Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
[🏐]
Ser auxiliar técnica da equipe de vôlei do Minas Tênis Clube não era algo fácil. Ainda mais quando se nutre sentimentos por uma de suas atletas.
Se apaixonar por Júlia foi algo fácil. Você se envolveu com ela em uma noite de carnaval e meses depois estava a reencontrando, em circunstâncias totalmente diferentes. Era inegável o seu sentimento pela central, mas você sabia que não podia, que não seria profissional de sua parte, não queria trazer riscos à promissora carreira da jovem.
Já para Júlia, ela não entendia porque você em certos momentos a evitava, não ficava com ela em algum lugar onde só seriam vocês duas. Ela sentia algo por você, e se surpreendeu muito quando soube e viu que você a treinaria. Mas Júlia queria você, por maior que fosse o risco, ela queria você para ela.
Então quando a equipe estava na China, você avisou que ficaria no país asiático por uns dias e depois iria para suas férias na Europa. Júlia resolveu ficar também, ela queria conversar com você, confessar seus sentimentos. Ela sabia que você não iria aceitar ter algo com ela, por mais que quisesse.
Após toda a delegação da equipe mineira ter pego o voo de volta ao Brasil, Júlia foi até seu quarto de hotel, sabendo que provavelmente você estaria acordando pelo horário.
Quando ouviu uma batida na porta você estava no banheiro lavando seu rosto após ter escovado os dentes. Logo se assustou se lembrando de não estar esperando ninguém. Foi até a porta, não importando muito de estar vestida apenas com um top e um short. Ao abrir a porta, a surpresa em ver Júlia foi grande, afinal, em seu pensamento a mulher já deveria estar em um avião a caminho do Brasil.
— Júlia, o que você estava fazendo aqui? Não deveria ter embarcado para o Brasil a alguns minutos?
A jogadora - que te olhou de cima a baixo - olhou em seus olhos antes de responder.
— Eu fiquei aqui, porque... S/n eu preciso falar com você. — Ainda surpresa você assentiu.
— Ee... Tudo bem, entra. — Você deu espaço para ela entrar e fechou a porta — O que você quer conversar comigo? — Você perguntou e Júlia respirou fundo.
— É sobre a gente. — Você olhou para ela e se preparou para interrompê-la — Não, eu sei o que você vai dizer, mas eu preciso falar o que tá aqui. — Ela aponta para seu coração — S/n, eu gosto de você, nunca te esqueci desde do Rio, eu sei que nossa situação não nos ajuda, mas eu não aguento mais estar perto de você e não poder fazer nada.
— Júlia, você sabe que nós não podemos ter qualquer tipo de relação que não seja profissional. Isso pode ser prejudicial para sua carreira, não quero que algo aconteça por minha causa. — A central negou.
— Eu sei. Mas eu quero, estou disposta a correr riscos se for para estar com você. — Depois dessa declaração você nem sabia o que dizer. Então com sua falta de resposta Júlia se aproximou — Esquece essa questão de profissionalismo, e fica comigo. Eu sei que você também nunca se esqueceu daquela noite. — Ela acaricia sua bochecha.
— Júlia... — Você olhou nos olhos dela.
— Fica comigo. — Ela olhou para seus lábios.
Sem ter forças para resistir, você une seus lábios aos da atleta em um beijo que valia mais do que um sim.
— Tudo bem, mas você sabe que temos que ter muito cuidado. Não quero prejudicar você. — Ela sorri com seu cuidado.
— Não vai acontecer nada. — Ela te dá um selinho e te abraça.
Mesmo sendo errado, vocês duas embarcaram nessa jornada difícil.
