Cinco malditos anos e nada do corpo dela, nem mesmo resquícios, nada que mostre que ela morreu ou que ela foi levada por traficantes de humanos, nada que me diga que minha mulher está viva e nada que me diga que esta morta.
Quando contei a Michel ele surtou, quebrou tudo que havia por perto dele e no mesmo instante foi até a base do general Smith e o matou, forjamos um suicídio e todos caíram não havia traços de agressão, somente um tiro na têmpora e agora compreendi de onde Alice puxou ser tão vingativa e ter o pensamento longe.
Michael se mostrou um cara incrível nesses dois últimos anos me ajudando em tudo para encontrar pelo menos os restos de Alice, mas o único lugar que não obtivemos nem chance de procurar foi na Rússia onde uma de nossas pistas levava.
Eles não nos permitiram entrar no país e isso me fez ter que pedir ajuda a quem eu não queria KORTAC, eles foram até o local em que um informante disse ter visto uma mulher exatamente como Alice, mas chegando lá era somente uma mansão abandonada no meio do nada.
Konig me ajudou a tentar encontrar mais informações, mas nada levava a ela e nem ao corpo dela.
O que aqueles malditos queriam com o corpo da minha mulher?
Quem eram esses caras que a pegaram?
Ninguém consegue me responder isso, ninguém sabe de nada e isso me irrita, me frusta não ter pelo menos aonde ir para falar com ela e desabafar o que estou sentindo.
As roupas dela ainda estão no meu armário. Nossa casa agora é tão solitária, eu passo os dias sentado no sofá relembrando os nossos dias juntos. Nossa primeira vez, quando queimamos a comida porque estávamos muito ocupados transando no sofá e esquecendo da comida ou quando Soap vinha para passar o final de semana de folga e ficávamos jogando jogos de tabuleiro.
Os dias sem ela não tem cor, eu não sei o que fazer.
Price começou a me incomodar a mais ou menos um ano dizendo que preciso superar e começar uma nova vida sem ela, mas eu não consigo eu sinto que minha luz ainda esta viva e que vai voltar para mim.
E é exatamente o que ele está falando em meus ouvidos agora.
—Simon, aquela mulher não tira os olhos de você por que não tenta? —Ele beberica o Whiskey
A mulher parece que percebe o que ele fala e vem ate nossa mesa com um copo de algum drink na mão enquanto me olha com um sorriso sedutor que não me atinge em nada, nenhuma mulher chega aos pés da minha Alice.
—Boa noite garotos será que posso me sentar aqui? —ela aponta com o copo para uma cadeira vazia e Price logo responde com um sim animado
Ela tenta encostar o braço no meu, mas puxo meu braço me levantando da mesa batendo minhas mãos com força.
—Eu sou casado Capitão entenda isso, ninguém vai tomar o lugar da minha mulher.
Ele arregala os olhos e a mulher se afasta tentando se levantar, mas eu nego com a cabeça dizendo que ela pode aproveitar a presença do capitão já que ele é solteiro.
Deixei algumas notas em cima da mesa para pagar o que havia consumido e sai pela porta do bar indo em direção ao meu carro. Eu estava irritado precisava relaxar, queria ela aqui para fazer isso.
Dirigi até minha casa e a chuva me surpreendeu assim que estacionei. Desembarquei apressadamente, adentrando pela porta rapidamente. O aroma do perfume dela ainda impregnava a casa; eu o borrifava diariamente para manter viva a sua presença, como se ela ainda estivesse ali.
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The Ghost's Night
FanfictionSimon Riley e Alice Walker, amigos de infância, se reencontram como sargentos no exército britânico, lutando juntos nos campos de batalha do Afeganistão. Porém, após seis anos de casamento, o relacionamento é abalado quando Alice desaparece durante...