Tsukuyomi Infinito

Akemi Uchiha

Chegando lá, somente Tobirama havia chegado, estávamos adiantados. Fiquei uns metros longe do Senju que nem olhou pra mim, melhor assim, pois sei que sempre que se dirigir a mim vai ser para ofender ou denegrir, e o pior, não vou responde-lo a altura pois prometi que manteria minha boca fechada. Assim que os outros chegaram, partimos.

Tobirama na frente, os 3 ninjas no meio, e eu cobrindo a retaguarda deles. Em momento algum baixei minha guarda. Sou uma ninja sensorial ótima, mesmo que odeie admitir, só não sou melhor que o Senju albino. Andamos o resto do dia e a maior parte da noite. Quando era por volta da meia noite, Tobirama fez sinal para pararmos e disse que acamparíamos naquele local. Eu estava cansada, confesso, aliás fiquei inativa por muito tempo. Nos sentamos e comemos, eu mais afastada de todos, pois não curto ficar de papinho. Acho que já deu pra notar.

Comi em silêncio, os outros 3 conversavam bastante e Tobirama estava mais ao longe olhando ao redor como se estivesse verificando se está tudo certo. Ele invocou algo de um pergaminho, se sentou e comeu. Assim que terminou, avisou que poderíamos dormir umas horinhas, e que ele ficaria de vigia. Estiquei meu saco de dormir, preparei meu cantinho e fiquei lá, olhando as estrelas. Eu sabia que o sono não viria, aliás nem estou confortável para dormir. Me pego pensando em como me sinto ultimamente, claro que agora estou desconfortável por causa da presença do Senju, mas de resto, me sinto calma.

Desde que conversei com Madara sobre tudo que sentia, as coisas aliviaram um pouco. Mito se tornou uma amiga leal e boa para mim. E Konoha, por fim, se tornou minha casa. Eu encontrei a paz que meu corpo precisava, me sinto mais relaxada e menos ansiosa. Além de ser por causa da companhia de Madara, também é pela calmaria de viver em Konoha. Neste instante, lembro do que Mito disse, daqui umas semanas é aniversário dela, mas não sei o que dar pra ela. Quero que seja algo significativo pra nós duas e que ela goste também. Esse final de semana é o casamento dela, e quanto eu voltar para Konoha, vou procurar por um vestido novo para ir ao evento. Ouvi um galho ser quebrado e me atentei, apurei meus sentidos de audição e olfato, mas não senti nada, nem mesmo um chakra. Se Tobirama não fechou o pau ainda é por que não é algo que represente perigo. Deve ser só um cão do mato ou coisa parecida.

Voltei a pensar em tudo e quando vi, Tobirama acordava os ninjas para que continuássemos nossa viagem. Se partíssemos agora, antes das 9 da noite, estaríamos em Konoha. Partimos nas mesmas posições de antes.

O sol já havia nascido e estávamos próximos a fronteira da Vila da Pedra. De tocaia, formávamos um plano para caso algo desse errado. Pelo que senti, não haviam ninjas fazendo a segurança dessa área. Adentramos o território, e quando chegamos na caverna onde o pergaminho estava escondido, senti a presença de diversos ninjas.

Akemi: Tobirama... - Em um sussurro audível somente para nós. Ele assentiu, indicando que já havia notado.

Tobirama: Estamos cercados por uns 100 deles. Vocês 3 - apontando para os outros ninjas - Entrem na caverna e peguem o pergaminho. A Uchiha e eu vamos impedi-los de entrar. - No momento em que assentimos, ouvimos o pigarrear de um deles. Olhei para trás e vi um batalhão em posição de ataque. Caralho... Um batalhão?

Tobirama: Espero que você seja boa em algo, Uchiha. - Revirei o olho e saquei minha Kunai. Sou ótima em matar Senju, pensei. Minha vontade foi de dizer em voz alta, mas aí Tobirama com certeza deixaria os 100 ninjas da Pedra de lado pra tentar me matar. E como prometi a Madara, vou evitar encrenca com esse maldito albino.

- Olha só se não é a mulher Uchiha. Bem que me falaram de sua beleza. – Sorrindo de maneira nojenta. Sério? Um dos Senju mais fortes está do meu lado e eles notam justamente eu? Por que não reparam nessa porcaria albina aqui comigo?

Akemi: Não estou afim de ficar batendo papo, vai vir pra cima ou não?

- Wow, pra uma mulher você tem a boca bem atrevida - Debochando