Tsukuyomi Infinito

Akemi Uchiha

Ah sim, o momento chegou! Olho no espelho e admiro minha imagem com os belos olhos lilás e as linhas circulares do Rinnegan, é hoje, meu tão esperado dia!

Vou destruir Konoha!

Destruirei o legado de Hashirama!

Destruirei o orgulho de Tobirama!

Madara criou Konoha, eu destruirei Konoha.

Madara já está fora do tanque, somente à espera da tão esperada ressureição, tenho absolutamente tudo pronto para seu retorno, mas antes, Konoha cairá.

Me viro e a passos calmos, ando até o subsolo, lá está a estátua do Gedo com 8 olhos abertos. É bizarra, enorme, possui 9 olhos que até a pouco tempo estavam cobertos, mas conforme fomos selando as bestas, foram destampando e abrindo, é horrível.

O corpo de Madara está numa mesa, ao lado do Gedo, ele está nu, e mesmo morto, exala dominância. Vê-lo assim remete o momento em que vi Haruki pela primeira vez depois de tantos anos acreditando que estivesse morto, é doloroso lembrar, mas sei que dessa vez, Madara está ali por um bom motivo.

Sem mais delongas, me teletransporto para a entrada de Konoha. Depois de mais de um século eu retorno para este lugar. Tudo mudou, tudo está tenso, sombrio e o ar ao meu redor é sufocante. Konoha não está prospera como desejava Hashirama, e isso é culpa minha e de Madara, nós deixamos avisados que eles pagariam. E pagaram.

Konoha deixará de existir hoje.

As guerras causadas por nossa manipulação nada mais fez do que empobrecer a vila, Konoha tinha tudo para ser uma bela vila, próspera, bonita e muito forte. Mas com o massacre do clã Uchiha, as guerras, as mortes e ataques que vem sofrendo, ela apenas está ruindo. E céus, me deixa feliz saber que é tudo culpa minha!

Eu avisei a Tobirama, eu disse a ele que ele não conseguiria me parar. E não me parou.

Não permiti que meus traumas me parassem, os transformei em ódio, em combustível. E com a fusão de meu ódio e fúria, Konoha queimará.

Ando pela vila de cabeça erguida, sem capa, capuz ou qualquer coisa que esconda quem eu sou, em minha blusa há um símbolo desenhado na altura das costas. O símbolo Uchiha. Aqueles que me veem nesse momento saberão que uma Uchiha destruiu esse lugar. Eles pagarão por terem vivido as custas de nosso clã, afinal de contas, foi entregando meu irmão como moeda de troca para a Vila da Pedra que eles conseguiram o antigo tratado de paz, foi matando meu irmão que Tobirama sentiu um pingo de alivio, foi com a morte de todos os Uchihas que uma rebelião não iniciou. Tudo as nossas custas.

Atualmente só existem dois Uchihas vivos. Eu e Sasuke.

Caminho em direção ao centro da vila liderada pelo velho Hiruzen, meus olhos ainda mostram o Rinnegan, e eu não os escondo de ninguém. Lembro-me do momento em que, pela estrada principal, vestida com as roupas com os símbolos Uchiha, eu reuni uma multidão e destruí uma vila mediana em apenas algumas horas. Assim como naquele momento, eu exalo dominância, poder, força e acima de tudo, ódio.

Diferente daquele dia que destruí uma vila mediana em apenas algumas horas, dessa vez destruirei uma grande vila em alguns segundos.

Esse é o meu poder, eu não vou parar. Ninguém vai me parar.

Assim que chego exatamente onde quero, utilizando dos dons de levitar que o Rinnegan me proporciona, eu ergo meu corpo o mais alto que posso, acima das casas, acima da torre do Hokage, acima do monte dos Hokages. Meus olhos percorrem a face esculpida em pedra de Hashirama, pensando em como ele se remexeria em seu tumulo agora, isso se já não tivesse virado pó.