Anna De Luca, em um domingo a noite, vai em uma festa e conhece uma morena misteriosa, com uma personalidade incrível e um beijo melhor ainda. No entanto, dias depois, ela começa a dar aula em uma escola nova, e encontra a tal morena. Só não contava...
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— Você é um achado, Sam Martins. — Thomas disse.
— Por quê? — Protestei, mordendo a pizza.
Resumindo a história, a uma semana atrás, eu e Anna tínhamos, FINALMENTE, começado uma amizade colorida. E meu melhor amigo, que aparentemente é uma pessoa muito ocupada (lê-se com ironia), não tinha tempo para ficar comigo até hoje.
— Porque você só me contou isso agora! Eu devia ter sido avisado no segundo seguinte.
— Ah, você queria mesmo que eu te ligasse no meio do sexo? Por favor, né.
— Você me entendeu, Samantha.
— Para de me chamar assim, porra! — Quase gritei, dando um chute na perna dele. — Era você quem estava ocupado por uma semana inteira. Aliás, o que você anda fazendo, em?
— Coisas de família. Na teoria.
Semicerrei os olhos.
— Alguma coisa com a qual eu precise me preocupar?
— Não, não. Eu tô de boa, tá tudo muito de boa. — Ele estava meio irritado, mas não parecia ser comigo.
— Tem certeza?
— Alice vai abrir um restaurante. Tô ajudando ela com algumas coisas. — Meu estômago se revirou ao ouvir aquele nome. Tentei evitar a carranca com outra mordida na minha pizza, mas foi em vão.
— Muito foda. Parabéns pra ela. — Murmurei.
— Você disse que já tinha esquecido.
— E eu esqueci. Só não quero ela na minha vida mais. Desejo felicidades e tudo o mais, mas evito pessoas que me machucaram, sabe. Se chama senso de autopreservação.
Suspirei, ele também.
— Eu sei. E como vai a sua incrível amizade colorida?
Aquilo me fez sorrir.
— Ah, vai bem. Muito, muito bem.
— Ah, sua libertina.
— Parece os nomes de livro do kindle unlimited. — Ele gargalhou.
— Parece mesmo.
Bocejei, pegando outro pedaço de pizza.
— E é bom? — Ele perguntou.
— Se é bom? Haha, meu amigo, é maravilhoso. MA. RA. VI. LHO. SO. Me atrasei duas vezes na semana passada porque alguém me deixava exausta. — Respondi.
— Sam, você é a pessoa mais safada que eu já vi. Duvido que ela seja pior.
— Uhum, vai nessa. — Repliquei, pegando o celular na mesa de centro. — Se você ver o que ela me diz por mensagem...
