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Flashback...
Você estava na casa de sua melhor amiga, Duda. Vocês são amigas desde que tinha 8 anos, e hoje cada uma com 17 ainda compartilhavam a amizade.
— S/n, eu tenho algo pra te contar. — A menina diz com o rosto sério.
Por outro lado, você também tinha algo para contar a ela. Hoje iria assumir para a morena que gostava dela. Demorou meses para aceitar, mas se viu gostando de sua melhor amiga.
— Eu também, mas fala primeiro. — Você diz com um sorriso.
Duda respira fundo.
— Eu tô indo pra Porto Alegre. — O sorriso que tinha em seu rosto, logo se desfez.
Ela estava indo para longe.
— Como assim, Maria Eduarda? — Você pergunta já sentindo vontade de chorar.
— Eu tô indo pra jogar na base do Inter. — Ela solta um sorriso fraco — É uma grande oportunidade.
— Mas porque tão longe, Du? — Você pergunta sem se quer olha-la.
Ela pega sua mão e entrelaça seus dedos.
— Eles me escolheram, viram como eu jogava e quiseram me levar. — Ela vê seus olhos marejados — Não chora, S/a, não quero ver você triste, pensei que ia ficar feliz por mim. — Ela segura seu queixo.
— Eu tô feliz, Duda, muito. Mas é muito longe, e eu vou sentir sua falta.
— Eu também vou sentir muito sua falta, quem vai me implorar pra assistir filme de comédia romântica, e sempre querer tomar banho de mangueira como a gente faz desde que era pequena. — Você sorri com as memórias. i
— Promete pra mim que não vai me esquecer? E que sempre vai ligar. — Você diz olhando diretamente nos olhos dela.
— Prometo. Eu nunca vou esquecer você, nem que eu tentasse muito. — Ela te abraça de lado e beija sua bochecha — O que você queria falar?
Você engole em seco, depois de ela dizer que vai embora, não faz sentido confessar sua paixão.
— Não era.. nada. Quando você vai? — Você desconversa.
— Daqui a um mês.
— Então temos que aproveitar enquanto eu ainda não sinto sua falta. — Ela ri e dá um tapa suave em você.
No próximo mês, vocês fizeram tudo juntas, tudo que sempre costumavam fazer, e até mais.
Sempre com a promessa.
Não esquecer.
Flashback off...
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Cinco anos depois, você não sabia mais sobre Duda, ou melhor, sabia sim. Você acompanhou a carreira da morena pelas redes sociais. Quando ela se mudou para Porto Alegre, o contato entre vocês foi imediato, mas os meses foram passando, a distância criou força. E não demorou 9 meses para vocês pararem de se falar.
Quando Duda voltou até Belo Horizonte para visitar sua família, e a principal missão, te ver. Ela descobriu que você já não morava mais lá, tinha se mudado para São Paulo com seus pais. A partir daí, ela nunca mais soube de você, mas sempre te guardou no coração com a esperança de que um dia te encontraria de novo, e também pudesse confessar o que sentia.
Hoje, com 22 anos, você era empresária e administrava uma das melhores empresas da cidade paulista.
Duda, jogou pelo Internacional, e lá se destacou, foi convocada para a Seleção Brasileira, e a pouco tempo, foi contratada para jogar no Corinthians.
Você acompanhou a carreira dela até alguns anos atrás, com sua função o tempo ficou corrido e não conseguia mais acompanhar como antes e com o tempo, nunca mais soube sobre a carreira da meio-campista.
Até um dia. Você teve folga no dia seguinte e saiu do trabalho mais cedo, foi pra casa e se arrumou para ir em uma balada, uma das melhores em São Paulo. Estava afim de se divertir, precisava disso, não era comum te ver sair.
Chegou até o estabelecimento e foi direto para o bar.
— Um martini, por favor. — O barman levantou o olhar e te olhou de cima a baixo.
Isso não te incomodou. Não gostava disso, mas era um costume receber olhares por onde passa, então não se importava, não mais.
Minutos depois ele colocou a taça com a bebida ao seu lado, você agradeceu e deu um gole.
Seus olhos se concentraram na entrada do local, parecia rolar algum tipo de tumulto por ali. Logo você viu um grupo de mulheres entrar e se dirigir ao bar que ficava um pouco mais longe do que você estava.
Depois de tomar mais duas taças de martini, você foi para o meio do lugar, onde muitas pessoas dançavam animadamente. A música que tocava no local era sensual, então você movia sua cintura no ritmo da música.
Duda que estava no bar com suas companheiras de equipe, te observava de longe, ela pensava quem era a mulher gostosa que estava dançando assim. Ela não conseguia ver seu rosto.
— Que isso, vai desidratar a coitada, Dudinha. — Lelê fala para a amiga que ainda observava.
— Eu apoio você tentar alguma coisa. — Portilho diz mas Duda apenas continua olhando a mulher, como se estivesse obcecada.
Alguns minutos depois, você resolveu ir até o banheiro. Quando Duda viu que você saiu do centro e foi em direção aos corredores, ela deu um último gole em sua bebida e foi atrás disposta a quem sabe beijar sua boca.
Após fazer xixi, você abre a porta da cabine. E enquanto lava a mão de cabeça baixa, escuta a porta se abrir.
Quando finalmente levanta o rosto vê Duda pelo reflexo do espelho. Você se vira lentamente e olha para a jogadora, que também observa você, sabendo que também te conhecia.
— Maria Eduarda? — Você diz.
Você a chamava assim, e quando ela ouviu sua voz, ela logo te reconheceu.
— S/n.
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Larguei a bomba e vou mimir, hehe.
Na minha cabeça eu vou acordar 5:30h indo dormir agora.
Votem e comentem, quem sabe com a mobilização eu já faça uma parte 2.👀
