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Faziam dois dias

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Faziam dois dias. Eu não podia estar sentindo tanta falta assim.

Dois dias em Nova York e eu já estava com saudade de... de Los Angeles, é claro.

Apesar de tudo, NY estava sendo bem divertida. Eu estava com muita, muita saudade do meu pai. Não o via desde as férias de verão.

Mas, quando não estava com ele, ocupei a maior parte desse tempo trancada no quarto, tentando fugir de Michael, meu irmão. Claro que, bem na hora que eu estava fazendo minhas unhas, ele tinha que entrar de supetão.

— Aninha, preciso da sua ajuda!

Olhei para ele boquiaberta, depois de analisar a mancha de esmalte vermelho no meu dedo.

— O que foi? — Ele perguntou inocentemente.

— Eu só não te xingo de todos os nomes possíveis nas três línguas que conheço por respeito ao nosso pai, seu babaca! — Sibilei, voltando para minhas unhas, já alcançando o removedor de esmalte. — O que você quer agora?

Ele desatou a falar sobre um problema que tinha arrumado com sei lá quem nas profundezas de NY, enquanto eu ouvia descrente.

— E como caralhos você quer que eu te ajude com isso? — Perguntei, quando ele acabou com a ladainha.

— Que boca suja essa sua, em.

— Cala a boca, eu já não tô muito afim mesmo.

Fechei o esmalte e comecei a guardá-lo junto com os outros.

— Por favor Anna, eu só preciso que você... — Parei de processar as palavras dele enquanto outras palavras surgiam na minha mente, de uma voz muito familiar.

Qualquer coisa, joga tudo nas costas dele e faz uma terapia de compras. NY é um ótimo lugar pra isso.

— De novo, Michael De Luca! Toda vez, toda vez, você me arruma um problema diferente! E sinto muito, mas eu cansei. Se vira sozinho, pelo menos dessa vez. Porra, você já tem quase quarenta anos e ainda joga tudo nas costas da sua irmã que é treze anos mais nova! Treze anos de diferença, mas parece que eu sou a mais velha.

— Ah, Anna. Eu juro que é a última vez...

— Você disse isso nas últimas três vezes. — Cortei. Levantei da cama, peguei minha bolsa, um casaco e meus óculos escuros. — Você deveria pensar sobre o fato da sua irmã mais nova ser mais madura e responsável. Não acho que seja muito normal.

Depois daquilo, saí do quarto furiosa. Passei pelo meu pai, na cozinha, fazendo uma torta. Vi as nozes na mesa, e minha raiva passou instantaneamente.

— Oi pai. — Murmurei, entrando na cozinha.

— Oi filha. Vai sair? — Ele perguntou, vendo o casaco e a bolsa.

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