CAPÍTULO 6

235 33 84
                                    

Sete anos atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sete anos atrás...

Hoje é o dia em que meu pai estará passando para mim todo comando daquilo que fui treinado para fazer. Em todos esses anos, desde quando era criança e que comecei meu treinamento, ansiava por esse momento. O momento em que me tornaria o Dom Marino e que teria o poder de toda organização em minhas mãos. 

Durante esses anos, vivi um grande dilema em minha vida. Diferentemente como foi com meu pai, pude fazer algumas escolhas na vida. Principalmente no que diz respeito ao meu futuro, já que era exigência dos meus pais que eu tivesse uma vida social normal, até para poder conseguir passar despercebido no que diz respeito aos trabalhos escusos aos quais já fazia parte, devido ao meu pai ser o nosso Dom.  

Com uma grande influência familiar, já que meus pais são do ramo da medicina, escolhi seguir os passos daqueles que me deram a vida. Apenas não sabia que especialização seguiria. Num certo dia, quando meu tio Tyron e meu pai, me treinavam no nosso galpão, pedi que me contasse como era meu avô Marino. Eu já havia ouvido algumas histórias, mas sabia que a vida do homem mais respeitado no submundo não poderia ser tão superficial assim. Por certo havia mais. 

Teimoso como meu pai, insisti até que meu pai, após me surrar num dos treinos no galpão, por eu encher o seu saco trás de informações, contou com requinte de detalhes o que aconteceu com meu avô. Cada palavra que meu pai e Dom dizia, mas sentia a sua raiva. E com isso, odiava aqueles que fizeram tanto mal ao homem que era visto como bom. 

Sei que na vida que levamos não há heróis ou príncipes encantados. Somos a porra da escória do mundo,  desumanos e loucos, por viverem uma vida oculta que a qualquer momento vai nos matar, mas até no nosso meio há respeito e uma forma pacífica de se viver. Por isso, o que fizeram com meu avô deixou até mesmo os nossos inimigos impressionados. Mais ainda por saber que quem armou toda merda foi o próprio irmão. 

O filho da puta não tinha honra, maldito! 

Com toda história revelada, numa longa conversa que meu pai e eu tivemos, decidi que faria cardiologia em homenagem àquele que foi modelo de Dom para muitos. Meus pais abraçaram a minha ideia imediatamente e, logo que completei meu colegial, fui para mesma universidade que minha mãe estudou e que agora era a dona.

Pois é, por achar  injusto a dificuldade que os estudantes tinham para ingressar na faculdade, minha mãe convenceu o meu pai a comprar o local, pois transformaria numa universidade de acesso a todos. Obviamente que primeiro meu pai disse que minha mãe estava louca e que era mais uma das muitas birras dela. O que a aborreceu bastante. 

Uma semana depois estava ela com os papéis que a colocava como dona e sócia majoritária do estabelecimento. Como meu pai comprou algo que pertencia a um grupo de investidores de alto gabarito, eu não sei. Mas que ela se tornou a dona da porra toda, isso aconteceu. 

Esse é o meu último ano como universitário e logo estarei abrindo meu consultório de cardiologia. Nesse tempo em que estou estudando, passei mais horas fodendo mulheres do que estudei. Eu sou mesmo a porra de um homem que dificilmente as mulheres resistem. Seja pelo interesse ou por eu ser gostoso pra caralho, como realmente sou, todas caem no meu papo. E quando eu digo todas, incluo as alunas, professoras, estagiárias...e por aí vai. Não tenho preconceito com ninguém. 

OS MARINOS III - DUALIDADE Onde histórias criam vida. Descubra agora