Madara Uchiha

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Meus olhos fitam o teto e presto atenção se ouço algo, até poucos minutos acordei assustado por ouvir barulhos vindos da cozinha, até que lembrei da nova moradora. Ela acorda cedo, pra alguém que não tem o que fazer durante o dia, acordar cedo não adianta muito.

Acordado antes da hora, penso na mulher do quarto ao lado. Tão quieta, séria, fria... Tenho tanta curiosidade sobre ela, não sei o que exatamente, mas ela chama minha atenção. É como se eu devesse me aproximar dela, como um homem devoto que para se aproximar da sua divindade precisasse desvendar todos os segredos... E eu preciso descobri-los, preciso muito.

Quando conversou com Kagami, parecia estar mais a vontade do que comigo. Nas vezes em que tentei puxar algum assunto ela me respondia de forma vaga e curta. Isso dificulta bastante as coisas.

Ela disse que pretendia ser ninja, mas quero ver as habilidades dela antes. Se ela realmente pretende ficar em Konoha. É um inferno! Procuro por algo em seus olhos e tudo que vejo é o tom ônix deles, mais nada, nem um brilho sequer.

Levantei exasperado e fui tomar um banho frio, pensando nas coisas ao qual tenho que fazer, na volta, após terminar de me arrumar, abri a porta gigante do meu quarto que dava para o jardim. O sol estava nascendo e logo senti seus raios aquecerem a pele do meu rosto, fechei os olhos e permiti que o sol me banhasse. Ao olhar para o lado, Akemi estava lá, olhando para aquela visão. Sentada na varanda em posição de meditação, ela permitia o calor queimar sua pele.

Madara: Bom dia, Akemi. - E como se tivesse acordado de um transe, ela me respondeu.

Akemi: Bom dia, Madara-sama. - Esse tom de respeito o tempo inteiro me incomoda. Não quero que ela me trate assim. Me aproximei lentamente e sentei ao lado dela, mantendo uma distância respeitosa.

Madara: Não precisa de tanta formalidade enquanto estivermos em casa. Somente na rua ou na frente dos outros. - Dei de ombros.

Akemi: Não é correto. Você é o meu líder, devo manter a educação.

Madara: Tirar o "sama" não te torna menos educada. É só que dentro de casa, sou só o Madara, um cara comum e não o seu líder. - Ela me olhou por alguns segundos.

Akemi: Muito bem então. - Suspirei e olhei a vista

Madara: Você gosta da natureza, não é? Ontem observou bastante a lua em sua fase cheia e agora observa o nascer do sol e o seu esplendor - enquanto falo, observo seu rosto se voltando para o nascer do sol outro vez.

Akemi: Gosto sim. - Suspirei.

Madara: Tenho trabalho a fazer. Tenha um bom dia, Akemi. - Me levantei agoniado, tentei puxar conversa mas ela não ajuda. É o mesmo que estar morando sozinho ainda.

Akemi: Não vai tomar café da manhã?

Madara: Não costumo comer de manhã - respondi sem me virar.

Akemi: Deveria. Sobrou chá, pensei que fosse querer.

Madara: Não, obrigado. Tenha um bom dia, Akemi.

Akemi: Você também, Madara-sama. - Bufei enquanto entrava no meu quarto.

Passei na cozinha e pude ver, não havia só o chá, haviam também torradas e algumas frutas. Ela... Preparou meu café da manhã? Ainda assim, sai sem mexer na comida. Desde adolescente eu perdi o costume de tomar café da manhã, quando faço, acabo me sentindo enjoado o dia todo, por esse motivo eu evito.

No escritório, tinha trabalho atolado até o pescoço. O dia passou lá fora e eu nem vi. Quando percebi era hora do almoço e quando me dei conta outra vez, o céu estava escuro. No relógio apontavam 20 horas. Fechei o escritório e voltei pra casa já me preparando para lidar com o robô que arranjei como companhia. Quando abri a porta, vi Akemi no sofá lendo um livro.

Tsukuyomi InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora