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Baby, we both know that the nights were mainly made for sayin' things that you can't say tomorrow day...
Do I Wanna Known - Arctic Monkeys

O que caralhos se passou na minha cabeça quando aceitei dormir no apartamento de Sam?

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O que caralhos se passou na minha cabeça quando aceitei dormir no apartamento de Sam?

Sam, a mulher mais bonita e, sinceramente, a mais gostosa que já pisou na Terra? Sam, a mulher que me atraía mais que qualquer pessoa que eu já tivesse conhecido? Sam, a dona daquele apartamento espetacular na cobertura de um dos prédios mais caros de Los Angeles? Sim, essa mesma Sam.

E eu estava lá, naquele quarto que cheirava a ela, enlouquecendo aos poucos.

Depois de tomar banho, me deitei na cama, mas rolei de um lado para outro por 15 minutos antes de perceber que não conseguiria dormir naquelas condições.

Apesar de ter cochilado no carro e estar praticamente caindo de sono antes do banho, de repente fiquei alerta. Como se estivesse eletrizada de uma hora para outra.

E se...? É, era viável. Sam provavelmente estava dormindo ou no próprio quarto, o que me dava liberdade para explorar o apartamento.

Silenciosa como uma corça, saí do quarto, me detendo no meio do corredor para tentar ouvir algo. Nada.

Desci as escadas na ponta dos pés, levando um susto ao ver Sam sentada na sala de estar, usando uma camisa branca que escorregava pelo ombro, com um kindle nas mãos e uma taça de vinho cheia até a metade na mesinha à sua frente. Uma vela, daquelas perfumadas, estava acesa ao lado da taça.

— Achei que você estivesse dormindo.

— O sono passou, por algum motivo. — Continuei parada ali, me sentindo deslocada.

Mesmo à meia-luz, vi o sorrisinho de Sam ao descer o olhar às minhas meias, com desenhos de patinhas de gatos.

— Quer vinho? — Ofereceu.

— Quero.

Desci os últimos degraus, sentando no sofá enquanto Sam ia até a cozinha e pegava uma taça de vinho para mim.

— Não sabia que você gostava de ler. — Eu disse quando ela voltou.

— São poucos que conseguem me prender. A maior parte sáficos, normalmente bem longos.

Assenti, bebendo o vinho.

— O que você gosta de ler? — Ela perguntou.

— Romance. Fantasia. Normalmente os dois juntos. As vezes, dark romance.

— Interessante.

— Por que você sempre fala isso como se estivesse sendo sarcástica? — Perguntei, virando a cabeça na sua direção.

— Não é sarcasmo. — Rebateu ela, também me olhando. Ergui a sobrancelha, um olhar cético no rosto. — Dessa vez.

— Hm, interessante. — Murmurei.

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