Meia noite e meia.
Tzuyu, Nayeon e Jeongyeon quietinhas no carro. Uma caminhonete meio velha que Tzuyu nem sabia que Sana tinha. O único som a correr pelo ar era o pisca alerta do carro ligado. Paradas no sinal faltando alguns quarteirões para chegarem ao apartamento da Chou.
— Vocês não tem nem um...Pinguinho de sei lá. Remorso? — Tzuyu quebrou o silêncio enquanto o sinal vermelho não abria.
— Remorso do quê? — Jeongyeon questionou.
— A gente aqui fugindo enquanto o pau tá torando lá atrás e em vários lugares diferentes.
Nayeon se inclinou no banco de trás e ficou com a cabeça no meio das duas.
— Se você tá querendo que a gente volte, eu apoio. — A Im olhou primeiro para Tzuyu e em seguida para Jeongyeon. E gostou dela não dar nenhum sinal de oposição.
— E nós vamos lá e fazer o quê? A gente é que pode acabar numa pior. Eu também queria voltar, nem que fosse pra pegar as três e sair correndo. Mas o que a gente pode fazer? — Jeongyeon suspirou. — Nada.
Até uma luzinha piscar na frente de Nayeon.
— É isso! É exatamente isso! Pegar as três e sair correndo!
— E como nós vamos pegar elas e sair correndo, Nayeon?
— A Jeongyeon poderia catar uma viatura, sei lá...Armar uma distração. — Nayeon se encostou no banco de novo.
Os outros carros ultrapassavam a caminhonete ainda parada no sinal.
— Deve ter um jeito. Deve ter. Se eu e a Chaeng conseguimos apagar a Momo e Dahyun usando uma cachaça de morto, qualquer coisa pode dar certo.
— Vocês fizeram isso?! — Jeongyeon arregalou os olhos segurando a risada.
Tzuyu balançou a cabeça também segurando a risada.
— Não vai falar que eu falei, elas me fritam no óleo quente!
— Acho que eu sei de um jeito de ir lá, pegar as três e dar no pé. Mas olha, se eu for presa, é bom que vocês se virem nos trinta pra me tirarem da cadeia. — Nayeon e Tzuyu assentiram atentas no que Jeongyeon iria propor. — Vamos roubar um caminhão dos bombeiros. Essa vai ser a distração.
Nesse meio tempo, Son Chaeyoung até poderia estar pior. Será que se estivesse com uma arma apontada na cabeça, amarrada numa cadeira, ameaçada de morte, ela ficaria menos nervosa? Porque nada disso estava acontecendo.
Ainda.
Isla de sobrenome desconhecido (Chaeyoung até teve vontade de perguntar, por sinal) era bem como ela pensou que seria. E talvez o ar calmo e pleno dela, do tipo que não perderia a pose tão cedo, fosse o que deixava Chaeyoung mais angustiada.
Ela poderia de repente mandá-la pro quinto dos infernos se quisesse. Oras, poderia. E a companheira capanga dela, Irene, também. Até parecia uma viagem de carro comum. Como se Chaeyoung estivesse recebendo uma carona gentil da loirona no volante. Por motivos óbvios de não poder fugir de duas bruxas, Chaeyoung foi obrigada a ir junto. E muda como uma múmia.
— Eu esperava que você fosse menos...Quieta.
— O que dizem sobre os faróis? Enchem o ambiente de alegria, têm um carisma natural...Se eu não tivesse certeza, acharia que você é apenas uma qualquer. — Irene olhou de relance ela no banco de trás.
— Olha, eu não quero nem saber o que disseram de mim. Na verdade, não dou a mínima pras duas. — Isla balançou os ombros e então virou a cabeça e encarou Chaeyoung. — Eu não sou o bicho papão, queridinha.
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A Bruxa Tá Solta
FanfictionChaeyoung estava ferrada. Realmente ferrada. E por isso fez um pacto com duas bruxas, Mina e Sana. Daria sua vitalidade a elas, em troca receberia dinheiro de Mina, e a ajuda preciosa de Sana em sua vingança contra Tzuyu por ter a traído com outra...