A terceira e última história dessa trilogia, trará a vida de Gabriel Marino, filho de Pietro Marino. Desde bebê ainda, havia algo particular e único que o destacou das demais crianças Marino. Estando adulto, tomou para si a responsabilidade de coman...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dentro do carro, a caminho da minha fatídica noite de núpcias, meditei em tudo que está acontecendo comigo e já imagino o que me espera, no momento em que colocar o pé dentro do flat, para onde esse imundo está me levando. Agora eu teria que aguentar o que está por vir.
Mal olhei na direção de Richard por todo caminho. Apenas o motorista, que meu tio Pietro dispensou para nos trazer, a fim de nos deixar mais à vontade como o casal que acabara de se casar, me olhou algumas vezes pelo retrovisor, aparentando confusão. Provavelmente, deve perceber que de feliz não temos nada.
Isso realmente foi demais para o coração, pois quando chegar o momento certo de contar toda a verdade para o Gabriel, pode ser que já não tenha mais toda sua compreensão como teria, se fizesse isso hoje.
Todavia, não poderia deixar que esse homem com quem me casei e que fala muito seguramente que poderia ferrar a família Marino, declarasse para o mundo quem realmente somos. A vida de muitas pessoas estaria em jogo e correriam sérios riscos. Eu vou descobrir quem é, ou quem são, as pessoas que estão com ele nessa trama idiota de querer a patente de um componente que nem sabe direito se dará certo. Eu vou descobrir!
- Chegamos, senhora Marino. - O segurança diz ao parar o carro na garagem, despertando-me.
- Acho que você se confundiu, soldado. Ela é a senhora Windsor agora. E, a partir de hoje, você e qualquer um, trate de chamá-la como tal. Não é, amorzinho? - Olhei para o soldado, que me fitava com estranheza, e apenas sorri, abrindo a porta e saindo, sem deixar uma resposta.
Ao passar pela porta do elevador da garagem, Richard me empurrou na parede com tanta força que trincou o espelho que nele há. Uma dor insuportável subiu por minha espinha, arrancando um gemido de mim.
- O que você está armando, sua ordinária? O que pretende com esse teatrinho seu? - Perguntou, visivelmente irritado. A raiva que emanava de seus olhos me fez sorrir em deboche. - Sua puta!
- Sou sim, uma puta sortuda pra caralho, que fodeu com um mafioso gostoso da porra e casou com um médico empresário, sádico, rico e dono do hospital que sempre sonhei em trabalhar. E agora, ele é todo meu! Olha como sou sortuda? - Debochei.
- Você armou essa porra toda, sua vadia?
- Será que armei? Vejamos, você me chantageou sobre um erro que cometi, mas estava pronta para arcar com as consequências ao revelar a verdade, inventou a porra de uma gravidez que não existe, obrigando a viver nesse casamento, apenas por despeito. Será que fui eu mesma quem armou ou você que foi burro suficiente para chantagear a mulher da família errada? - Empurrei-o para longe e o puto me encarou.
- Vai sofrer nas minhas mãos, vadia! Vai querer a morte para si e não vai alcançar.
- Eu já estou morta, porra! Eu morri quando matei meu filho e morri mais ainda quando pintou para o Gabriel uma mulher completamente diferente do que sou. E acha que acontece o que agora? Que vou ficar sentada em casa, esperando meu maridinho maravilhoso chegar, com uma mesa farta, bem arrumada para ele? Vai pensando! - Saí de sua frente, assim que a porta do elevador abriu. Entretanto, sua mão envolveu meu braço e me puxou forte em sua direção.