A terceira e última história dessa trilogia, trará a vida de Gabriel Marino, filho de Pietro Marino. Desde bebê ainda, havia algo particular e único que o destacou das demais crianças Marino. Estando adulto, tomou para si a responsabilidade de coman...
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Não estava acreditando no que acontecia com a minha vida. Odiava qualquer tipo de manipulação e por isso nunca me deixei levar por ninguém com esse defeito. Consciente de que não poderia fazer isso comigo, Richard acabou dando um jeito de conquistar minha avó, a fim de ter seus desejosos ambiciosos realizados. Maldito!
Ele está acabando com a minha vida. Pior, me tornando uma mulher mentirosa, falsa e dissimulada. Nunca menti para minha família, e tinha orgulho disso. Certa de que escondi meus sentimentos por Gabriel de todos eles, inclusive do próprio, não fazia isso sozinha. Pois todas às vezes que fizemos amor ele quis e me pedia mais por isso.
Eu tenho muitas saudades desses tempos!
Maldita hora que fui cometer o crime que fez a maior separação de nossas vidas. Se eu não tivesse agido como uma adolescente que fez merda escondido dos pais e ido até Gabriel para contar que trazia um filho seu comigo, não precisaria passar por essa humilhação.
No entanto, não adianta mais chorar pelos erros que cometi. O que preciso fazer agora é não errar mais e tentar me livrar desse emaranhado de mentiras que minha vida se transformou, desde que abri a minha boca para contar algo tão importante para alguém que não merecia.
— Dá para soltar o meu braço agora, seu maldito? — Perguntei, assim que saímos do elevador.
Após a encenação criada por Richard, onde revelou uma falsa gravidez, não demoramos muito para poder voltar ao flat que alugou, para passarmos esse tempo até que o casamento aconteça. O que se depender de mim não vai acontecer.
— Você está uma vadia muito agressiva! — Falou, ao me jogar no sofá, já dentro do apartamento.
— Eu nunca fui uma vadia!
— Só transava com o irmãozinho na casa dos pais dele que acolheu você. — Jogou na minha cara e adiava isso.
— Eu o amo e, naquela época, era só eu me entregando ao homem que também nutri o mesmo sentimento por mim. O que você nunca terá.
— Não quero seu amor, vagabunda! Quero o que estar contigo pode me trazer de benefício. — Retrucou.
— O único benefício que você vai ter é poder ainda ter um de seus membros presos ao corpo, depois que descobrirem o desgraçado, ambicioso e porco que é. —
O rosto ardeu com o tapa que recebi e que me fez cair sentada no sofá novamente. Mas se ele pensa que vou ficar choramingando dor, mostrando franqueza, está muito enganado. Fui para cima dele e soquei seu rosto como um dia meu amor me ensinou. Por algumas vezes, íamos para o galpão da máfia e lá, Gabriel me ensinava sobre defesa pessoal e o que deveria fazer se por acaso alguém tentasse me machucar. E hoje chegou esse dia.
Embora o soco não tenha sido tão forte, além dele segurar o segundo que lhe daria, notei que seus olhos ficaram bastantes apreensivos. Desde que nós conhecemos, há quatro anos, nunca mostrei esse lado agressivo. Ele aperta meu braço ao ponto da dor e quando murmuro, ele gargalha, me puxando para si. É um filho da puta mesmo!
