me encarando dessa vez.

- Não que eu me lembre, por que?

- Ela não para de te olhar.

- Está com ciúmes?

Provoco e ela bufa me encarando visivelmente irritada.

- Não, só não quero uma mulher atirada sendo madrasta da minha filha. Isso também é algo que precisamos conversar. Mas acho que por hoje é só, vou indo nessa. - ela se levanta mas logo eu seguro seu corpo fazendo a ficar colado em meu peito.

- Se quer que ela pare de olhar, então fique quieta e apenas aja como se fossemos um casal. - digo pegando em sua mão.

- Mas que...

- Pode ficar com o troco. - digo entregando algumas notas para a garçonete que apenas nos olha com um pouco de vergonha e volta ao seu trabalho.

Não percebemos que saímos dali de mãos dadas caminhando até o carro.

- Eu gostei de ver você com ciúmes. - virou seu corpo a deixando pressionada na porta do carro.

- Mas que merda, já disse que não estava com ciúmes. Estou protegendo a Emy das piriguetes que você pega por ai. - sua voz sai um pouco alta mas a respiração está entrecortada.

- Mesmo assim, gostei disso. Suas bochechas ficam bonitas quando tá com ciúmes. - chego próximo de seu lábio e apenas sussurro - Da próxima vez juro que te beijo na frente de todos, me segurei pra não fazer isso aliás. - me afasto abrindo a porta do motorista esperando que ela entre.

Porra... Essa mulher me deixa doido.

Doce Destino  - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora