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Eu nunca vi ninguém fazer tanto barulho no meu coração.
Outrória - ANAVITÓRIA e OutroEu

Tudo pareceu se encaixar depois que eu percebi

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Tudo pareceu se encaixar depois que eu percebi.

O jeito que meu coração acelerava toda vez que eu via Sam, a mente nebulosa toda vez que ela me beijava e passava aquelas mãos sobre meu corpo. Seu sorriso que me fazia dar pane.

Só que isso fazia mais sentido quando eu conseguia vê-la.

Faziam cinco dias desde a noite em que saímos e que dormimos juntas e eu só a vi na escola. Sam parecia meio desanimada, mas escondia quando falava comigo.

Ela sempre se sentava ao meu lado nas coordenações, arrastando Thomas junto. Conversava comigo, fazia suas piadinhas clássicas, até encostava a cabeça no meu ombro quando terminava tudo... só aquilo já servia para me deixar louca, de pouco a pouco.

Mas eu não a via em outros momentos. Ela não ia na minha casa, e sempre que eu chamava, ela estava ocupada. Ou era o que dizia para mim.

Minhas paranóias já estavam me deixando maluca de vez. Eu estava tentando não pensar que ela estava me evitando, mas... estava começando a vacilar.

Por isso fiquei surpresa quando ela aceitou almoçar comigo na sexta.

— Vamos? — Perguntei, pegando minha mochila.

Meu relógio de pulso marcava 13:31, e Sam parecia distraída. Ela assentiu devagar, também pegando sua bolsa.

Saímos da sala em silêncio, Sam com o braço enlaçado ao meu e a cabeça encostada no meu ombro, com menos dificuldade do que o normal, já que eu estava com tênis plataforma.

— Tá tudo bem com você? — Perguntei.

— Não ando dormindo direito. — Sam não escondeu o cansaço dessa vez. — Posso mesmo ficar com você hoje? Preciso muito de um descanso da minha cabeça barulhenta.

— Pode. É claro.

Eu tinha ido com Alexy naquele dia, então eu e Sam fomos para minha casa no seu carro. Chegando lá, ela me ajudou a fazer lasanha e comemos juntas na varanda do quarto. Sam parecia contente em só ouvir dessa vez.

— Tá gostando do livro? — Perguntei.

— Tô adorando, na verdade. — Murmurou, deixando o prato no colo. — Quase terminando. A Alex me lembra de mim na adolescência.

— Sério?

— Sim. — Ela riu.

Me levantei e peguei seu prato. Sam agradeceu baixinho e cruzou as pernas longas em cima do balanço.

Quando voltei para a varanda, ela estava sentada com os olhos fechados, as pernas ainda cruzadas e as mãos entrelaçadas.

Por alguns segundos, observei-a. Naquele dia, ela estava usando um short de alfaiataria marrom, um cropped regata branco, meias brancas e coturnos, que já estavam no chão à sua frente. O cabelo estava preso em um coque, deixando o rosto completamente à mostra. Ela estava linda, como sempre.

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