12

19 4 0
                                    

And that's why she's spinning 'round in my head, comes back to me in burning red...
Red (Taylor's Version) - Taylor Swift [alterado]

Tinha uma coisa que eu odiava no Natal, com todas as minhas forças: o tempo ilimitado que eu tinha para pensar no ano que se passou

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tinha uma coisa que eu odiava no Natal, com todas as minhas forças: o tempo ilimitado que eu tinha para pensar no ano que se passou.

2023 foi um ano muito rápido, e, bom, não significou basicamente nada.

A única coisa significativa que tive nesse ano foi ter conseguido começar o meu projeto. Adolescentes realmente interessados em estudar e/ou trabalhar em qualquer área da STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) podiam participar. Àquela altura, Olivia já tinha conseguido parceria com duas universidades.

Era maravilhosa a sensação de ter sucesso com aquele projeto que eu tanto adorava. Mas não adiantava nada ter aquilo se, no resto do tempo, eu sentisse a exaustão na alma.

Os únicos momentos em que eu não me sentia perdida, atualmente, eram aqueles com meus amigos. Thomas, Yan... E Anna, principalmente.

Ficar com Anna era divertido, ela conseguia me distrair do meu desânimo comum. Era fácil me divertir quando estava junto dela. Ja tínhamos conhecido boa parte das cafeterias de LA. Anna sempre conseguia ser espontânea e engraçada, sem se importar muito com o que pensam dela. E eu só conseguia ficar encantada com ela e...

Hm... tá, é melhor eu voltar para o assunto Natal.

Meus pais nunca se preocuparam muito em fazer um festão enorme no Natal (mesmo que essa necessidade multiplicasse durante o resto do ano). Normalmente era só nossa família, meus avós vinham do Canadá, Izzie vinha de NY e éramos nós, juntamente com muito vinho branco. E esse ano não foi diferente.

Eu e Izzie vivíamos em pé de guerra durante toda nossa infância, mas, poucos anos depois, nós grudamos e não soltamos mais. Por esse motivo, ela pediu para eu buscá-la no aeroporto quando chegasse de NY.

E lá estava eu, no meio do LAX, com um café meio frio nas mãos, congelando devido aos 4°C que faziam do lado de fora.

Mas também estava com a minha câmera nas mãos, me distraindo com cliques em pessoas aleatórias. Uma idosa. Uma jovem com uns 17 anos, com tranças coloridas no cabelo. Um homem na casa dos 30, com um menininho no colo.

Milhares de vidas entrelaçadas por um único lugar. Me pergunto qual seria a história de cada uma delas.

Enquanto olhava tudo pela lente da câmera, um rosto bem familiar surgiu dos portões. Bem parecido com o meu.

— Oi maninha. — Izzie disse assim que chegou perto de mim.

— E aí. — Murmurei enquanto olhava as fotos na câmera. Ouvi uma risadinha sarcástica e ergui os olhos.

more than expected - S&AOnde histórias criam vida. Descubra agora