Kill Jones

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Alguns dias após a captura do traficante de armas, o capitão Jones convocou-nos para uma conversa. Ele informou-nos que alguns soldados estavam difundindo rumores sobre um suposto relacionamento entre mim e Ghost. Embora fosse verdade que éramos noivos, mantínhamos isso em sigilo devido à proibição de relacionamentos nas equipes. Certamente, Jones tentaria nos separar se descobrisse.

Esclarecemos para ele que todos esses boatos eram infundados, e que éramos apenas colegas de equipe.

Ele compreendeu e evitou retomar o assunto, mas notamos que ele tem se tornado cada vez mais exigente conosco. Ele nos designa tarefas separadas e até mesmo nos envia para pequenas operações distintas para garantir que não estejamos envolvidos em algum caso.

Hoje de manhã, direcionou Ghost para uma missão com a equipe Ômega, enquanto eu fiquei na base responsável pela manutenção das armas. Essa situação começou a me irritar, pois gradualmente ele está nos afastando, especialmente ao separar Ghost de mim. Não estou satisfeita com isso. Está tudo bem enviá-lo para outras operações sem minha presença, mas deixar-me apenas cuidando das armas é excessivo, uma vez que tenho mais competência do que todos aqueles soldados juntos.

—02 Venha comigo, temos uma reunião com um pequeno vilarejo aqui próximo e quero vejo como guarda— Reuniões com pessoas de pequenas cidades próximas não era incomum até porque nosso dever era deixá-los seguros, aqueles que estavam do nosso lado.

—Sim senhor já estou a caminho.

Dirigi-me à minha tenda, vestindo meu uniforme e substituindo minha máscara por uma de caveira, semelhante àquela que Ghost costuma usar. Desde nosso retorno de Manchester, começamos a adotar máscaras semelhantes, estabelecendo uma marca registrada para nossa dupla, representada pelas caveiras.

Após concluir minha preparação, dirigi-me até Jones, que aguardava no carro ao lado do Tenente Taylor. Eu nutria uma intensa aversão por aquele americano.

—Ainda não entendo o motivo de usarem máscaras iguais se nem estão mais trabalhando juntos—Taylor lança um olhar de reprovação para mim

—Gosto da estética de caveira e não tenho mais nenhuma máscara lisa—Me acomodo no assento traseiro do jipe percebendo não haver nenhuma arma.

—Então não use fácil assim, tem algo a esconder por baixo da máscara 02? —Aquele sorriso cínico dele me dava ânsia

—Vamos logo, Capitão não vejo armas tem tanta certeza de que vai ser pacífico?

—Sim 02 será algo rápido.

Após ele dar partida tudo ficou em silencio.

O céu estava claro hoje, com poucas nuvens, e a brisa era quente, como sempre no deserto. Meus óculos escuros não estavam sendo suficientes para bloquear o sol, e meus olhos ardiam um pouco devido à sensibilidade. Eu tinha uma preferência significativa pela noite em vez do dia, mas Jones, como capitão, era completamente o oposto, sempre nos atribuindo missões durante o dia e quase nenhuma durante a noite.

Cerca de trinta minutos depois paramos no meio da estrada e percebo estarmos no meio do deserto, Taylor desce do carro e abre minha porta me puxando para fora, meus óculos voam para longe e não consigo abrir os olhos por conta da claridade extrema, minha cabeça latejava e meus olhos pareciam que tinham areia e água sanitária de tanto que ardiam.

—Que merda tá rolando aqui? —Minha voz sai áspera

—Quando achou que seria a hora de falar que seu nome verdadeiro era Alice Rowenna Walker? —Meu corpo gelou instantaneamente, como eles haviam descoberto?

The Ghost's NightOnde histórias criam vida. Descubra agora