Tsukuyomi Infinito

Madara Uchiha

Akemi e eu estávamos em casa, logo que chegamos em Konoha levamos Haruki ao hospital, ficamos umas longas horas lá até que a médica disse que apesar da anemia, da desnutrição e da fraqueza, ele estava bem e ia se recuperar tranquilamente. Mesmo que demorasse um certo tempo.

Não se sabe os efeitos que todos aqueles anos preso em um tanque podem causar nele, desde a perda da condenação motora, até a perda de equilíbrio e afins. Ele estava em coma induzido desde que foi posto naquele tanque, há pelo menos 16 anos atrás. Por fim, a enfermeira disse que ele demoraria a acordar.

Akemi chorava baixinho em meu peito e meus braços a rodeavam, sempre que acho que tudo ficará bem entre nós, algo acontece. Dessa vez foi Haruki e a situação com os Senju. Em minha mente passam um milhão de possiblidades do que fazer em respeito deles. Minhas ideias já não têm sido muito boas, e agora, só tem piorado. Ver Akemi sofrendo assim por culpa deles me mata por dentro. Primeiro Tobirama fez tudo o que fez, e agora vejo que Hashirama estava metido nessa o tempo inteiro. Hashirama tem perdido totalmente meu respeito e consideração.

Akemi estava certa quando disse que os Senju não queriam que fossemos até lá o quanto antes por que descobriríamos a verdade a respeito do irmão dela. No fim das contas, eles sempre souberam onde Haruki estava e que estava vivo. E o pior, o usaram como moeda de troca para ajudar a vila de Natsuki a se fixar na aldeia da Pedra.

Eu penso seriamente em tentar resolver tudo com uma luta final, até que eu morra ou até que Hashirama morra. Mas não quero deixar esse absurdo passar, sinto que fui traído por ele, tudo o que eu imaginava era verdade. Que ele não respeitaria o clã Uchiha ou que não nos daria o nosso reconhecimento, que tentaria nos oprimir... Tudo está acontecendo mesmo, tudo o que eu previ.

Izuna estava certo também, ele não queria que eu aceitasse o tratado de paz, porque as guerras nunca acabam de verdade, apenas possuem uma pausa de alguns anos. Tudo isso me remete a ele, assim como Akemi sofre pelo irmão e família, eu também sofri. A diferença, é que agora ela pode estar ao lado do irmão, mas eu não.

Irmão ao qual foi tratado como cobaia por Tobirama e como moeda de troca por Hashirama. Esses dois... Esses dois... Tobirama matou meu irmão, e nunca pagou por isso. Eu os odeio, os odeio com todas as minhas forças e vou mata-lo assim que puder. Mesmo que me torne um renegado ou que tenha que deixar a vila, desde que Akemi me acompanhe, nada mais me importa.

Akemi: Madara - cochichou. Desci meus olhos para os dela assim que sua voz me tirou do transe em que estava...

Madara: Sim?

Akemi: Eu... Não sei bem o que fazer agora..., mas acho que não vou mais atuar como ninja. - Disse baixinho - Quero cuidar de Haruki. – A voz quebrada de Akemi me parte ao meio.

Madara: Eu não tinha mesmo as intenções de deixa-la atuar como ninja - Suspirei - Mas por hora, deixe que eu tome as rédeas da situação. Não pense muito, ta?

Akemi: E o que você vai fazer? – Ergueu a cabeça para me olhar, seus olhos mostram a dor que sente. Tenho vontade de arrancar a cabeça daqueles dois por terem feito isso com minha Uchiha. Pensei em dizer a ela que matar Hashirama é a minha primeira opção, mas no momento não dá, e nem quero mostrar a ela esse meu lado tão obscuro.

Madara: Eu resolvo tudo com Hashirama, você cuida de Haruki. Pode traze-lo pra cá se quiser. Ai os dois ficam pertinho de mim. - Akemi fungou e negou com a cabeça. Teimosa.

Akemi: Não. Haruki vai lá pra casa. Não quero ver Hashirama ou Tobirama, nem mesmo a Mito. Tudo que tem a ver com eles me traz péssimas emoções.

Madara: Tudo bem, amor. Descansa, ta? Você precisa. Logo iremos até Haruki vê-lo. - Ela me abraçou mais apertado e se aninhou em meu peito.