Madara Uchiha

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5 Anos depois. 

Acordo e sinto o calor do corpo de Akemi no meu. Ela tem sua cabeça em meu ombro e dorme tranquilamente agarrada a mim. Suspiro e beijo sua testa. Este é um dos únicos momentos que a vejo tranquila, que vejo seu corpo e seu inconsciente falarem por si próprios.

O quarto está escuro, mas graças ao fato de ter um olho bem treinado não tenho problemas com isso. Me desvencilho devagar de Akemi que nem sequer resmunga e me levanto indo ao banheiro para poder iniciar minha manhã.

O chão frio toca meus pés quentes, a umidade do local torna tudo ainda mais gelado. Mas nada disso importa. São só detalhes. No banheiro, olho para minha figura no espelho, acho que nunca me senti tão derrotado em toda minha vida. Mas ao mesmo tempo, tão ambicioso, focado e obstinado. As lembranças dos acontecimentos de 5 anos atrás me assombram assim como assombram Akemi também, que ainda tem pesadelos e terrores noturnos.

Vou direto para o banho, já não visto roupa nenhuma, Akemi e eu sempre dormimos nus, pois aparentemente o calor do meu corpo relaxa o corpo dela e a faz dormir melhor. A água cai em meu rosto e penso nas coisas que preciso fazer hoje. Não há muita coisa, tenho apenas que treinar.

Sinto mãos percorrerem minha cintura e sei que são de minha esposa. Ela retira os meus cabelos das costas os pondo de lado e beija a mesma.

Akemi: Bom dia, amor. – Com a voz sonolenta. Mesma que haja carinho na voz, sei que se eu olhar em seus olhos haverá apenas vazio e dor. Isso me corrói completamente por dentro.

Madara: Bom dia, linda. Dormiu bem? – Disse ainda de costas.

Akemi: Uhum e você?

Madara: Eu também.

Me virei para ela e encontrei o maldito vazio em seus olhos, o mesmo vazio que me mata e me corrói. Beijo sua testa e tomamos nosso banho sem muitas delongas. Ao chegarmos na mesa de café da manhã vejo Zetsu se aproximar.

Zetsu: Bom dia, Madara-sama. Bom dia, Akemi-chan.

Respondemos um bom dia em uníssono e sem muita vontade.

Zetsu: Há algo acontecendo lá fora que vocês devem saber.

Akemi: E o que é? – Se apressa em dizer.

Zetsu: Tobirama Senju andou passando por aqui com uma equipe que ele denominou ANBU. Acredito que estejam caçando vocês.

Madara: Impossível ele nos achar aqui. – Respondo friamente. Desde que Akemi e eu deserdamos Konoha e nos tornamos Nukenins, constantemente equipes ninjas vem tentando nos encontrar, mas isso nunca vai acontecer.

Akemi: Estão indo bem além da fronteira de Konoha para nos procurar.

Madara: Desespero. Eles sabem que voltaremos, mas não sabem quando. Não podemos deixar que descubram nosso próximo passo.

Ao meu lado esquerdo, uma massa branca surge. Algo que denominei como Zetsu branco, uma versão do tipo do Zetsu preto.

Zetsu Branco: Bom dia Madara-sama, bom dia Akemi-chan. – Respondemos novamente um bom dia. – Descobri algo sobre o pergaminho que vocês estavam à procura. – Ele não possuía muitas expressões, tinha uma voz fina e olhos parecidos com os do Zetsu preto.

Madara: Prossiga.

Zetsu Branco: O último relato que li dizia que ele se encontrava selado em um tumulo na ilha dos Uzumaki.

Akemi: Qual tumulo?

Zetsu Branco: O do primeiro líder da ilha. Não há muitos detalhes e nem é certeiro, mas os relatos falam sobre aquele ser o lugar em que o pergaminho está.

Tsukuyomi InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora