— O que foi?
— Eu não sei, a Nayeon nem falou direito comigo! — Chaeyoung guardou o celular no bolso sem entender. — Só disse que era pra eu encontrar ela rápido no shopping.
— Então vamos lá.
— Na-na-ni-na-não dona Myoui. Você vai voltar pra casa e descansar. — Mina fez uma cara feia em resposta. Já se sentia um pouco melhor, não era pra tanto. — Eu vou e você faz o que eu pedi.
— Mas Chaeng, eu tô bem eu juro. Sabe o que deve ser? Esses altos e baixos da minha saúde, eu sempre tive isso. É por causa da vitalidade que me falta, acaba me afetando de várias maneiras.
— Não tem sentido nenhum. Ou você se esquece que não te falta mais vitalidade? — Chaeyoung pegou ela no pulo. Levantou as sobrancelhas e cruzou os braços, esperando por alguma palavra contrária vinda da japonesa. Mas Mina apenas bufou derrotada.
— Tá bem. Mas qualquer coisa você me chama, qualquer coisa mesmo. — Por um rápido segundo, Chaeyoung achou que Mina soubesse da sua cobrança recém ressurgida das cinzas. Porém esqueceu a ideia. Ela sempre era protetora, deveria ser isso. E se tinha algo que a Son amava, era se sentir protegida por Mina.
— Ok. Eu te chamo. — Chaeyoung sorriu feito uma extrema idiota ao sentir o beijo demorado da Myoui em sua bochecha.
Com certeza ela fazia de propósito. O que custava beijar de uma vez a sua boca? E ao questionar isso, Chaeyoung também questionava a si própria enquanto observava Mina entrar no táxi.
Nunca foi de esperar iniciativas dos outros. E usar o fator trauma de um relacionamento passado não colava mais. Tudo em relação a Tzuyu já tinha sido superado. Tzuyu parou de insistir e estava bem claro que seus interesses agora eram todos em Sana.
Não faltava vontade e muito menos sentimentos para Chaeyoung, sabendo bem que isso também não faltava para Mina. Mas sempre que chegava perto de acabar com o chove não molha, de repente pensava se era mesmo o certo a se fazer. Porque se Mina gostava dela tanto quanto dizia e até quanto não dizia, o que ela estava esperando?
Tudo tão claro. Se eu não tomo uma iniciativa, por que ela não toma?
Uma discussão entre neurônios perturbava o juízo de Chaeyoung. Enquanto pensamentos e cenários muito piores deixavam Nayeon prestes a arrancar seus cabelos.
— Como você sabe sobre mim? — Pela quarta vez Jihyo perguntava, e aquilo estava começando a irritá-la. Nayeon permanecia muda, bebendo refrigerante sem parar. Queria sair correndo e evaporar. Mas não poderia abandonar Jihyo sozinha.
Ainda que ela fosse uma versão feminina do anticristo.
— E-eu...
— Agora é a sua vez de desembuchar. Fala.
O medo de Jihyo colocar fogo nela apenas com o pensamento, era genuíno. Ela poderia fazer isso. Ela poderia fazer tanta coisa. Provavelmente conseguiria colocar aquele shopping inteiro no chão se quisesse. E quanto mais Nayeon imaginava tudo o que ela poderia fazer, mais queria se esconder no primeiro latão de lixo que encontrasse.
— É uma história comprida. Quer que eu resuma? — Nayeon perguntou com um sorriso torto na cara. Jihyo a olhava muito séria. Como ela ainda não tinha visto. Agora ela realmente dava medo. Muito mais medo.
— Quero que você fale logo, Im Nayeon.— Jihyo apertou as mãos uma na outra. Não era só a Im que estava com medo. Ela também estava. Se lembrando de acordar e ver duas mulheres estranhas a sua espera. Aquilo nunca aconteceu antes.
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A Bruxa Tá Solta
FanficChaeyoung estava ferrada. Realmente ferrada. E por isso fez um pacto com duas bruxas, Mina e Sana. Daria sua vitalidade a elas, em troca receberia dinheiro de Mina, e a ajuda preciosa de Sana em sua vingança contra Tzuyu por ter a traído com outra...