Algumas condições

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— Primeiro, eu quero ser desamarrada. Depois eu falo o resto, podem andar logo? — Dahyun disse com pressa. Sana e Chaeyoung se entreolharam pensando se seria uma boa ideia. Desamarrar uma era logo desamarrar as duas. — Fica tranquila, Chaeyoung. Eu estou desarmada e nós estamos quites. Eu te dei uma pancada e te sequestrei. Você fez a mesma coisa. — A Kim completou dando um sorriso quase inocente.

— É, realmente. — Chaeyoung olhou para Sana uma última vez, vendo ela balançar a cabeça. Logo cortou a corda com o canivete, vendo as duas se levantarem. Dahyun se chacoalhou inteira, enquanto Momo permanecia carrancuda.

— Ok. Segundo, eu quero um acordo. Em troca das informações, vocês me dão proteção e financiam uma saída segura para mim. — Dahyun terminou suas exigências. Sana batucou os dedos nas pernas, ainda decidindo se era o certo a se fazer. Porque a situação tinha mais prós do que contras. Uma agente agora desertora, pronta para abrir a boca e dar no pé. — Não é nada pra você, Sana.

— Fechado. Chaeyoung, você é a minha representante de corpo presente.

Enquanto Chaeyoung apertava a mão de Dahyun por puro simbolismo, já que Sana gostava disso, Momo não sabia o que pensar sobre todos os ocorridos. Primeiro Dahyun era dada como uma traidora e deveria ser morta. Depois ela se vendia. Agora ela realmente parecia ser a traidora que deveria ser eliminada. E não fizesse isso, seria a próxima.

— E você? Vai querer o mesmo acordo?— Sana perguntou e então todas olharam para Momo.

— Antes de qualquer coisa, eu preciso conversar com a Kim.

— Nós não temos nada pra conversar.

— Ah temos sim.

Momo fez menção de segurar Dahyun pelo braço, mas logo recuou prevendo a reação dela. Sana e Chaeyoung apenas observavam a declaração de guerra silenciosa das duas.

— Podem conversar na varanda. Só não quebrem nada.

— E não tentem se jogar da sacada, por favor, é muito alto.

Os olhares assustadores da dupla mudaram de direção, indo para Chaeyoung e Sana, que nem se importaram e deram risada. Assim que as duas se distanciaram, Chaeyoung teve certeza que sua leitura delas era ótima.

— Eu sou ótima decifrando as relações, e no meio dessas bichas aí, vai por mim, tem um negócio bem forte.

— Também tive essa sensação. É muito bom de se ver. Dois materiaiszinhos inflamáveis se rodeando.

Enquanto as duas analisavam a dupla, as ditas cujas continuavam se estranhando.

— Eu só quero que me diga uma única coisa. Por quê? Isso foi muito fácil até pra você. — Momo perguntou cruzando os braços.

— Por quê? Por que você antes de apontar uma arma pra mim, não me fez essa mesma pergunta? — Dahyun disse irritada. E Momo também estava bem irritada, ela sempre jogava as perguntas de volta e nunca respondia. — Eu recebi a mesma instrução mais cedo. E nem sequer pensei em fazer. Enquanto você mostrou ser a lacaia de sempre. — A japonesa ofendida, já ia responder cheia de braveza, mas Dahyun suspirou e continuou. — Teve uma mudança no comando geral. A Ordem agora responde a uma suprema. Mas isso tudo é por baixo dos panos. Só uma base tem o conhecimento dessa informação. Estão eliminando todos que deixaram a informação escapar. Não era para ter saído da base de segurança.

— E como você sabe...Eu também saberia. Então foi uma contingência. As duas mortas, tudo limpo.

— Exato. Agora, eu não ligo para o que você faz ou deixa de fazer. — Momo ergueu o olhar, encontrando o de Dahyun. — Mas se não quiser acabar numa vala qualquer, eu sugiro que faça o acordo.

A Bruxa Tá SoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora