Simon Riley e Alice Walker, amigos de infância, se reencontram como sargentos no exército britânico, lutando juntos nos campos de batalha do Afeganistão. Porém, após seis anos de casamento, o relacionamento é abalado quando Alice desaparece durante...
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Vejo os olhos de Alice se arregalarem. Eu sabia — ou ao menos queria acreditar — que ela desejava o mesmo que eu. Mas havia algo em seu olhar que vacilava, um lampejo de hesitação que me desconcertou. Talvez ela imagine que ainda estou soterrado pelo luto, pelos escombros do que sobrou da minha família. Mas não estou.
Meu padrasto teve o que merecia — e, se quer saber, merecia muito mais. Minha mãe... ela já estava cansada demais do mundo. Sei, no fundo, que não resistiria por muito tempo. O que aconteceu apenas adiantou o que viria inevitavelmente.
Claro, ainda arde em mim o desejo de caçar aqueles homens, de fazê-los pagar um a um. Mas o tempo não volta. Minha mãe se foi, e o passado, por mais cruel que seja, está selado. O que me resta agora é vingá-la — e sei que Alice caminhará ao meu lado nessa trilha de sombras.
— Alice — murmuro, com a voz mais firme do que me sinto —, não quero mais pensar no que passou. O passado é uma ruína. Agora só me importa o futuro. O nosso futuro.
Vejo então sua expressão suavizar, os braços antes tensos agora se rendem. Ela caminha em minha direção em silêncio e, ao me abraçar, sinto meu corpo estremecer.
O casaco escorrega por seus ombros e cai no chão como uma rendição silenciosa. Nos lábios, aquele sorriso atrevido que me desarmou ontem à noite. Ela brinca com o maldito piercing que me tirou o fôlego e o juízo.
— Estava pensando em colocar outro — diz, com a voz carregada de malícia.
Meus olhos sobem lentamente dos lábios dela até encontrarem os seus — azuis, com um toque cinzento que me afoga.
— Onde? — pergunto, já sentindo a resposta incendiar meus pensamentos.
Ela guia minhas mãos até seus seios nus. O sutiã ficou em algum lugar entre a intenção e a entrega. Sinto os mamilos rijos sob meus dedos, e a pele dela responde ao meu toque como se me chamasse pelo nome.
— Aqui — sussurra.
Aperto com cuidado, e o som que escapa de sua boca é pura perdição. Meu corpo reage instantaneamente, como se cada célula despertasse para um único propósito: tê-la. Minhas mãos buscam a barra da camisa, puxando-a com urgência, com fome.
Eu queria Alice. Queria seu corpo contra o meu, seus gemidos marcando as paredes, seu nome entrelaçado ao meu em cada sílaba dita no escuro. Queria que os vizinhos soubessem. Que o mundo soubesse. Ela era minha. E eu, dela.
Minha boca saliva por ela — faminta, entregue. Sento-me à beira da cama e a puxo para o meu colo com uma urgência quase selvagem, colando minha boca ao seu mamilo rosado. A pele branca de Alice reage como porcelana tocada pelo fogo, tingindo-se de vermelho sob meus beijos e mordidas suaves. Sua respiração torna-se pesada, entrecortada por gemidos que parecem ter saído de um lugar profundo, visceral — um som que me excita como se cada nota fosse feita para mim.