Akemi Uchiha

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Acordei com um barulho na porta de vidro que dava vista para o jardim, quando acordei mesmo eu vi que era o pássaro mensageiro de Hashirama. Abri a porta de vidro e peguei o papelzinho enrolado na pata do pássaro. Dizia para eu comparecer o quanto antes na torre. Lavei o rosto e escovei os dentes, troquei de roupas e fui. Não estava com fome então nem comi antes de sair. Se fosse uma missão, ela viria bem a calhar, pois preciso ocupar minha mente com qualquer coisa para que eu não precise pensar e me torturar pensando em um suposto filho de Madara.

Chegando na torre do Hokage, bati na porta e a minha entrada foi autorizada. Quando entrei, Mito, Tobirama e Madara também estavam lá. O que achei estranho. Mito e Hashirama me cumprimentaram sorrindo, nem olhei para Madara ou Tobirama. Só o que percebi é que estavam afastados um do outro como se tivessem doenças contagiosas. Fiz uma reverencia ao Hokage e dei bom dia a eles.

Hashirama: Eu sei que é meio cedo ainda, principalmente por que ontem você chegou de missão. Mas eu tenho mais uma missão pra você. - Assenti - Bom, o pergaminho que vocês pegaram ontem, ele nos ajudou a ver onde a Kyuubi está. Temos a localização dela, e queremos captura-la, pra isso precisamos de um time forte e queremos você nele para suporte médico. Sabemos que o seu ninjutsu é impecável, por isso quero você nessa equipe. O que eu não contei, é que sua outra missão é tirar da cabeça de Mito que devemos selar a Kyuubi dentro dela. - Imediatamente olhei pra Mito.

Akemi: Tá ficando doida? – A olhei como se ela fosse o ser mais assustador do mundo.

Mito: Não há algo que você diga que tire isso da minha cabeça. – Cruzando os braços e virando o rosto.

Akemi: Por que quer selar um monstro dentro de você?

Mito: Porque a reserva de chakra de um Uzumaki é forte, somos mais resistentes que muitos outros clãs e isso significa que conseguiremos controlar com maestria o chakra violento da raposa.

Akemi: Quer deixar Hashirama viúvo? - cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha.

Mito: Eu não vou morrer, Akemi. Confiem em mim, eu sei do que estou falando. - Observei Mito, seus olhos claros mostravam confiança e brilhavam em determinação. Eu jamais vou conseguir tirar isso da mente dela.

Akemi: Se você morrer, eu te mato. - Olhando brava pra ela que caiu na gargalhada.

Hashirama: Desistiu fácil assim? - com aquela onda de deprê que ele vive tendo.

Akemi: Ela está determinada demais, confie nela, Hashirama. Somente uma Uzumaki sabe do poder que tem. Se ela diz que consegue, é porque ela consegue. - Depositei minha confiança nela, pois, vi naqueles olhos claros a certeza de que tudo vai ficar bem.

Akemi: Não subestime sua noiva, Mito tem um espírito livre, ela pode e consegue fazer qualquer coisa. De qualquer forma, estaremos lá para se caso der algo errado. Não é?

Hashirama: Tem razão, Akemi. Mas é inevitável me preocupar.

Akemi: Eu entendo, Hashi. Mas relaxa, vai ficar tudo bem. Você tem é que se preocupar com seu casamento, é depois de amanhã. E eu preciso comprar um vestido novo. – Falando mais baixo a última parte.

Mito: Posso ir com você? – Sorrindo largamente.

Akemi: Claro, preciso mesmo da sua companhia. - Eu notei os olhos de Madara em mim a todo momento. Mas ele não se envolveu na conversa e eu fingi que ele não existia.

Hashirama: Bom, então é isso. Vamos capturar a Kyuubi após voltarmos das núpcias. Se prepare, Akemi. - Assenti e Hashirama nos dispensou.

Mito e eu saímos na frente conversando enquanto Madara ficou no escritório dele. Eu tenho dessas, sei que é um traço tóxico. Mas quando alguém me machuca ou me irrita, eu dou o tratamento do silêncio. Que basicamente é ignorar a pessoa e fingir o tempo todo que não á vi mesmo que estejamos no mesmo ambiente, sem contar que eu me isolo completamente. E é isso que estou fazendo agora.

Tsukuyomi InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora