Após nosso banho saímos para o quarto descansar, ainda não havíamos parado desde que chegamos e precisamos de um tempo para digerir tudo principalmente Simon.
Minha cabeça ainda estava a mil pelo que aconteceu no banheiro a boca de Simon em mim me fazendo delirar. Eu nunca havia sentido aquilo antes, claro que já havia me tocado sozinha, mas nada se compara ao que ele fez com a boca. A única coisa que queria agora era saber como seria ele colocando aquele pau dentro de mim, o tamanho não era normal eu tinha certeza que me rasgaria no meio.
—No que está pensando? —estávamos deitados na cama olhando um para o outro.
—Em quanto estou cansada e com sono, mas quero ter certeza de que vai dormir bem- Sorrio fraco, e percebo ele soltar um suspiro
—Eu to bem, pode dormir- a mão dele pousa sobre meu rosto fazendo eu fechar meus olhos sentindo seu toque.
Meu corpo relaxa com o toque minha respiração pesa e sinto meus olhos encherem de água, mas não permito sair, quem estava triste era ele, quem precisava de apoio era ele não eu, eu precisava me manter neutra, precisava me manter sã para ajudar ele quando ele precisar.
As memórias do treinamento com meu pai vêm à mente.
— Soldados não choram, você ta me ouvindo? Soldados fortes não mostram suas emoções— meu pai grita ao meu ouvido enquanto limpo as lagrimas.
—Soldados fortes mantém a mente limpa e tranquila durante uma guerra, não importa o que esteja a sua volta, não importa quem tenha morrido, mesmo que seja seu parceiro de equipe, você precisa se manter neutra e não demonstrar reação ou emoção, soldados emocionados são os primeiros a morrer você está me ouvindo? — Aceno com a cabeça ficando em posição de sentido olhando aquela cena horrível a minha frente.
Meu pai tinha acabado de matar um soldado que havia tentado me abusar, eu não estava chorando por ele, estava chorando pelo que ele havia tentado fazer comigo. Eu ainda sentia na pele os dedos nojentos dele.
Se meu pai tivesse demorado mais alguns minutos eu não sei o que teria acontecido.
Então após ele quase esquartejar o soldado na minha frente ele começou o discurso sobre soldados fortes não mostrarem emoções.
Durante a noite, Simon se remexia incessantemente e balbuciava palavras que não consigo recordar. Eu sabia que ele sofria de terrores noturnos, pois frequentemente acordava gritando ou murmurando coisas durante a noite. No entanto, isso não me assustava mais, pois já estava acostumada.
Assim que os primeiros raios de sol penetraram pelas frestas da cortina, levantei-me cuidadosamente para não perturbar o sono de Simon. Precisava descobrir o que aqueles sujeitos queriam, especialmente porque prometi vingar a família dele contra os malditos que ordenaram o ataque.
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The Ghost's Night
FanfictionSimon Riley e Alice Walker, amigos de infância, se reencontram como sargentos no exército britânico, lutando juntos nos campos de batalha do Afeganistão. Porém, após seis anos de casamento, o relacionamento é abalado quando Alice desaparece durante...