10. Graveyard

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A caminhada era lenta, mas Sora, aquela altura, já tinha se tornado parte da floresta. A cada pegada de urso, ou lobo e até mesmo puma, ela traçava a melhor rota de ação, ela estava no território deles agora, era uma invasora, e silenciosamente, andava tomando cuidado para não fazer barulho ou pisar em alguns galhos. Apesar de estar frio e Úmido,por baixo do chapéu e do poncho, ela suava, sua respiração era ofegante, a ansiedade tomava conta dela, a cada passo, era um passo mais próximo de confirmar o que ela tinha feito, há um ano atrás.

Durante a caminhada, ela recitava cantigas que sua mãe, que era parte indígena, a tinha ensinado, um rito de proteção para passar por meio da floresta negra, que acreditava-se ser o berço de criaturas e espíritos místicos durante a noite. Apesar de que as crenças que tinham sido ensinadas a ela tinham um peso durante a infância, agora adulta, ela tinha abandonado essa fé, tanto essa, quanto a cristã provinda do seu pai.

Ela não levou telefone, então não era necessário saber as horas ou quanto tempo demoraria para chegar lá, ou se faltava muito, ela apenas saberia. Ela uma subida ingreme, então ela tomava cuidado para não escorregar nas folhas e não fazer muito barulho.

Enfim, no alto da colina, cercado por árvores altas e densas, estava o local, ela foi até ele, e como sua memória mandou, ela achou o exato local que tinha enterrado o corpo de Dmitri Ivankov. Ela precisava ter certeza de que acharia ossos, e apenas isso, então, começou a cavar. Infelizmente, ela não tinha tido força suficiente para cavar muito, então, foi uma cova rasa de no máximo 40 a 50 centimetros do solo. A cava estocada no solo, a sua tensão aumentava, ela só precisava de mais alguns centímetros até que conseguisse ver a primeira ossada, mas infelizmente depois de algum tempo, isso não aconteceu. Após chegar na marca de 50 centímetros, a cova estava vazia.

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