CAPÍTULO 16

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Algumas horas antes

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Algumas horas antes...

Assim que deixei Beatriz no apartamento de Gabriel, voltei para o hospital, pois algo me diz que não devo confiar cem porcento nessa segurança. Esse acidente que minha tia sofreu foi estranho demais e nada aleatório. Embora pareça loucura tudo que Beatriz diz, as piores tragédias acontecem quando um louco falou e ninguém ouviu.

Eu confio nela. Sei que todo esse medo e receio não são em vão.

Sorriu ao imaginar a cara do meu primo quando souber que ela assumirá o controle da máfia inglesa, assim que fecharmos o acordo com o puto. E vai ser um ótimo acordo para mim, já que nenhuma outra máfia conseguiu o que os Marinos vai conseguir. No fim, todo o drama que Gabriel e Beatriz estão passando servirá para mim.

Entrei no estacionamento do hospital, com meus homens, que trouxe da América comigo, vindo logo atrás de mim. Pelo menos, uns quatro carros me seguiam de perto, atentos a tudo em nosso redor. Nunca gostei muito de ser levado por motoristas, por isso, sempre dirijo sozinho. De acordo com minha mãe, herdei isso de meu pai, já o único que ele permitia que o guiasse era o tio Tyron, e nem sempre isso acontecia.

Eu era mais parecido com do Dom Lorenzo do que poderia imaginar. Isso enlouquece minha mãe.

- Está seguro, senhor! - O chefe de segurança que me acompanha falou, ao se aproximar do meu carro. Saí do veículo, com meu celular em mãos.

- Quero que observe o comportamento dos seguranças que Gabriel deixou aqui embaixo. Mande dois homens lá para cima e faça o mesmo. Não fale nada com ninguém. - Ordenei e ele acenou, caminhando até onde os seguranças estão.

Segui para o elevador com dois soldados ao meu lado, notando em meu celular que já passam das dez da noite. Combinei com Beatriz que não sairia do prédio, a fim de garantir que ninguém, além de mim, ela e Gabriel entrasse no quarto para onde Pietra foi levada. Dissemos para meus tios que ela estava sendo preparada para a cirurgia. Acredito que os convencemos.

Perdido em pensamentos, analisando alguns e-mails, nem notei a porta do elevador abrir, revelando o rosto de Mirella, vermelho e encharcado das lágrimas que esvaem dele. Eu ainda não havia visto tão vulnerável assim e notei que tencionou quando seus olhos encontraram os meus. Parada ainda no mesmo lugar, acenei para que os soldados saíssem e fiz o mesmo parando em sua frente.

- Como está?

- Como você acha? Minha amiga está numa cama, correndo o risco de ficar paraplégica e...

- Ela não vai ficar! - Determinei, ganhando sua atenção. - Pietra vai ficar bem e voltar a sua rotina normal. Não precisa chorar assim.

- O fato de você ser um insensível não quer dizer que eu tenha que ser também. - Falou, mas seu tom não foi de ataque. Ela realmente estava sentida. Aproximei-me dela, levando a mão em seu rosto. Mirella me olhou com estranheza, mas não me impediu de tocá-la.

OS MARINOS III - DUALIDADE Onde histórias criam vida. Descubra agora