Madara Uchiha

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Acordei com os raios de sol entrando pelo quarto, hoje é sábado, não preciso trabalhar. Sinto mãos ao meu redor apertando minha cintura. Olhei pra trás e vi Akemi dormindo agarrada em mim, com seu rosto colado em minhas costas. Em algum momento da noite eu me virei e ela se grudou, formando a concha de fora. O que é estranho, pois ela some atrás de mim, o corpo pequeno, macio e quentinho grudado em minhas costas nuas como se nunca quisesse me soltar me trouxe uma sensação tão boa. Sorri com a cena, em momentos assim ela é bem grudentinha. Eu gosto disso, aliás, eu gosto de toda e qualquer demonstração de afeto que ela direciona somente á mim e a mais ninguém, me faz sentir único.

É obvio e claro meus sentimentos por ela, como eu sempre deixei explicito, começou com uma simples obsessão, algo comum. Mas se tornou intenso conforme eu via seus atos e cuidados, quando meu falcão a observou por horas e depois me mostrou todas as suas atitudes e jeitos, me tornei viciado em observa-la, pois todas vezes eu descobria uma manha diferente, um costume ou algo assim. Ri bastante ao vê-la falando sozinha enquanto pensava no que cozinharia pro meu almoço, ou quando ela treinava e estava cansada a forma como ela se deixava cair na grama do jardim e ficava horas lá olhando o céu e pensando em algo que eu nunca saberei. Adorei ver as diversas vezes em que com Mito, ela escondeu um sorriso que claramente estava prestes a soltar... Pequenos detalhes e manias que a fazem única, que somente eu sei que ela tem. Porém, desde que ela descobriu que estava sendo observada e que eu, com minha boca grande e bêbado, confessei a ela, eu parei de observa-la através dos olhos do meu falcão. Sei que ela odiaria se eu continuasse.

Me desvencilhei devagar, beijei devagar a testa dela para que a mesma não acordasse e fui tomar um banho, quando terminei, preparei um café da manhã. Ouvi o som de chuveiro e percebi que Akemi acordou.

Akemi: Bom dia, Madara. - Ela me abraçou por trás e beijou minhas costas. O que me surpreendeu muito pois ela nunca fez algo semelhante a isso e depois de tudo o que disse ontem, pensei que ela fosse demorar a responder ou demonstrar algo.

Madara: Bom dia, Akemi. Sente-se, o café está pronto. - Servi para ela as coisas que preparei e ela somente observava calada, como sempre faz desde que a conheci.

Ela pegou uma panqueca recheada com frango e deu uma mordida. Enquanto comia, parecia pensativa.

Madara: Você está bem?

Akemi: A quanto tempo estou aqui? – Franzindo o cenho.

Madara: Uns 2 meses. Por que?

Akemi: Nada... Só... Estou pensando. Vai ficar em casa hoje? – Dando uma mordida na panqueca.

Madara: Sim, o que acha de dar uma volta comigo? Fazer uma trilha, sei lá, qualquer coisa. - Quero mesmo passar um tempo assim com ela, conhecer ela em momentos de distração, sem preocupações e com a guarda alta.

Akemi: Tá, pode ser. Conhece alguma trilha legal?

Madara: Sim, tem uma que vai para o topo de uma montanha, tem grutas no meio da trilha, é bem legal.

Akemi: Tá. Vamos de tarde?

Madara: Pensei em irmos daqui a pouco, é mais fresquinho. - Ela apenas assentiu.

Tomamos um café tranquilo e arrumamos as coisas. Na minha mochila eu levava água e ela, levava as comidas. Coloquei um tênis bom pra caminhar, e uma bermuda fresquinha, vou sem camisa mesmo. É bom que eu pego um sol, estou branco demais. Amarrei meus cabelos em um rabo desgrenhado e é isso mesmo, não atrapalhando minha visão na caminhada tá ótimo. Akemi estava com um conjunto de treino azul escuro com o bordado do clã, um top e um short justo, mas não tanto assim. Um tênis e os cabelos amarrados perfeitamente em um coque no topo da cabeça, diferente dos meus que são rebeldes a ponto de me impedirem de fazer qualquer coisa, Akemi conseguia moldar os próprios cabelos como se não fossem nada.

Tsukuyomi InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora